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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Elos genéticos envolvidos com COVID-19 severa

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Entre o medo e o frenesi de prover de cuidados os pacientes das primeiras ondas da pandemia de COVID-19, as anotações dos profissionais de saúde listaram mais de 24 mil pessoas com COVID-19 dentro de um estudo para investigar como a genética contribuiria para a severidade da doença.  Os mais de 2 mil autores relataram nesta semana que 49 sequências de DNA estão associadas com estados criticamente patológicos da COVID.

O trabalho confirma muitos genes previamente implicados e acrescenta 16 novos à lista.  Entre eles, estão genes ligados a respostas inflamatórias e ativação de células imunes - processos que podem danificar a capacidade dos pulmões de processar o oxigênio a ser enviado às células de todo o organismo.

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Fonte: revista Nature.


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

O que poderia estimular uma onda de inverno de COVID-19

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Partículas de coronavírus (verde) invadindo células humanas


Crescem evidências de que no hemisfério norte está em curso um surto de novos casos de COVID-19 no outono e inverno, nessa região do planeta.  Novas cepas não vulneráveis imunologicamente da variante Omicron da SARS-CoV-2, mudanças comportamentais e imunidade desvanecente significam que muitos países poderiam em breve se defrontar com um grande número de infecções de COVId-19 - e potencialmente novas hospitalizações - dizem os cientistas.

A revista Nature explora os fatores que podem conduzir a uma nova onda de COVID-19 - e o que se pode fazer para conter seus efeitos com uma nova geração de vacinas contra a variante Omicron.

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Comentário: se essa nova onda de COVID-19 despontar no hemisfério onde estão América do Norte, Europa, Rússia, não é implausível que isso também chegue na América do Sul, no Brasil. E poderá ser necessário retomar as medidas de precaução do tempo da pandemia aberta.

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Fonte: Nature Briefing - 04/10/2022

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Milhões de crianças perderam pais para a COVID-19

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Cerca de 10 milhões e 500 mil crianças, em todo o mundo, perderam um pai, mãe ou responsável, que morreram de COVID-19, segundo informa um estudo epidemiológico. O dado representa um dramático aumento em relação às estimativas iniciais. 

A epidemiologista e co-autora do trabalho Susan Hillis conta que décadas de pesquisas feitas com crianças órfãs cujos pais morreram de AIDS revelaram três "aceleradores", que fundamentam a ajuda a essas crianças para se recuperarem: apoio educacional, assistência econômica e auxílio para o pai/mãe ou responsável que sobreviveu àquela doença.

Identificar as crianças que necessitam de ajuda, e fornecê-la rapidamente, é elemento-chave, diz Susan.

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Fonte: JAMA Pediatrics

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Do mato onde não sai cachorro e os cachorros que saíram do mato

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A caminho do final, a CPI da Pandemia prestou extraordinário serviço aos brasileiros, tanto por demonstrar que o charlatanismo presidencial – e, por sua ordem, governamental – atrasou o combate e a vacinação contra a Covid-19 quanto por revelar a teia de interesses espúrios que se montou dentro e em torno do Ministério da Saúde, envolvendo picaretas de calibre o mais variado que se possa imaginar.

Por Fernando Brito – Blog Tijolaço

Dito isto, é melhor esperar sentado que se produzam, no curto e no médio prazo, as consequências jurídicas e políticas dos crimes que nela se estão apontando, sejam os do Presidente da República, sejam os do staff militar que ele instalou no Ministério.

Enquanto Bolsonaro detiver o controle total sobre o presidente da Câmara e, portanto, sobre o curso de todo e qualquer pedido de impeachment ou apontamento por crimes de responsabilidade, nada caminhará e ninguém terá de responder, de fato, pelas barbaridades que aqui se cometeu.

Tambem não se depositem muitas esperanças de que as denúncias internacionais, junto à ONU e à Corte de Haia vão produzir resultado pela violação de direitos universalmente consagrados: os organismos mundiais são pachorrentos sempre e dez vezes mais quando se trata de um país grande, como o Brasil, sobretudo se estiver ligado aos – vejam a expressão – “interesses ocidentais”. Leia-se, dos capitais.

Nada disso tira a relevância do que se fez ali.

Viu-se que tipo de gente foi posta a comandar o setor mais importante do governo brasileiro durante os longos meses de pandemia, viu-se uma parte das lacraias escondidas sob os cascalhos da administração pública e de que patentes militares garantem que sejam impolutos os que as ostentam.

Reaprendeu-se a respeitar parlamentares corajosos, que enfrentam as situações em público, que confrontam e não se entregam a conchavos e as suas diferenças com os Rolandos Leros governistas, de um padrão tão deplorável que custa a crer que sejam senadores da República.

Num país que espera nada de seus parlamentares, foi um alívio e um sopro de credibilidade nas instituições ver que uma Comissão Parlamentar de Inquérito não tem de caminhar, necessariamente, para uma pizza mesmo que haja quem, depois da CPI, cuide de colocar suas conclusões no freezer.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

A navalha enferrujada do senador Heinze

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Dra. Luana Araújo e senador Heinze

A internet está coalhada de textos curtos e longos comentando a atuação da médica infectologista Luana Araújo na sessão de ontem, 2/6, da CPI do Genocídio. Longos ou breves, a maioria elogiosos, outros nem tanto, mas o fato é que a Dra. Luana “causou” na CPI. Ela, sempre concisa, objetiva e didática, deu um “show de Ciência” perante os senadores da CPI, contrastando com a fugidia e enroladora oncologista bolsonarista Nise Yamaguchi do dia anterior (a chefe prática do "Gabinete Paralelo" da saúde).

