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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Elos genéticos envolvidos com COVID-19 severa

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Entre o medo e o frenesi de prover de cuidados os pacientes das primeiras ondas da pandemia de COVID-19, as anotações dos profissionais de saúde listaram mais de 24 mil pessoas com COVID-19 dentro de um estudo para investigar como a genética contribuiria para a severidade da doença.  Os mais de 2 mil autores relataram nesta semana que 49 sequências de DNA estão associadas com estados criticamente patológicos da COVID.

O trabalho confirma muitos genes previamente implicados e acrescenta 16 novos à lista.  Entre eles, estão genes ligados a respostas inflamatórias e ativação de células imunes - processos que podem danificar a capacidade dos pulmões de processar o oxigênio a ser enviado às células de todo o organismo.

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Fonte: revista Nature.


domingo, 21 de maio de 2023

Presidente da CTB participa do XXIV Congresso da FASUBRA, em Brasília

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Termina hoje, 21, o 
XXIV Congresso da FASUBRA, que começou na quarta-feira, 17, reunindo mais de mil delegados/as de 49 entidades de base, além de lideranças que trabalham em defesa do serviço público e o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo.  

O SINDITEST-PR enviou delegação ao CONFASUBRA e sua tarefa imediata, no regresso, será divulgar amplamente na base sindical as decisões desse encontro.

Adilson destacou a importância do congresso. “O CONFASUBRA, instância máxima de deliberação da Federação, segue promovendo o debate de temas de interesse da categoria (...). Para a CTB, o fortalecimento das entidades sindicais é fundamental para a negociação coletiva e a organização sindical na luta por mais direitos e conquistas. A regulamentação da convenção 151 da OIT se constitui numa peça essencial para a organização, direito de greve e a negociação coletiva”, disse o presidente.

O Congresso Nacional é a instância máxima de deliberação da FASUBRA Sindical e é soberano para deliberar sobre qualquer proposta do temário. O Congresso só poderá se instalar com a presença de delegações de, no mínimo, metade das entidades filiadas e não poderá deliberar sobre nenhuma questão que seja de competência interna das entidades filiadas, salvo as resoluções de caráter organizativo e administrativo da Federação.

O novo ciclo que se inicia com o governo Lula deve radicalizar na universalização dos serviços públicos. Sepultar a malfadada 'deforma administrativa' e ampliar os investimentos públicos. Valorizar o trabalho, a trabalhadora e o trabalhador do serviço público é um grande desafio do projeto de reconstrução e transformação do Brasil”, finalizou Adilson.

A "estrela" desumana e ignóbil da Marcha

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Deputado da extrema-direita cassado / Reitor Cancellier da UFSC

Estrela da Marcha "para Jesus" (sic), o "cristão" Dallagnol tripudiou sobre o suicídio do reitor Cancellier

Por Kiko  Nogueira, no site do DCM

Sergio Moro discursou em defesa do deputado federal cassado Deltan Dallagnol na manhã deste sábado (20/5) na Marcha para Jesus, no centro de Curitiba.  Depois de uma caminhada, os patriotas se concentraram numa praça. Em cima de um carro de som, Moro entoou uma papagaiada cínica.

“‘Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei’. Esse é o principal mandamento de Jesus. E eu acho que esse país neste momento, infelizmente, vive uma fase de ódio no coração e mentes de algumas pessoas”, falou.  “Então, quero pedir encarecidamente orações para que possamos afastar esses maus sentimentos dos corações e mentes das pessoas, principalmente em Brasília”.

A organização do evento arrecadou litros de leite e fraldas geriátricas para doação. Faltou arrecadar caráter para Dallagnol. Se Jesus Cristo estivesse ali, seria linchado.

Vamos recordar a reação de Deltan ao suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, em outubro de 2017.

Cancellier se atirou do último andar de um shopping center em Florianópolis após ser alvo da Operação Ouvidos Moucos, chefiada pela então delegada federal Erika Malik Marena. Erika usava os métodos espetaculosos da operação que batizou, a Lava Jato, e era muito querida da corriola curitibana.

Cancellier era acusado desviar R$ 80 milhões da UFSC — o que nunca foi comprovado. Foi levado para uma penitenciária, teve os pés acorrentados, as mãos algemadas, foi submetido, nu, a uma revista íntima, vestiu uniforme de presidiário e ficou em uma cela na ala de segurança máxima. Ao sair, matou-se.

