A categoria dos técnico-administrativos, perplexa diante da grave conjuntura nacional, é feita de boba pela parcela PSTU da atual Diretoria do Sinditest. Como se sabe, a posição desse partido é servir de linha auxiliar à direita que, através de um golpe, pretende derrubar uma Presidenta da República sobre quem não pesa nenhuma acusação.
Mas o PSTU quer derrubar Dilma, e acha que também consegue derrubar todos os demais políticos que diz condenar: Temer, Renan, Cunha, Aécio etc. Muito bem. Como a direita golpista corrupta já acha ter engatilhada a queda de Dilma através de um impeachment sem prova de crime, o PSTU acha que já seria meio caminho andado. Porque depois o PSTU fará uma colossal greve geral para derrubar o resto... vai nessa!
Por isto, o PSTU tenta arrastar os servidores da UFPR e UTFPR para uma posição de indiferentismo ao golpe em curso.
Diz uma diretora do Sinditest: “Nós não queremos que haja um golpe de direita, mas também não queremos que o governo do PT continue atacando a classe trabalhadora. Nós não devemos ir nem nos atos verde-amarelos nem nos atos vermelhos convocados pelo governo."
Se essa diretora do sindicato estivesse em março de 1964, ela diria, analogamente: "O Governo João Goulart é ruim, mas também não queremos que haja golpe dos militares. Mas não devemos nem ir apoiar Goulart no comício da Central do Brasil [em que Jango defendeu reformas progressistas, em 13/03/1964] nem na "Marcha da Família com Deus pela Liberdade" [marcha da direita, em 19/03/1964]." E convocaria os trabalhadores para ficarem apenas assistindo aos militares direitistas daquela época dando o golpe que levaria á ditadura militar, sem nada fazer, exceto reclamar.
E ficar parado só reclamando equivale a que, hoje? A ficar na arquibancada assistindo ao golpe da direita de Aécio, Moro, FHC, Agripino, Bolsonaro - Rede Globo no comando de toda a conspiração - prosseguir sem freios e derrubar a presidenta legitimamente eleita. Se o PSTU acha que se pode rasgar leis e direitos dessa maneira, e que depois ficará mais fácil para ele, PSTU, fazer sua pregação ultraesquerdista num pós-golpe, está redondamente enganado. O golpe servirá para retomar para valer a agenda neoliberal hardcore dos tempos de FHC, retirar direitos dos trabalhadores com gula e celeridade, vender as riquezas do pais a preço vil a particulares e estrangeiros, e tolher ainda mais a democracia.
Então, essa diretoria sindical pretende levar os trabalhadores a um ato na rua em 01/04 para gritar "Fora Todos!", quando não tem força nem para assegurar a derrubada do ponto eletrônico da UFPR ou alcançar conquistas palpáveis numa greve da Fasubra. Quem for atrás desses lunáticos estará quebrando a cara, servindo de massa de manobra para quinta-colunistas que, no fim de contas, só ajudarão a direita golpista.
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Foto: ACS do Sinditest
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