Desesperado ante a performance sensacional de Luana - que estraçalhava, entre outras coisas, o “mito” do tratamento precoce (cloroquina/ivermectina) para COVID-19 - o senador gaúcho Luiz Heinze fez um virulento ataque à infectologista formada numa das principais escolas médicas do planeta (a Johns Hopkins, nos EUA) e professou apaixonada defesa da cloroquina, droga dos amores do despresidente genocida.

Em sua fala, Heinze citou o Índice H, que quantifica a produção científica de pesquisadores a partir das citações (por outros autores) dos trabalhos deles. O senador, que pertence ao partido que mais teve casos identificados de corrupção nos últimos anos, o PP (Partido “Progressista”), enumerou vários nomes e respectivos índices H, entre eles o do controvertido microbiologista francês Didier Raoult.

Didier Raoult, o cientista picareta francês

Ora, Raoult foi o sujeito que fez um “estudo” científico furado no começo de 2020 com pacientes portadores de COVID-19 e uso de hidroxicloroquina como “tratamento”. A amostra que o francês usou em seu “estudo” era pequena demais, o método era errado, ele só divulgou os casos de resultado positivo e escondeu os casos de quem morreu ou teve que ir para a UTI. Mas o francês, ambicionando fama, chamou uma coletiva de imprensa e anunciou para o mundo a grande descoberta da cloroquina como a “cura” para a COVID-19, causando rebuliço nos meios médicos e acadêmicos.

Donald Trump imediatamente abraçou a cloroquina como panaceia para a COVID-19 e, no Brasil, o genocida Bolsonaro, sempre lambe-botas do norteamericano, fez o mesmo. Seu Jair virou garoto-propaganda da droga miraculosa, desdenhando medidas como distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel, e até oferecia cloroquina para as emas do jardim do palácio em Brasília, que fugiam dele.

E, apesar de todo o desmentido do mundo científico ao longo de 2020 sobre a completa inutilidade da cloroquina para tratar COVID-19 (fora os efeitos colaterais de risco de infarto cardíaco e lesão de retina), o Messias Bolsonaro continua firme até hoje na defesa da droga. Ele e seu pelotão de enganadores, como a Dra. Nise Yamaguchi, aquela que não soube na CPI explicitar a diferença entre protozoários e vírus.

Voltando à CPI: Luana ouviu pacientemente a arenga do senador Heinze. Na resposta a ele e à sua alusão aos nomes do índice H, em especial o do cientista picareta Didier Raoult (que mais tarde se retratou de seu trabalho furado), a médica usou de fina ironia. Perguntou de volta a Heinze: “o senhor já ouviu falar do prêmio Rusty Razor?”. Mas ela não explicou na hora o que é esse prêmio.

Rusty Razor, ou “Navalha Enferrujada”, é o nome do prêmio anual, concedido pela antiga revista britânica “The Skeptic” (“O Cético”) ao principal promotor de PSEUDOCIÊNCIA do ano. E quem ganhou o prêmio Rusty Razor de 2020? Didier Raoult, ídolo do senador gaúcho bolsonarista.

O patusco senador Heinze, assim como seu capitão genocida, merece em 2021 um prêmio parecido, tamanha a ignorância e obscurantismo. O melhor mesmo será que o povo não reeleja mais trastes como esses dois e os esconjure para longe de Brasília. Para sempre!

quarta-feira, 21 de abril de 2021

A CPI do Genocídio e a solidão de Bolsonaro com sua "milagrosa" cloroquina

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Embora o governo Bolsonaro trate como uma vitória o adiamento para a próxima terça-feira, 27, da instalação da CPI da Covid-19, politicamente ela já está funcionando

Por Fernando Brito - Blog Tijolaço

As notícias dos jornais – especialmente as da Folha SP, informando as ações sobre o Exército para liberar recursos às pressas para a produção de montanhas de comprimidos de hidroxicloroquina e a ordem dada por ofício à Fundação Oswaldo Cruz para que estimulasse, entre os médicos, a orientação para prescrevê-la, além de também produzir quantidades extras – mostram que a apuração dos absurdos praticados pelo governo brasileiro está em pleno processo de apuração e, mais ainda, de comprovação formal de sua autoria.

E acontece que, nesta questão do “tratamento precoce” todos estão desesperados para dizer que “não fui eu” quem indicou a cloroquina, embora muitos tenham sido omissos ou cúmplices deste charlatanismo, do qual não se afastou até agora. Trump, pelo menos, escafedeu-se do assunto e de outras bobagens que falou, investindo maciçamente na compra de vacinas.

O “Mito” fez o inverso e por isso não terá solidariedade de ninguém, a não ser de seus alucinados falangistas.

Do Exército, não é preciso dizer mais do que a forma com que trata Eduardo Pazuello, uma “batata quente” que querem em qualquer lugar, menos junto da corporação cuja imagem ele “ferrou”, para usar a expressão do ex-comandante, general Edson Pujol, relatada hoje por Ancelmo Gois, em O Globo.

O Conselho Federal de Medicina, praticamente a única entidade médica a ser tolerante com o medicamento, está sob pressão de grande parte da corporação e do próprio Ministério Público, ao qual vem protelando a entrega das atas das reuniões nas quais decidiram que receitá-la fazia parte da “liberdade médica”.