Em mensagens reveladas pela Vaza Jato, Deltan aparece chamando de “bando de imbecis” os críticos do episódio. “As decisões foram todas dele”, escreveu, referindo-se ao pobre homem, devastado, humilhado, que deixou um bilhete no bolso: “Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”.

Vc respeita todas as regras, atuou 100% corretamente e como fazemos em TODOS os outros casos. Não fique chateada, amiga, que eles não merecem”, afirmou Dallagnol.

Nenhuma palavra de conforto à família de Cancellier. Nada. Solidariedade total ao carrasco.  O morto não mereceu um instante de compaixão do canalha que encanta boa parte dos “cristãos” do Brasil cuspindo versículos que não entende.


quarta-feira, 17 de maio de 2023

Começou hoje o XXIV Congresso da FASUBRA. Você da UFPR, UTFPR e UNILA sabe quem são seus delegados representantes?

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Não, você, em geral, na base, não sabe. Uns poucos, mais ligados à Diretoria do Sinditest e os próprios delegados (assim se espera!) eleitos em assembleia, sabem.  Entretanto, esses/as representantes da base que o sindicato abarca no Paraná irão debater e votar os pontos da pauta congressual em nome de todos/as.  

É de se lamentar que a delegação representante do Sinditest e a diretoria sindical não se tenham esforçado para minimamente divulgar nomes e locais de trabalho dos/as delegados/as.  Transparência é isso aí.

Hoje, 4a.-feira (17), em Brasília, começa o XXIV Congresso da FASUBRA (Federação das Associações de Servidores das Universidades Braileiras). Estão inscritos/as mais de mil delegados/as, representando 49 entidades de base.  

Os temas em debate até 21/05 incluem: a conjuntura política nacional sob o novo governo Lula, a democracia nas Instituições Federais de Ensino, os ataques à carreira dos TAE, aos aposentados e aos Hospitais Universitários, e um Plano de Lutas, decorrente dessas discussões, a ser aprovado na Plenária Final.  

No último dia, formadas as chapas para compor a nova Direção Nacional da FASUBRA, é feita votação secreta em urna, pelo método proporcional (conforme o percentual de votos obtido por cada chapa, tantos cargos terão na Direção).

Abaixo, a programação do encontro [clique na figura para ampliar].



Sérgio Moro empurrou Dallagnol para o inferno

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Se a Lava-Jato não tivesse existido, é quase certo que Deltan Dallagnol ainda estaria trabalhando como procurador da República em Curitiba.


Por Moisés Mendes, em seu Blog, via DCM

Esforçado, talvez com aquela índole que o marcou como justiceiro, provavelmente medíocre, mas fazendo seu serviço, prestativo e pontual. Seria apenas um servidor.

Sem a Lava-Jato, Dallagnol também não teria sido eleito deputado federal mais votado do Paraná no ano passado. Sem a Lava-Jato, ele não seria agora ex-deputado cassado pelo TSE.

Foi com a Lava-Jato que ele fez a caminhada para o inferno. Um inferno com cenário e fogaréu planejados e executados por Sergio Moro.  Foi o juiz, como chefe da Lava-Jato, e como chefe de Dallagnol, mesmo que não devesse ser, quem empurrou o procurador para o inferno.

Dallagnol não é mais procurador, não é mais deputado e não sabe direito o que pode vir a ser, mesmo que tenha vocação e já tenha atuado como pastor batista.  Dallagnol começou a caminhada para o inferno com desmandos cometidos muito antes daquele powerpoint em que tentava incriminar Lula com um desenho infantil.

E abriu a porta do inferno quando tentou criar uma fundação com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.  Nunca antes alguém havia tentado criar alguma coisa, partindo do zero, com R$ 2,5 bilhões.  Nem Globo, nem Gerdau, nem Bradesco, nem Itaú, nada do que o Brasil tem de grandioso, como exemplo de empreendedorismo clássico, nasceu com um capital de R$ 2,5 bilhões.

Pois Dallagnol achava que, na sua obsessão moralista, poderia dispor dessa dinheirama para perseguir corruptos.

O TSE provou que ele cometeu uma fraude ao registrar sua candidatura para fugir de processos administrativos na corregedoria do MP por delitos que cometeu por seus excessos lavajatistas.  Os crimes do procurador arrogante o condenaram a não ser mais nada a partir da decisão unânime do TSE.

