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segunda-feira, 28 de março de 2016

Contra o golpe, povo de Curitiba volta às ruas em 31 de março

Impeachment pode ser dispositivo constitucional legal.  Mas, sem crime de responsabilidade claramente caracterizado, é GOLPE. Como querem as forças de direita agora fazer contra Dilma. Um golpe de quem não conseguiu ganhar na urna em 2014 e busca o tapetão.

Por isto, cresce, devagar mas cresce, na consciência da população o entendimento de que a tal “onda do impeachment” não se destina a erradicar a corrupção coisa nenhuma, mas sim a reintroduzir no comando da República velhos pilantras do PSDB e do PMDB, cujo interesse é reativar, a todo o vapor, a fórmula neoliberal dos anos 90 de FHC, de privatização sem freios, redução dos direitos sociais, entrega das riquezas do pré-sal a petrolíferas estrangeiras.

A mídia burguesa, sob a batuta da Central do Golpe (Rede Globo), tenta infundir na cabeça dos brasileiros que a corrupção da Lava Jato é culpa da Dilma. Justo Dilma, que é quem mais se empenha em estimular a apuração de casos de corrupção, crônica em todos os governos da República. 

Até hoje não há qualquer acusação sobre Dilma na Lava Jato, mas abundam denúncias contra caciques tucanos, que são poupados pelo juiz de fala fina que se julga semideus em Curitiba. E a lista de políticos entregue pela construtora Odebrecht – quase todos da oposição golpista – é desconsiderada por esse mesmo juiz, porque atinge seus amigos do PSDB, do DEM, do PPS, do SDD...  Isto revela com clareza a parcialidade dos procuradores que hoje conduzem a Lava Jato, pois só investigam elementos que possam conduzir a supostos malfeitos de Lula e Dilma.  No entanto, nada acham e se desesperam com o fracasso de sua sanha persecutória.

O que o povo brasileiro quer é que se apure onde estão os atos corruptos, seus praticantes, os corruptores, que haja punição e ressarcimento aos cofres públicos – independentemente de partidos.  O que os chefões atuais da Lava Jato e a Globo querem é apenas botar a culpa inteira num único partido, num ex-presidente e numa presidenta honesta, para derrubá-la e em seguida abafar a continuação das investigações.

Só que o script dos golpistas saiu dos trilhos, e a ficha está caindo na cabeça dos brasileiros. Impeachment é golpe! Impeachment de Dilma é conversa fiada para fazer de conta que tudo mudou, para que tudo fique como está.  A Odebrecht ainda não contou tudo que tem para contar, e os golpistas querem calar isso, receiam inquéritos e por isso correm para derrubar Dilma logo.

Mas não derrubam! Até a conservadora Curitiba, vítima da tentativa dos golpistas de sérgio moro de transformá-la numa república do fascismo, mostrou que grande parte de seu povo não é burro nem se deixa transformar em zumbi acéfalo teleguiado da Globo e do resto da mídia venal.  Nesta capital, vinte mil foram às ruas em 18/03 (sem nenhuma chamada diária pela mídia grande nem facilidades de deslocamento) e voltarão a ir em 31/03, na Praça Santos Andrade, para dizer “Não vai ter golpe!”, “Pela democracia, pelo império das leis e contra o reinado da arbitrariedade de sergio moro!” “Pelo funcionamento da Lava Jato com imparcialidade, dentro da lei, até achar e punir todos os corruptos sem distinção de cor política!” “Fora Cunha!” “Em defesa da Petrobras!”, “O povo não é bobo, fora Rede Globo, central do golpe fascista!”.

Os tempos que correm parecem-se com os da véspera do golpe fascista de março de 1964, que derrubou um presidente constitucional e instituiu uma ditadura que durou 21 anos.  Não são parecidos, são bem piores.

Por isto, chamamos todos para se manifestarem novamente em praça pública pela democracia, desmascarando a farsa do golpe, pressionando para que os deputados federais votem NÃO ao sórdido pedido de impeachment baseado num elemento que nem crime é.  Conclamamos os democratas, patriotas, forças progressistas, de esquerda, ao ato público na Praça Santos Andrade, no próximo 31 de março, a partir da 17 horas, para dizer um SIM à afirmação da democracia no Brasil, para a retomada ordeira do desenvolvimento econômico que tirará o país da crise.

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