Também não vai adiantar aludir às referências internacionais: o médico francês Didier Raoult, que lançou a irresponsabilidade, voltou atrás e admitiu que a cloroquina não produz benefícios. A Índia, onde o primeiro-ministro Narendra Modi foi parceiro de Bolsonaro na indicação da droga, está mergulhada numa explosão de casos da doença – 300 mil ao dia – , o que, de quebra, vai arruinar o cronograma de entrega das 42 milhões de doses do Consórcio Covax Facility, da OMS, que esperávamos ansiosamente aqui, porque estão suspensas todas as exportações dos laboratórios indianos.

Nesta questão, o horizonte é de completa solidão para o charlatão Bolsonaro, porque não terá nem a companhia de seu ministro da Saúde, que não pode responder com um simples “sim” à pergunta direta sobre se receitaria hidroxicloroquina a um paciente de Covid-19.

Ninguém o apoiará nisso. Como já vimos, nem as emas do Alvorada.
Texto e foto do Tijolaço
Título da postagem dado por este Blog NaLuta

terça-feira, 6 de abril de 2021

AGLO...meração é POP

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Culto no templo do picareta Edir: 'Vou apressar encontro  de vós com Jesus'


Kássio ConKá Nunes, o juiz serviçal a Bolsonaro no STF, decretou monocraticamente que está liberada a realização de cultos evangélicos e missas presenciais, desde que, diz Kássio, se respeitem medidas como limite de 25% de pessoas nos templos, uso de máscaras e de álcool em gel...

Ora, quem vai fiscalizar nessas cerimônias religiosas que estará sendo obedecido o limite de 25%, uso de máscaras e álcool? Ninguém.  Logo, os pastores podem liberar geral e depois dar a desculpa de que não tinham como impedir que a multidão à porta do templo também pudesse entrar.

O próprio juiz Kássio ConKá admitiu, em sua decisão, que a tal Associação de Juristas Evangélicos, que pediu a decisão ao STF com base numa figura jurídica da CF, não tinha legitimidade para fazer tal pedido.  Mesmo assim, o peão bolsonarista do STF tomou a decisão... a partir de pedido ilegítimo! 

Amanhã, o plenário do STF se reúne para definir de uma vez essa questão, ou seja, reiterar a decisão prévia do próprio plenário de que governadores e prefeitos tem autonomia para baixar medidas que evitem a propagação do coronavírus, como é o caso de proibir diversos tipos de aglomerações (como em cultos e festas).  E o poodlezinho juiz de Bolsonaro deve levar uma surra verbal no STF e sua decisão da semana passada ser sumariamente jogada no lixo.

Mas, para os negacionistas que idolatram o bezerro de ouro chamado Jair Messias, AGLOmeração é POP, AGLOmeração é TECH, AGLOmeração é TUDO de bom para voltar a encher a "sacolinha" com dízimos que garantem a vida boa de pastores que traficam com a fé.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Por uma felicidade vadia

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Associado ao êxito individual, o ser feliz tornou-se obrigação tormentosa. Pode ser, porém, o desfrute de uma vida sem medos; os convívios que permitem encarar o incerto e a tristeza; e uma ética que, prezando o cuidado, desafia os moralismos

Por Antoni Aguiló (trad. de Simone Paz) - Site Outras Palavras

Desde 2013, a ONU reconhece o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. Hoje em dia, a felicidade parece um significante vazio, explorado em excesso, até a exaustão. Abraça tantos significados diferentes, que praticamente cabe tudo nela: desde o consumo de Viagra, até os livros de Paulo Coelho.

Apesar da banalização do termo, ao longo das últimas décadas o neoliberalismo impôs a crença de que a felicidade era fruto do esforço e do talento individual, um prêmio que ganhamos por sermos produtivos e competitivos. É o típico discurso da meritocracia liberal, onde cada um chega onde quer com base em seu próprio valor. Para isso, a meritocracia nos introduz a necessidade contínua do “sempre mais”: treinar mais, trabalhar mais, demonstrar mais, ter mais seguidores nas redes sociais etc. A felicidade torna-se prisioneira entre as frias paredes do cálculo e da eficiência.

É uma dinâmica aparentemente virtuosa, mas capaz de gerar muita frustração e angústia: do mesmo jeito que ficamos contentes com nossos sucessos, nos culpamos por nossos fracassos. A verdade é que o lembrete que o coronavírus trouxe sobre a crua imprevisibilidade da vida desmente o discurso do mérito e da recompensa, principalmente em países que acumulam desempregados — e onde os méritos que supostamente garantiam o sucesso (títulos, idiomas etc.) parecem inúteis. Mas também é desmentido pelo fato de que viver em sociedades sendo branco, homem e hétero e cissexual é um privilégio que oferece vantagens desde o início.

Além disso, a crise do coronavírus escancarou a natureza frágil e instável da felicidade humana, sujeita a três processos que já ocorriam, mas a pandemia se intensificou. O primeiro é a medicalização da felicidade. A nova normalidade trouxe consigo uma normalidade medicada, na qual 55,9% dos espanhóis, por exemplo, sentiram-se “muito tristes ou deprimidos”. Sem mencionar o aumento global do risco de suicídio durante a pandemia. Nesse contexto, logo depois da vacina, os antidepressivos despontam como o grande negócio da indústria farmacêutica no combate à chamada “fadiga pandêmica”. A assombrosa previsão de Huxley sobre a felicidade produzida quimicamente em “Admirável Mundo Novo”, tornou-se realidade.