O procurador que via os políticos em geral como potenciais criminosos acabou sendo cassado por cometer fraudes como servidor com posições de extrema direita.  Dallagnol, o moralista, foi condenado pela lei e pela moralidade, e não pelo moralismo rasteiro que defendia.

E Sergio Moro? O agora senador arrastou Dallagnol para a autodestruição, assim como já havia arrastado antes o procurador Diogo Castor de Mattos, expulso do MP por patrocinar um outdoor de exaltação ao lavajatismo.  Moro os incentivou a atuarem de forma arbitrária e ilegal. Acabou sepultando a carreira de dois ex-subordinados da República de Curitiba, porque a Vazajato mostrou que ele mandava na equipe de Dallagnol.

Mas o ex-juiz pode começar a se preocupar, porque também há ação contra ele no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.  Essa ação pode, como aconteceu com Dallagnol, ir para o TSE. A ação contra Dallagnol havia sido rejeitada no mesmo TRE que irá julgar Moro.

E tem mais. Se Tacla Duran for adiante nas acusações que faz, e que envolvem também a mulher do ex-juiz num esquema suspeito de venda de delações, o senador pode arrastar junto a agora deputada Rosângela Moro.

O inferno construído por Moro em Curitiba está também à espera do casal.

Um dos bandidos do 'lawfare' da LavaJato, Dallagnol é cassado por 7 a 0 no TSE

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"Lawfare" é o termo inglês, cunhado nos EUA, para designar o uso deturpado e abusivo de mecanismos e instâncias judiciais para atender interesses escusos, grupistas e também políticos para atingir alguém, dificultando sua defesa e desrespeitando o devido processo legal.

Foi o que a dupla dinâmica criminosa sérgio moro/deltan dallagnol fez com o presidente Lula, sentenciando-o sem provas e o lançando a 580 dias de uma prisão injusta na masmorra da PF no bairro curitibano de Santa Cândida.

Não foi exatamente por isso que Dallagnol tomou na cabeça 7 votos a zero dos juízes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cassando seu mandato de deputado federal (Podemos-PR).  E sim porque o "santo" Deltan quis dar uma de esperto para poder ser candidato.

Ele tinha nas costas uma série de processos disciplinares administrativos aplicados pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por suas descabidas intervenções na LavaJato (da qual era o procurador-chefe), além do questionamento do uso  de diárias da ordem de 2 milhões de reais.  Se temporaneamente julgado e condenado, imediatamente seria considerado inelegível, antes de lançar candidatura.

De modo "sabido", para escapar desse risco, Dallagnol pediu rapidamente exoneração do cargo de procurador do MP antes de os PADs serem examinados e assim pôde ser candidato, enganando dezenas de milhares de paranaenses para ser eleito.  Mas não persuadiu nem fez passar esse logro em cima dos juízes eleitorais, no julgamento esmagador de ontem.

O operador do "lawfare" da LavaJato ainda pode recorrer dessa sentença ao STF, onde a recepção de seus recursos dificilmente será favorável.  Mas até o STF analisar o recurso de DD, ele tem que limpar as gavetas do gabinete, pegar o boné e cair fora da Câmara Federal.  Ai que dó...

terça-feira, 16 de maio de 2023

Flávio Dino, o bolsonarismo e Conde Drácula

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Ontem, às 18h00, na BandNews FM, no programa "O É da Coisa", o jornalista Reinaldo Azevedo entrevistou ao vivo o ministro da Justiça Flávio Dino. Logo no ínicio, o ministro expressou divertida metáfora sobre seus inquiridores bolsonaristas nas sessões no Congresso.

"Em algum ponto da Transilvânia, Drácula, o monstro, dorme em seu caixão forrado de cetim, esperando pela noite. Como a exposição aos raios solares faz-lhe mal à pele, podendo até destruí-lo, ele se mantém protegido na sua tumba, a qual ostenta, gravado em prata, o nome de sua família. Chega então a hora das trevas e, guiado por seu miraculoso instinto, o demônio emerge da segurança de seu esconderijo e, assumindo as pavorosas formas do morcego ou do lobo, erra pelas redondezas, bebendo o sangue de suas vítimas. Finalmente, antes que despontem no céu os primeiros raios de seu arquiinimigo, o sol, ele volta ao jazigo e dorme, à espera de que o ciclo recomece.

