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terça-feira, 19 de maio de 2015

RU deve fechar na futura greve dos servidores técnicos da UFPR?

O governo Dilma até agora tem enrolado nas conversas com a FASUBRA para definir uma política salarial dos TAEs para 2016.  Não surpreende, haja vista a atitude de promover cortes e contingenciamentos orçamentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.   Se os servidores públicos nada fizerem, ficam sem garantia alguma de recomposição de seu poder aquisitivo quando chegar 2016.

Por isso, é dado como certo o início de uma greve nacional comandada pela FASUBRA para fins deste mês, ou quando muito, no começo de junho, a depender do debate na Plenária da Federação marcada para 23-24 de maio, em Brasília.  O Sinditest marcou sua assembleia geral para amanhã (20), 10h00, no Anfiteatro 100 do Edifício D. Pedro I.

Um tema que se traz aqui ao debate, no processo de construção desta greve na UFPR, diz respeito aos Restaurantes Universitários. Na greve do ano passado, houve já uma polêmica quanto a mante-los abertos ou, como é tradicional nas paralisações nacionais, interromper seu funcionamento.  Também tradicional é usar o RU Central como QG da greve, local habitual das assembleias de greve.

Colocamos à ponderação de todos os trabalhadores que o RU poderia ser mantido aberto, sem prejuízo da força da greve, mas, pelo contrário, direcionar as mobilizações para lugares muito mais sensíveis da UFPR, desde o início produzindo efeitos palpáveis de interrupção do funcionamento da Universidade. Efeitos que um RU fechado não produz.

Entre as razões para manter o RU Central aberto durante a greve, listamos:

1.Quase a totalidade dos atuais trabalhadores do RU são terceirizados, categoria que (pelo menos agora) não está em greve, logo, não tendo razão para cruzar os braços.  O RU funciona somente com a atividade dos terceirizados.  O dia em que o Sinditest puder também associar e representar os terceirizados todos, aí a história será outra.

2.A função social do RU em atividade é auto-evidente, pois é graças ao preço praticamente simbólico de suas refeições que grande número de estudantes se mantêm alimentado, em vez de submeterem-se aos altos preços dos restaurantes particulares próximos aos campi.  Isto sem falar dos próprios TAE, muitos também necessitados de alimentação boa e barata, para fugir da alta de preços decorrente da elevação geral do ICMS imposto por Beto Richa.

3.O fechamento do RU não incomoda a Reitoria, que com isso pode poupar recursos que usaria para preencher a despensa dos restaurantes.  Quando muito, incomoda pelo fato de ter de honrar o pagamento dos terceirizados sem que estes trabalhem.

4.Um RU aberto é garantia de um ponto de encontro de servidores e estudantes, que propicia trocas e a atualização das informações sobre o movimento.  Não é novidade para ninguém que, passadas as primeiras semanas de greve, o RU fica na maior  parte do tempo semideserto, às moscas.

Por fim, a falta do RU Central como QG de greve precisa ser suprida com inovação e imaginação.  O Comando Local de Greve pode definir o próprio pátio da Reitoria, com uma tenda, como local de assembleias e de mobilizações, além do que o Sinditest dispõe de duas sedes sindicais relativamente centrais que também devem ser usadas pelo movimento (a da Agostinho Leão e a da Marechal Deodoro).  E não se descarta o uso de outros próprios da UFPR como local de referência para a greve.

2 comentários:

Rita de Cassia disse...

Organização, envolvimento, união, ingredientes para uma greve forte não são o forte do nosso sindicato e nem da direção da Fasubra. Pro bem do meu bolso tomara que eu esteja errada.

Zeca disse...

Fecha tudo: RU, BC,HC deixa somente emergências reais),Litoral, CEM, CCE,PRO-REITORIAS, PALOTINA, UNILA, UTFPR tudinho fechadinho. Se fechar tudo mesmo em TODAS AS IFES, duvido que a gente fique 100 dias parados.