O segundo processo é a patologização da infelicidade...

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Insegurança alimentar atinge 117 milhões; destes, 19 milhões têm fome

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Com a pandemia do novo coronavírus, aumentou o número de brasileiros que conhecem a fome. No final do ano passado, 116,8 milhões de pessoas conviviam com algum grau de insegurança alimentar. Desses, 43,4 milhões não tinham alimentos em quantidade suficiente suficiente e 19,1 milhões de pessoas conviviam com insegurança grave, ou seja, fome. O número dos que lidam com a fome tem 9 milhões a mais que em 2018, quando eram 10,3 milhões de pessoas nessa situação.

Os dados pertencem a um levantamento conduzido pelo instituto de pesquisas Vox Populi a pedido da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar, que reúne as entidades Oxfam Brasil, Action Aid, Friedrich Ebert Stiftung e Ibirapitanga. Os pesquisadores levantaram dados de 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.

Mais de meio milhão de mortos por COVID-19 até fim de junho no Brasil, projeta a Universidade de Washington

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O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, da Universidade de Washington (EUA), prevê 100 mil mortes por COVID-19 no Brasil ao longo de abril.

Segundo uma pesquisa da instituição, - que considera fatores como a disseminação de variantes do vírus, uso de máscaras e respeito ao distanciamento social - o número de mortos pode saltar dos atuais 330.297 óbitos, registrados em 3/4, para 436 mil em 4 de maio.

Esse total pode cair para 429 mil mortes caso 95% da população use máscara em público.

A universidade projeta ainda que até o final do primeiro semestre o Brasil atinja a marca de 595 mil mortes no pior cenário. No caso da adoção de máscaras em público por 95% da população, esse número pode cair para 507 mil.


TRÊS CENÁRIOS POSSÍVEIS

1- Cenário atual

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 434.702
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 561.634

Neste cenário, a universidade considera:

*Mobilidade dos não vacinados seguindo o padrão apresentado no último ano;
*25% dos vacinados voltando a se deslocar como faziam antes da pandemia;
*Variantes britânica, sul-africana e brasileira se espalhando entre regiões vizinhas no ritmo já registrado no Reino Unido;
*Casos diminuindo entre os que se vacinaram há 90 dias.

2- Pior cenário

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 436.151
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 595.521

Neste cenário, a universidade considera:

*Deslocamento de quem ainda não foi vacinado se mantendo como no último ano;
*Todos os vacinados voltando a se deslocar nos níveis pré-pandêmicos;
*Variantes brasileira e sul-africana começando a se espalhar em locais onde ainda não haviam chegado;
*Eficiência da vacinação sendo inferior diante da variante sul-africana;
*Uso de máscaras caindo entre os vacinados.

3 - Cenário com uso de máscaras em público por 95% da população

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 429.634
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 507.113

*Mobilidade dos não vacinados seguindo o padrão apresentado no último ano;
*25% dos vacinados voltando a se deslocar como faziam antes da pandemia;
*Variantes britânica, sul-africana e brasileira se espalhando entre regiões vizinhas no ritmo já registrado no Reino Unido;
*Uso correto da máscara sendo adotado por 95% da população.

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Fonte: texto com informações do Portal G1 de 29/03;
Ilustração da revista ‘Science’ (EUA)

terça-feira, 16 de março de 2021

Colapso do sistema funerário, contaminação de lençóis freáticos e de alimentos - o alerta de Miguel Nicolelis

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O médico e neurocientista respeitado mundialmente Miguel Nicolelis lança mais um alerta grave.  O aumento brutal de mortes pela COVID-19 (pelo menos triplicou o número de enterros comparativamente a tempos 'normais') e os sepultamentos de cadáveres repletos ainda de coronavírus e também de bactérias, sem maior controle ou regramento, poderá levar à contaminação de lençóis freáticos e, por extensão, de alimentos.

Lençol freático (lençol de água) é um reservatório de água presente nas partes subterrâneas da Terra, entre cerca de 500 a 1000 metros de profundidade. Assim, uma parte da água da chuva escoa pela superfície mas outra parte se infiltra nos solos formando, assim, os lençóis freáticos.

Nicolelis, palmeirense roxo, adverte com a mesma ênfase com a qual torce para seu time do coração: "Quando você tem um colapso desse nível não tem volta (...) Perdas econômicas pela falta do controle da pandemia vão ser muito maiores do que qualquer perda que o lockdown poderia criar".  Veja abaixo em vídeo o aviso do médico.

Aí se tem, portanto, mais uma faceta do quadro de caos e genocídio induzidos pelo desgoverno Bolsonaro.  É preciso o quanto antes, dar um basta na necropolítica do fascista do Planalto!



COVID-19 de longa duração em jovem que teve doença leve

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Shannon é uma jovem enfermeira que trabalha num movimentado hospital de Dublin, na Irlanda, um país que, desde março de 2020, implantou um lockdown relativamente precoce. A ala onde Shannon atendia foi convertida em unidade de COVID-19, o que causou medo nela, além da questão de mudanças de protocolos e uso de outro tipo de EPI.

Mas, em abril, a enfermaria virou uma espécie de zona de guerra. Médicos e enfermagem assustados, sem saber direito com o que lidavam, nem mesmo ainda a melhor maneira de tratar os doentes, com frequentes remoções de pacientes para a UTI, a lida com o estresse e o luto das famílias.