Neste momento ele começa a se mexer. O bater de suas pálpebras é a reação a um instinto secular e inexplicável de que o sol está se pondo e que chega a sua hora. Está particularmente sedento esta noite e, enquanto permanece deitado, já totalmente desperto, vestido com sua capa negra por fora e vermelha por dentro, aguarda que a noite a tudo envolva para que abra a pesada tampa do caixão. Entrementes, decide quais serão as suas vítimas àquela noite. Por que não o padeiro e sua mulher? São suculentos, disponíveis e ingênuos. A lembrança do desavisado casal, cuja confiança ele cultivou cuidadosamente, excita de maneira quase febril a sua sede de sangue, e ele mal pode esperar mais alguns segundos para sair em busca de sua presa.

E, de repente, ele sabe que o sol se pôs. Como um anjo do inferno, levanta-se rapidamente e, transformando-se num morcego, adeja diabolicamente até a cabana de suas vítimas. (...)"

Os parágrafos acima em itálico são de um conto de Woody Allen sobre o dia em que o conde Drácula se ergue de seu caixão porque está escuro, ele acha que já é noite, mas na verdade é um dia de eclipse solar...

Citamos apenas para dar um sabor a mais ao que Flávio Dino falou no programa de rádio sobre o comportamento dos bolsonaristas, deputados e senadores, que o convocam para tentar questionar e encurralar, mas até agora só tomaram invertidas - e das boas.

Dino disse que esses bolsonaristas furiosos, hidrofóbicos, parecem o conde Drácula, não suportam a luz do sol da verdade, dos fatos e argumentos sólidos, fogem desesperadamente dela como  faz o vampiro das estórias, com medo de virar pó.

E para quem quiser saber como continua o engraçadíssimo conto de W. Allen, clique aqui.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Hummm! Grrr! Nhac! Nhec!

Um comentário:

A nova guerra intracategoria dos TAE da UFPR pelo controle do aparelho sindical parece prometer rounds acirrados. Na semana passada, um dos próceres de um setor da oposição, que já foi diretor do Sinditest em priscas eras, não poupou ácido nas pontas dos dedos que martelaram o teclado contra a atual diretoria sindical e sua chapa de situação (chapa ‘Hummm!’), a qual ele chama de “MariNéris”.

Porque tem de um lado o grupo da chefa psolista Mariane Siqueira e, de outro, aliado, o grupo pelego veteraníssimo de Antonio Néris/Wilson Messias. Estes dois últimos, agora, de novo alçados a posições de comando importante, pois disputam a eleição para a coordenação geral na chapa.

E da chapa ‘Hummm!’, o que diz o expoente da LIT-QI, de um setor da oposição? Vejamos duas postagens públicas de Facebook:

Vamos retomar o sindicato para a categoria. O sindicato existe para ser instrumento de luta dos trabalhadores, não para ser sustentáculo de burocratas e parasitas.

Em outro dia, na rede social do Zuckerberg:

A tática suja de soltar os cães de guarda, da burocracia sindical, já começou! O pavor que a chapa Marinéris tem de perder a gestão do SINDITEST-PR é enorme! Muita gente de fora da categoria depende da manutenção desse grupo no poder. Aí ordenam a alguns adestrados a atacarem pessoalmente a oposição. O medo de nova auditoria nas contas do sindicato é petrificante! Chamam alguns de nós de "militantes de facebook". Claro! Nunca foram, desde 2016, no nosso local de trabalho para verem a realidade do que resultou a rendição e o peleguismo do grupo que hoje aparelha e vampiriza o sindicato. Logo, só veem a base por rede social. Já a reitoria... 
SINDICALISTA COM F.G. não! NUNCA MAIS! FORA MARINÉRIS!!!”

Como se pode antecipar, o debate até a eleição no final de junho será de alto nível. Fez-me lembrar do filme do oscarizado Daniel Day-Lewis: “There will be blood”.

domingo, 14 de maio de 2023

13 de maio: abolição mal feita da escravidão perpetua desigualdades e a falta de direitos

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Lei Áurea completa 135 anos, mas legislação brasileira ainda não conseguiu romper racismo estrutural

Por Nara Lacerda, no jornal Brasil de Fato, via GGN - 13/05/2023

Possivelmente um dos atos mais romantizados da história da legislação brasileira, a lei que proibiu a escravidão em território nacional completa 135 anos neste sábado (13). No entanto, embora o regime tenha sido extinto oficialmente por uma norma legal, o ordenamento jurídico do país falhou e ainda falha em garantir reparação e direitos básicos para a população negra.

