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segunda-feira, 21 de março de 2016

O país em sobressalto

Pessoas se reúnem diante do prédio onde vive Lula desde as 4 horas da manhã [de hoje, 21]. Será que podem ser chamados de loucos por pretenderem protestar contra uma eventual prisão do líder político mais importante do país?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço

Ou quem merece ser chamado assim é quem não hesita em praticar um ato destes contra alguém que até agora não teve contra si um crime concreto que tenha cometido no exercício do Governo e cuja nomeação como Ministro está sendo obstaculizada por uma mera suposição que tal prisão vá acontecer?

O Brasil está sendo governado, de fato, por um obscuro juiz de província, que não tem votos – talvez os pretenda ter – e que não obedece a nenhum controle legal ou administrativo.

E este governante ilegítimo, Sérgio Moro, mantém o país em sobressalto.

As pessoas estão amedrontadas ou agressivas.

Nem mesmo um espetáculo musical, como o de Belo Horizonte, pode-se dizer que vá correr em tranquilidade.

Luís Frenando Veríssimo, ontem, prevê que “ainda falta o morto” e já ninguém duvida que haverá, com as coisas seguindo assim.

A pequena parcela da mídia que não se engajou no processo enlouquecido de criminalização da esquerda, quase que restrita aos blogs, pouco descansa e dorme, como quem também tem o dever de permanecer em vigília.

Voltamos a viver o regime do medo, quando não se sabia se amanheceria com um camburão à porta para levar alguém por razões políticas, mal disfarçadas sob a alegação de alguma suspeita.

Ou se será agredido na rua, no restaurante, num bar, numa calçada qualquer por alguém espumando de ódio.

O Governo da República está impedido de funcionar, pelas mais insólitas razões.

Há um processo de impeachment em curso sob o comando de um homem sobre o qual abundam as provas de corrupção e posse de recursos ilegais no exterior.

O ministro da Justiça é atacado porque diz, numa entrevista, que fará cumprir a lei e afastar policiais que a violam, fazendo vazamentos ilegais e criminoso.

A presidente da república não pode nomear um coordenador político que, goste-se ou não dele, tem mais que reconhecida capacidade para essa função.

Nada de paz, apenas a paralisia do medo.

Por conta de um monomaníaco descontrolado, a quem a mídia coroou como "rei do Brasil" e único homem honesto sobre a face da Terra.

Estamos assim e o Supremo, ainda o único poder capaz de dar equilíbrio e deter um espasmo ditatorial que faz do Judiciário sua arma de assalto ao poder, vai emendar o feriadão?

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