No final daquele mês, Shannon, fazendo às vezes dois longos turnos consecutivos na enfermaria, começou a passar mal, com dores nas pernas, cefaleia (seria pelo uso prolongado do EPI?), e pouco depois surgiram dificuldades respiratórias, fadiga, tosse seca, perda de olfato e de paladar.

Sem surpresas, o teste para coronavírus deu positivo. E estava havendo surto de COVID-19 entre seus colegas.  Não de se admirar, pois no hospital todos trabalhavam muito juntos, compartilhando das mesmas salas de repouso e tendo que tirar o EPI para se alimentar, além de ventilação inadequada. A enfermagem sempre tinha contato mais próximo com os pacientes.

Desde o exame positivado, a enfermeira se isolou por três semanas, mas os sintomas não arrefeciam, ela ainda era contagiante.  "Fiz o que pude - repousei, tomei vitaminas, fiz curtos passeios no meu quintal, fiquei na posição de pronação (de barriga para baixo)", diz Shannon. Mas a fadiga continuou, sobreveio um aperto no peito, frequentes dores musculares, muita taquicardia e palpitações, suores noturnos, perda de peso, além de maior vulnerabilidade a outras infecções - ela teve febres, duas infecções urinárias e três de pele.  Algo bem difícil de a psique de alguém suportar.

Até então, e era ainda começo da pandemia, Shannon não tinha ouvido falar da chamada "COVID longa" ou estendida, que descreve as pessoas com sintomatologia de longa duração da virose.  Ela pensava que estava enlouquecendo, ou algo ainda pior vindo. Ela sabia de muitos colegas que haviam contraído COVID, mas se recuperaram bem e até voltaram ao trabalho.  "Além dos sintomas físicos, também sentia uma obnubilação cerebral, dificuldade de concentração, às vezes não conseguia falar direito as palavras.  Não só preocupada com minha própria saúde e energia realmente limitada, mas, mais ainda se, voltando ao trabalho, cometesse algum erro ao lidar com pacientes, por não mais poder confiar em mim, em minha habilidades", lamenta-se.

O que pode advir da "COVID longa", como sequela, às vezes para toda a vida, é a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), muito limitante da atividade laboral. Dia após dia, a rotina de Shannon pode ser bem solitária.  Tenta se exercitar todos os dias, mas o máximo que consegue é uma caminhada de 30 minutos a passo lento.  Ainda espera voltar ao trabalho, mas sabe que isso terá que se dar por etapas.  Para lidar com as batalhas psicológicas, faz várias sessões de aconselhamento e também meditação.

Relatamos aqui, e resumidamente (há mais problemas com nossa enfermeira irlandesa) um caso de COVID de longa duração para mostrar como é variado o espectro de apresentação clínica dessa patologia, que pode afetar muitos órgãos e sistemas, por vezes prejudicando todo o restante tempo de vida do paciente e inviabilizando volta ao trabalho.  E para que, uma vez mais, não pululem por aí negacionistas da Ciência que ainda acham, junto com o presidente genocida, que COVID-19 é uma "little flu", uma "gripezinha".
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Fonte: The Lancet - Respiratory Medicine, 3 de março de 2021.
DOI : 
 https://doi.org/10.1016/S2213-2600(21)00123-5
Figura de The Lancet
Resenha com tradução livre do inglês do autor da postagem

segunda-feira, 15 de março de 2021

Cloroquina e ivermectina: fantasia ou realidade?

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Evento promovido pela Agenda Escola da UFPR debate as duas drogas alardeadas pelo governo Bolsonaro como parte de um suposto "tratamento precoce" da COVID-19.  Será amanhã, 16/03 (3a.feira) a partir das 10 da manhã, sendo transmitido pelo canal do YouTube da #AgenciaEscolaUFPR


Participam como convidados:

* Profª. Drª. Andréa Emilia Marques Stinghen, farmacêutica-bioquímica, professora dos cursos de Farmácia e Biomedicina (Departamento de Patologia Básica).

* Profº. Dr. Marcelo Beltrão Molento, médico veterinário, professor do curso de Medicina Veterinária da UFPR.  Consultor da ONU e da OMS para doenças zoonóticas. 

* Profº. Fellype de Carvalho Barreto, médico nefrologista, professor do curso de Medicina da UFPR e médico do CHC.

* Mediação: Profª. Drª Edneia Cavalieri, vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia da UFPR.

Não dê ouvidos a fake news ou a informações emitidas por quem não tem real conhecimento científico sobre temas tão sensíveis, como a defesa da vida humana diante da terrível COVID-19.  Acompanhe o evento!

Malucos bolsonaristas se aglomeram para intercambiar coronavírus e pregar golpe militar

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Para os discípulos da necropolítica do despresidente Bolsonaro, tanto faz se autoridades em Curitiba decretaram bandeira vermelha (alto risco de contágio) e lockdown contra a COVID-19.  O bando de zumbis desafiou e juntou-se ontem, 14/03, sem máscaras, para um troca-troca de seus próprios vírus no Centro Cívico.

A partir dali, como a gasolina da Era Bolsonárica está muito barata, realizaram uma carreata contra a anulação das condenações de Lula, contra o lockdown e em apoio ao despresidente miliciano genocida.

No meio da turba cega, a  polícia, muito tolerantemente, pedia que as pessoas não saíssem dos carros, mas foi solenemente ignorada.  Havendo naquele tóxico meio tanto defensores de intervencionismo militar, mantendo Bolsonaro no Planalto como ditador, como os que não apoiam essa intervenção, correu muito bate-boca e brigas entre os próprios apóstolos da necropolítica.