O pesquisador Bruno Lima, do Instituto Max Planck – organização internacional que estuda a história legal há mais de 50 anos – afirma que, do ponto de vista do direito a inconclusão da abolição é evidente:

Temos muitos elementos para afirmar isso, toda a sorte de estatística, informação normativa, dados sociológicos. Podemos escolher o que quisermos para trazer ao debate, que os legados nefastos da escravidão estão aí pulsando nas ruas e na carne do Brasil. Vejamos o judiciário, encontra-se de tudo desse legado, da composição do judiciário a como se julga a população preta do Brasil. Não só nos processos criminais, nos cíveis também e até mesmo nos processos administrativos.”

A Lei Áurea foi sancionada pela princesa Isabel em 1888. Ela ocupava o trono porque o pai, Dom Pedro II, estava em viagem na Europa. A monarquia passava por uma crise que veio a derrubar a coroa e transformou o Brasil em uma república. Vendida até os dias de hoje como um ato de benevolência, a lei na verdade foi uma resposta a tensões populares que se intensificavam cada vez mais.

Não foi um processo pacífico, conduzido unilateralmente pelas elites brasileiras. Houve resistência, contestação à escravidão vindo de diferentes setores da sociedade brasileira, em especial dos negros escravizados”, pontua a advogada da Coordenação Nacional do Movimento Brasil Popular e da Escola Nacional Paulo Freire, Thays Carvalho.

Segundo ela, a ideia da elite brasileira era uma abolição progressiva, com indenização aos latifundiários. Os movimento abolicionistas condenavam a ideia e lutavam pelo fim da escravidão e das estruturas que davam sustentação ao regime. No fim de contas, não houve pagamento às famílias proprietárias de pessoas escravizadas, mas as estruturas escravistas continuaram a fazer parte da sociedade brasileira.

A abolição acabou com o trabalho escravo, mas não com o latifúndio, tampouco construiu condições de reparação ou de igualdade para negros e negras. O Estado capitalista atuou desde o principio na criminalização da população negra e na naturalização da desigualdade social, ordenando socialmente a população brasileira poliétnica de modo a criar, como dizia Clóvis Moura, mecanismos específicos de resistência à mobilidade social vertical massiva. O resultado é que a precarização, a segregação, a desigualdade tem cor no Brasil e é majoritamente negra.”


Michelle fura a fila e passa na frente de Carluxo

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Está fechado o cerco em torno de Michelle Bolsonaro, a partir do vazamento de conversas de assessoras da ex-primeira dama com o coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está preso.

Por Moisés Mendes, em seu Blog - 13/05/2023

O que apareceu é óbvio demais para ser apenas suspeita. Havia um esquema de saque e transferência de dinheiro vivo para pagar as contas de Michelle.

Com evidências de que era dinheiro público misturado a dinheiro privado de origem duvidosa. O coronel Mauro Cid centralizava um grupo que se encarregava do leva e traz da dinheirama.  As movimentações eram feitas para pagar contas pessoais de Michelle. O dinheiro dava lastro a um cartão de crédito em nome de Rosimary Cardoso Cordeiro, que era usado por Michelle. O dinheiro assegurava saldo ao cartão.

Rosimary era, claro, 'laranja' de Michelle. O UOL teve acesso a conversas em que as assessoras Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro da Silva trocam informações entre si e com Mauro Cid.

O tema de muitas dessas conversas é o risco com as movimentações de dinheiro e o uso do tal cartão. Elas estão com medo de que dê rolo.  Mauro Cid diz nas conversas que Bolsonaro está sabendo das movimentações.

O UOL teve acesso até a uma troca de informações sobre o pagamento da mensalidade de um plano de saúde de um irmão de Michelle.  Cid queria que o valor fosse pago fora do esquema oficial do Planalto, mas acabou admitindo a quitação e encaminhou a ordem de pagamento ao grupo de assessoras. E o carnê foi pago com dinheiro público.

Cid também fez saques da conta pessoal de Bolsonaro. E o dinheiro foi repassado a uma tia de Michelle.

Tem mais. A empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção, com contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estaria enviando dinheiro a Michelle, através dos prepostos e 'laranjas'.

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, espera que o TCU entre nas investigações.  Furtado pediu que o TCU participe de força-tarefa com a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) para investigar as despesas de Michelle.

