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sexta-feira, 15 de maio de 2015

22o. CONFASUBRA: muita briga por poder e discussão quase zero dos temas da categoria

Rios de dinheiro das mensalidades sindicais gastos com viagens, inscrições, hospedagens, alugue de instalações e equipamentos para reunião, tudo no balanço geral dos gastos bancados pelos TAEs do país afora no 22. Congresso da FASUBRA, realizado no começo de maio em Minas.

Para fazer um rico e proveitoso debate dos temas de interesse da categoria dos técnico-administrativos das Universidades?  Não.  Infelizmente, não.

Diversos relatos que nos chegam referem que quase todos os cinco dias do Congresso da Federação foram gastos em disputas sobre validade do credenciamento desta ou daquela delegação, assunto que tomou a atenção do plenário até o penúltimo dia do evento (7/maio).  De repente, o tempo acabou e só restava fazer a eleição da nova Direção Nacional.

A razão disto? Todas as correntes - especialmente as do campo do ultraesquerdismo - só pensavam "naquilo".  Algo que dá prazer, "aquilo"?  Não, algo que dá, para quem for sério, muita dor de cabeça e noites sem dormir: a Direção Nacional da FASUBRA com seus 25 postos.  Foi em torno da disputa desses 25 cargos que as correntes e militantes se digladiaram e se xingaram de 4 a 8 de maio.  Com isto, foi pro saco o debate do Plano de Lutas e questões como a atualização e aprimoramento do PCCTAE.  A única decisão de fato tomada, por unanimidade, foi a construção de uma greve nacional dos TAE para lutar pelo reajuste salarial de 2016.

Uma ideia simplória perpassa as cabeças dos grupos da ultraesquerda na FASUBRA: a de que os problemas da categoria e a falta de conquistas decorrem do suposto "peleguismo" das correntes que eles tacham de "governistas". Portanto, bastaria trocar dirigentes na FASUBRA para o movimento ficar uma maravilha e alcançar grandes vitórias... santa ingenuidade (ou cabotinismo mesmo).  Na greve de 2014, o ultraesquerdismo já havia sido maioria entre os delegados do Comando Nacional de Greve e deu no fracasso que deu.

Um desperdício esse Confasubra.  Ao final, o balaio ultraesquerdista, com suas correntes "Vamos à Luta" (PSol), "Frente Base" (PSTU), "PS Livre", venceu a eleição com 1 posto na DN à frente da aliança CUT-CTB no total dos 25 postos.  Agora cabe ao ultraesquerdismo a responsabilidade principal pela condução do movimento e da futura greve que já se avizinha.  Um novo fiasco como em 2014? Esperamos que não, que o interesse maior da categoria se sobreponha ao interesse partidarista de só fazer politicagem e de achar que uma greve de servidores derruba presidente da república.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Infelizmente, esta situação mostra que aqueles que deveriam nos representar em questões de carreira, salário e outras só lembram de sua base no momento de engordar os descontos.