O Tribunal de Justiça do PR proibiu realizar protestos diante de prédios públicos (em virtude do lockdown), sob pena de detenções e multas coletivas e individuais.  Mas a polícia não agiu em nada nesse sentido.

Outro ato da zumbizada de extrema-direita ocorreu diante do 2o. Batalhão de Infantaria Blindado, mais explicitamente apoiando o golpe militar no Brasil, ao ponto de arremedar pelo nome a infausta "Marcha da Família com Deus", que deu o sinal para o golpe que instituiu a ditadura em março de 1964.

Tais barbaridades transcorrem num momento em que o Brasil virou epicentro da pandemia, com cifras altíssimas de casos e de mortes pela COVID-19, ao lado do assustador colapso do sistema de hospitalar, cujos leitos de enfermaria e de UTI estão todos tomados, havendo no Paraná fila de espera de mais de 1.200 pessoas em busca de internamento. E colapso também ameaçando o próprio sistema funerário, que não está dando conta, tantos são os mortos da pandemia.

Autoridades internacionais, como as da ONU e OMS, e governantes de outros países, buscam intervir de algum modo para forçar o desgoverno de Bolsonaro a mudar de rumos no enfrentamento da COVID-19, pois para o Brasil se voltam todos os olhos do resto da planeta. Não há, entretanto, perspectiva palpável de que o despresidente sociopata genocida possa atender a tais apelos.  
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Foto: Portal Bem Paraná

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Um novo vírus surge no Alasca

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Esquilo Vermelho do Alasca, possível vetor

A pandemia da COVID-19 tornou mais conhecidos os riscos que corremos de que vírus desconhecidos se espalhem, alguns com potencial de desencadear crises semelhantes. Um jeito de que isso pode acontecer é via contato com bichos selvagens, que vem sendo facilitado por fatores como desmatamento, que expulsa os animais de seus habitats naturais, e ocupação humana de áreas que eram antes isoladas. 

O último alerta vem do Alaska, que acaba de divulgar seu segundo caso de “alaskapox”, uma doença causada por um novo vírus do mesmo gênero daquele que causa a varíola. A suspeita é que o patógeno seja transmitido por alguma espécie de roedor selvagem. A infecção atingiu uma mulher em agosto. Uma lesão acinzentada na pele foi o primeiro sintoma. Levou seis semanas para secar e deixou cicatriz. Ninguém da sua família desenvolveu sintomas, nem ela precisou ser hospitalizada. A primeira infecção desse vírus aconteceu em 2015, também com uma mulher que apresentou lesão cutânea como sinal diferencial.

Eric Mooring, do Centro para Controle de Doenças (CDC) de Anchorage, no estado americano do Alasca, informou que "o primeiro paciente de que se teve notícia contou que vários animaizinhos em volta de sua casa estavam deixando dejetos e que suas crianças caçavam esquilos.  O segundo paciente disse que um de seus gatos capturou e matou pequenos mamíferos em sua propriedade".

O paciente mais recente procurou o hospital por causa de uma mancha de pele cinzenta, mas sem maiores sintomas, e não desenvolveu nada de grave. O exame do vírus infectante dessa pessoa mostra similaridades com o que causou gravíssimos surtos de varíola mortal ao longo de séculos no mundo.  A varíola está erradicada há várias décadas, o último caso reportado sendo de 1977 (OMS).

Apelidou-se a nova patologia de "Alaskapox" por causa dessas similaridades com a "Smallpox", nome inglês para varíola.

Espera-se que seja um evento totalmente marginal e sem maior significação médico-epidemiológica.  No entanto, desde que o vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus) surgiu como espécie mutante em morcegos na China, os próprios chineses estudam freneticamente sobre a possibilidade de outros animais selvagens desenvolverem dentro de si variações mutantes de vírus capazes de se tornarem infectantes patológicas para seres humanos.
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Fonte: com informações do site Outra Saúde/Outras Palavras e da BBC

Pior da pandemia COVID-19 já passou! Passou?

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Assiste-se no Brasil a um processo de liberação geral de atividades, um afrouxamento das medidas de prevenção do contágio pelo novo coronavírus. Os dados últimos da pandemia no Paraná mostram total de 191.942 casos confirmados desde março, com total até aqui de 4.737 mortos.  Há 799 pessoas internadas e Curitiba registrou ontem mais oito óbitos.  Na capital do estado, até o prefeito Greca contraiu a COVID-19, mas se safou, apesar de obeso e sexagenário.

No entanto, vai se liberando e liberando, e cada vez mais se vê aglomerações. Depois da 'liberada geral' na Europa, vários países de lá voltaram a ter registro de aumento de casos da pandemia, forçando  autoridades a retomarem medidas restritivas contra aglomerações e obrigatoriedade de uso  de máscaras  e de higiene.

Então, cabe a pergunta: no Brasil, com acúmulo de mais de 5.100.000 casos e mais de 150 mil óbitos, embora com certo declínio médio das taxas, o pior já passou?