O interessante é que não apareceram ainda conversas cruzadas de Michelle com as assessoras ou com Mauro Cid, porque ele, o coronel, é o investigado, mas a ex-primeira-dama poderia ter sido flagrada. Como aconteceu com as assessoras.

A partir de agora tudo pode acontecer, porque Michelle furou a fila, num momento em que o mais exposto e candidato a cair a qualquer momento era Carluxo.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Sinditest: diretoria chama juíza de equivocada e descumpre ordem judicial

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Em fins de março, a diretoria do Sinditest convocou uma assembleia, da qual a grande maioria da base não ficou sabendo, na qual elegeu a sua Comissão Eleitoral de confiança e se definiu um calendário eleitoral segundo seus interesses de grupo. Estipularam um prazo de apenas 8 dias para inscrição de chapas – quando o Estatuto sindical permite até 15 dias – e marcaram o pleito para 11 e 12 de maio.

O advogado Avanilson Araújo e outros três colegas deram entrada em processo na Justiça do Trabalho em 08/05 questionando o prazo reduzido à metade para inscrição de chapas e, no mesmo dia, a Juíza trabalhista Edineia Broch, interpretando devidamente o art. 46 do Estatuto do Sinditest, deferiu o pedido, suspendendo a eleição e aplicando multa de 500 reais/dia em caso de descumprimento.

Cumprindo parcialmente o disposto pela juíza, diretoria e comissão eleitoral suspenderam a eleição de maio. Entretanto, o documento de tutela antecipada emitida pela Dra. Edineia ordenava o seguinte:

"Defiro, portanto, a tutela antecipada, para suspender o processo eleitoral (...), devendo o Sindicato reabrir o prazo para registro de interessados, bem como, designar nova Assembleia Eleitoral...".

Seguindo-se a isso, a diretoria sindical atual (de mandato extrapolado) publicou uma Nota em 10/05 afirmando que o grupo de advogados teria “induzido a erro” a juíza sobre o Art. 46. Pois bem, um setor político da diretoria que proclama que quer a ampla participação da categoria no movimento, o diálogo aberto e democrático de ideias e propostas, determina um prazo rebaixado à metade (8 dias) para inscrição de chapas quando o estatuto permite um período de 15 dias. E foi isto que interpretou corretamente a juíza Edineia sobre o citado artigo.

Ao mesmo tempo, a Ação Trabalhista 0000414-12.2023.5.09.0003, de 08/05/2023, só foi cumprida em parte pela diretoria do Sinditest, uma vez que ela não convocou nova Assembleia Eleitoral para estabelecer o novo cronograma do pleito e redefinir a incompetente Comissão Eleitoral de março. Fula da vida, a diretoria manteve a mesma Comissão e aprovou o cronograma novo. Sintomaticamente, acusando o golpe, desta vez colocou como prazo para inscrição de chapas um período (estatutário) de 15 dias, entre 11 e 25 de maio.

Contudo, para de fato obedecer à ordem judicial, o que há a fazer é chamar nova assembleia eleitoral, e ali abertamente, sem joguetes, redefinir as coisas, o calendário e a nova comissão.

Não contente em duvidar da capacidade interpretativa de uma juíza trabalhista e descumprindo em parte sua determinação, em sua Nota de 10/05 a diretoria do Sinditest faz comparação esdrúxula sobre o processo impetrado pelo advogado Avanilson. Chama a isso de “lawfare” (termo inglês que designa emprego abusivo e nocivo de instâncias judiciais em prol de interesses escusos e do poder econômico), em que há desrespeito ao devido processo legal, tal como os canalhas ex-juiz parcial sérgio moro (é em minúsculas mesmo) e seu escudeiro, procurador Deltan Dallagnol, fizeram contra Lula, condenando-o sem provas a 580 dias de prisão injusta na operação LavaJato. Convenhamos! Como dizem os nordestinos, “lawfare” é meuzovo.

Que o maior número possível de filiados/as acompanhe de perto o processo, para ter mais claro na cabeça quem está fazendo “joguinhos” e manobras para se perpetuar no controle do sindicato.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Sinditest tem eleição irregular cancelada pela Justiça do Trabalho

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A eleição para nova Diretoria do Sinditest para o mandato 2023-2026, marcada pela Comissão Eleitoral montada pela atual diretoria para ocorrer amanhã e depois (11-12/05) está suspensa sine die.
 