Na opinião de um dos maiores cientistas brasileiros, o médico neurocientista Miguel Nicolelis (foto  acima) é uma leviandade afirmar que o pior da COVID-19 já era.  Diz ele, em matéria da revista CartaCapital:

"Eu não teria a irresponsabilidade de falar isso. Nós tivemos uma pequena queda que já foi vista em outros países, como nos EUA, mas a situação lá explodiu de novo no começo de junho. [...] Ou seja, nós estamos em um patamar de instabilidade, onde qualquer surto mais importante pode levar a um crescimento de casos, vide o que aconteceu no Rio de Janeiro. Há duas semanas, a taxa de ocupação de leitos da rede pública na cidade do Rio de Janeiro chegou a 79%, e na rede privada chegou a 90%. É muito difícil dizer que o pior já passou. No Brasil, a gente aprendeu que essa frase é extremamente perigosa de ser usada."

Todos ansiamos para poder de fato voltar ao normal, no trabalho, na vida em geral, poder sair de casa, ir abraçar parentes e amigos, voltar a frequentar lugares com tranquilidade e segurança.  

No entanto, neste momento, para usar a metáfora do tiroteio: se antes, com intensa troca de tiros nas ruas, dificilmente alguém sairia de casa arriscando-se a tomar uma bala.  O tiroteio se abrandou, mas persiste; pode-se arriscar sair nessas condições, mas ainda há média probabilidade de se levar um teco na testa.  Ou nos pulmões.  Logo...

Abaixo, um gráfico da evolução da COVID-19 no Paraná desde o começo, em 16/03, até 12/10 (clique na figura para ampliar).

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Fonte: com informações de CartaCapital; figuras de CartaCapital e da SESA 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O silêncio dos vivos

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No sábado, chegamos às cem mil mortes e três milhões de infecções pelo novo coronavírus conhecidas no Brasil. A tragédia sem dimensões na história do país não mereceu panelaços. A imprensa tem se esforçado para dimensionar seu significado em significado em histórias, comparações, simulações e gráficos diversos. 

Da Seção Outra Saúde do site Outras Palavras

Mas alguma coisa parece ter estancado a indignação que era demonstrada numa base diária meses atrás. Concordamos com o advogado Thiago Amparo quando ele diagnostica que o luto coletivo existe, só que estava sendo esmagado pela necropol[ítica. “Bolsonaro está vencendo pelo cansaço”, constata, por sua vez, o jornalista Bernardo Mello Franco. 

No dia do fatídico marco, só atingido até agora pelos Estados Unidos, Jair Bolsonaro celebrou a vitória do Palmeiras [campeão paulista] e replicou a propaganda da sua Secretaria de Comunicação que distorce informações para comemorar números catastróficos. Como os milhões de “recuperados” – conceito extremamente duvidoso em se tratando de uma síndrome que tem mostrado poder para desabilitar permanentemente suas vítimas, com pulmões lesionados, rins danificados. Ou o número de mortes por milhão de habitantes, métrica que não serve. “Se cai um avião com 210 pessoas ninguém diz que foi uma morte por milhão de habitantes”, explica Ricardo Parolin, em entrevista ao UOL. “Com cerca de 3% da população mundial, concentramos 14% dos óbitos registrados por COVID-19", situam as pesquisadoras Jurema Werneck, Gulnar Azevedo e Zeliete Zambon. 


Hoje, a quantidade de vidas perdidas já aumentou mais um ‘muito’: mil cadáveres se acumularam de lá para cá. “E seguimos contando os corpos que não podemos velar”, escreve Antonio Prata, resgatando a conclusão do atual presidente sobre a ditadura – ‘o erro foi ter torturado e não matado’, disse Bolsonaro no rádio em 2016 – para inferir: “Era óbvio, mas segue sendo surpreendente que um presidente eleito hasteando a bandeira da morte nos entregue, vejam só, a morte.”

Diante dos cem mil mortes, Supremo e Congresso decretaram luto oficial. Não há punição à vista para quem optou pelo “caminho da insensatez”. “A responsabilização por esta tragédia humana não pode deixar de ser feita", defendem as entidades da ciência, da advocacia, da imprensa, etc. O difícil é achar quem tenha poder para tal e esteja disposto a assumir a tarefa. Aparentemente, estão todos ‘tocando a vida’.
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Fontes: texto do site Outras Palavras. Vídeo da dep. Jandira Feghali.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Bolsonaro e a cloroquina; os Simpsons e a pedra anti-tigre

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A rádio BandNews FM tem um programa matinal de debate político apresentado pelas jornalistas Sheila Magalhães e Carla Bigatto, e o jornalista Luiz Megale. Hoje, criticando as reiteradas apologias de Bolsonaro à inócua cloroquina e que a dita droga teria estimulado sua cura da COVID-19, Megale oportunamente aludiu a uma historinha do desenho “Os Simpsons”. Historinha sobre falácia filosófica. 

Na mundialmente famosa animação, surge um urso na cidade de Springfield, assustando a população mas, ele próprio, urso, está ainda mais assustado. E trata de fugir do lugar. Mas, aí, a cidade já tivera a iniciativa de criar uma “patrulha anti-urso”, até uniformizada, comandada pelo idiota Homer, que varre a cidade em busca do bicho. Não encontra o urso, que já fugira faz tempo, e Homer sai comemorando o que acha ser o sucesso da “patrulha”. 

Crítica e racional, a filha de Homer, Lisa, discorda da visão de que o sumiço do urso deveu-se às ações da “patrulha”, e mantém o seguinte diálogo (posto aqui de memória) com o pai Homer: 

Homer (exultante): “Viu só, Lisa, o sucesso da nossa patrulha?. Não há mais ursos em Springfield!” 