Um processo judicial eletrônico que correu em rito sumaríssimo (agilizado) em 8/05 - foi posicionado pelos advogados Avanilson Araújo, Miriam Anacleto, Josimery Paixão e Adilson Korchak - , alega desrespeito ao Estatuto do Sinditest, questionando os prazos estipulados pela Comissão Eleitoral, presidida por Gentil Vieira, para o período de inscrição de chapas ao pleito.  E, igualmente, prazos consecutivos de 24 horas para a Comissão verificar documentação da(s) chapa(s) e homologá-las, depois para correção de eventuais irregularidades, a seguir para a decisão final da Comissão e, por fim, mais 24 horas para recursos.  Isso não foi seguido pela Comissão Eleitoral.

Assim, a juíza trabalhista Edineia Poganski Brochi decidiu (anteontem) o seguinte:

"Defiro, portanto, a tutela antecipada, para suspender o processo eleitoral para a escolha da nova diretoria do Sinditest/PR – Triênio 2023-2026, por ofensa ao artigo 46 do Estatuto Social, devendo o Sindicato reabrir o prazo para registro de interessados, bem como, designar nova Assembleia Eleitoral...".

Deste modo, a eleição direta marcada para 11 e 12 de maio não mais ocorrerá.  O não cumprimento da ordem judicial pela diretoria acarretará multa de 500 reais diários.  Portanto, novos prazos e datas serão marcados.  De bom alvitre também constituir uma nova Comissão Eleitoral, vez que a atual foi incompetente para interpretar devidamento a letra do Estatuto.

Baseado dá larica em vermes

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O verme favorito dos laboratórios científicos – chamado Caenorhabditis elegans – pode ficar com um apetite voraz quando é exposto à Cannabis (planta que contém a maconha e outros canabinoides). Cientistas colocaram espécimes desse verme em um banho com endocanabinoides e em seguida os soltaram em um labirinto. E também puseram outros espécimes de C. elegans que não tinham passado pelo banho, os “sóbrios”. Os vermes “chapadões” preferiram direto ir à parte do labirinto rica em nutrientes, ao invés de ir ao lugar pobre em nutrientes, além de ficarem por mais tempo se alimentando quando comparados aos “sóbrios”.

O fato de que vermes desprovidos de cérebro compartilham essa resposta de “alimentação hedonista (prazerosa)” com animais muito mais acima na escala evolutiva – como mamíferos (incluindo humanos) - aponta para a ancestral origem evolucionária dos receptores nervosos de canabinoides e de comportamentos influenciados por moléculas.
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Fonte: Current Biology via Nature Briefing - 21/04/2023

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Eleição do Sinditest 18 meses depois do prazo?

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Quem visitar o site do Sinditest hoje lerá ali uma convocatória para uma eleição direta à Diretoria, para um mandato de 3 anos (Maio/2023-Maio/2026). Pelo Estatuto sindical, a eleição deveria ter ocorrido em outubro/2021 (a anterior foi em outubro/2018), mas não houve. A causa dessa gestão “estendida” (ou causas) cabe perguntar à diretoria que permaneceu além do tempo normal de mandato (3 anos), até agora. Porém, não se pode atribuir mais essa prorrogação às medidas preventivas da COVID-19, pois o trabalho presencial na UFPR foi retomado nos primeiros meses de 2022.

Fato é que o site publica um chamado à eleição direta, presencial, para todas as bases do Sinditest existentes no Paraná, nos dias 11 e 12 de maio. Sem mais explicações.

A Comissão Eleitoral formada, presidida pelo militante do CEFURIA Gentil Vieira, homologou em 6 de abril deste ano apenas uma chapa, a única que constará da cédula de votação. Não há chapa(s) de oposição, apenas a de situação (membros da atual gestão “estendida”), acrescida com pessoas da antiga chapa 1 de oposição de outubro/2018.

Na composição da chapa 1 atual, encontramos veteraníssimos do sindicato constituindo a Coordenação principal (geral), como Antonio Neris e Wilson Messias, ambos com uma folha corrida de atividades no Sinditest com não poucos dados complicados. Alguns integrantes da atual diretoria também estão nessa chapa, porém em cargos de menor projeção.

Cabe à base que ainda tiver disposição de ir às urnas nos diversos campi da UFPR, UTFPR e UNILA avaliar em que medida quer conferir legitimação à chapa em sufrágio.