Lisa (cética): “Pai, tem certeza de que foi a sua patrulha que espantou o urso?” 

Homer: “Mas, claro! Ursos aqui não tem vez com nossa patrulha!! O que é essa pedra em sua mão?” 

Lisa: “Ah, é uma pedra ‘anti-tigres’. Ela espanta os tigres. Você já viu algum tigre nesta cidade?” 

Homer (surpreso mas crédulo): “Humm, é mesmo… Me vende a sua pedra?” 

Sensacional essa comparação do jornalista da BandNews entre a cloroquina “milagrosa” do Jair Messias com a pedra de Lisa Simpson. Pensem nisso. Duvidem das declarações peremptórias de um falastrão como Bolsonaro e notem sua alta capacidade de fingir. Dois fatos que ocorrem ao mesmo tempo nem sempre tem nexo de causa e efeito, mas fake news estão aí para enganar otários. 

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Militares já temem fracasso total na Saúde

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Depois de desmontar ministério, general Pazuello quer sair “de fininho”. Mas não comemore: Bolsonaro trama entrega da pasta ao Centrão. E mais: é genocídio, sim! Mortalidade de indígenas por COVID-19 é até cinco vezes maior que a média.

Por Maíra Mathias e Raquel Torres, na seção Outra Saúde do site Outras Palavras

Pelo visto, a crítica de Gilmar Mendes à presença de militares no Ministério da Saúde em plena pandemia terá o condão de forçar aquilo que entidades e especialistas não conseguiram: a saída do general. Segundo a Folha, Eduardo Pazuello teria apontado ao Planalto dois momentos ideais para a passagem do bastão a um ministro titular. Isso poderia acontecer já no final do mês, quando a pasta prevê que os casos de COVID-19 na porção que vai do centro ao norte do país comecem a declinar. Depois, haveria outra janela entre agosto e setembro, período em que se espera que os números melhorem na porção centro-sul.

As datas se casam com a apuração de O Globo, que revela que o prazo dado pela ala militar para a permanência de Pazuello como ministro interino é agosto. Se quiser continuar depois disso, ele teria de ir para a reserva – o que não faria por ainda ser general três estrelas. Pazuello também parece inclinado a refutar o arranjo no qual voltaria a ocupar o segundo posto mais importante no Ministério, a Secretaria Executiva. Quem defende essa opção calcula que ele poderia ficar afastado do Exército dois anos e, ainda sim, voltar para a ativa e se aposentar como general quatro estrelas. “Ele tem dito a interlocutores, porém, que essa opção não está na mesa, já que a ‘missão’ que lhe foi dada era temporária”, relata a repórter Natália Portinari.

Segundo ela, o Centrão engrossou o cordão dos insatisfeitos com Pazuello. Lembremos que o bloco de partidos de aluguel defendeu ativamente a permanência do general em um "mandato-tampão" – e quem serviu de porta-voz dessa posição não foi qualquer um, mas o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde. A mudança pode indicar uma nova investida do Centrão sobre o Ministério. Os líderes partidários estariam usando como justificativa para pressionar pela saída a ‘falta de experiência’ do general ‘em lidar com políticos’ – coisa que os quadros do Centrão têm de sobra.

Saindo da Esplanada e indo para a Praça dos Três Poderes, o embate entre os militares e o ministro do Supremo continua. Ontem logo de manhã, Gilmar Mendes divulgou uma nota em que manteve sua crítica de que o Exército se associa a um genocídio, mas evitou a palavra. No texto, afirma que não atingiu a honra das Forças Armadas. “Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, escreveu. Ainda de acordo com ele, ‘nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das políticas públicas de saúde’ do país. “Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade extrapola a missão institucional das Forças Armadas", afirmou. 

Já de tarde, o ministro do STF voltou a comentar o caso, dando mais ênfase à estratégia do presidente Jair Bolsonaro de se descolar da pandemia. “O Supremo na verdade não disse que os estados são responsáveis pela Saúde. O Supremo disse apenas que isso era uma competência compartilhada, como está no texto constitucional.  Mas o presidente esquece esta parte e diz sempre que a responsabilidade seria do Supremo e a responsabilidade seria dos estados. Então eu disse: se de fato se quer mostrar isso do ponto de vista político, isso é um problema e isso acaba sendo um ônus para as Forças Armadas, para o Exército, porque eles estão lá inclusive na condição de oficiais da ativa”, observou, arrematando: “Na verdade, o meu discurso é de defesa da institucionalidade das Forças Armadas, do seu papel, que eles acabem não se envolvendo. Que eles não se deixem usar nesse contexto.”

Cumprindo o anunciado, o Ministério da Defesa protocolou a representação contra Mendes na Procuradoria-Geral da República (PGR) ontem de tarde. E a Lei de Segurança Nacional, sancionada durante a ditadura e que lista crimes que afetam ‘a ordem política e social’, voltou a aparecer. Segundo o Estadão, a pasta sustenta que o ministro do Supremo pode ser enquadrado no artigo 23, que prevê como crime a prática de incitar ‘à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis’. A pena é de um a quatro anos de prisão. Cabe à PGR seguir com o caso ou arquivá-lo.

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Charge: Jornal de Brasília

domingo, 12 de julho de 2020

Bolsonaro ainda mais irresponsável apesar das 70 mil mortes por COVID-19

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Marca tétrica: mais de 70 mil brasileiros mortos pela COVID-19, em meio a um apagão de seu ministério da Saúde, "comandado" por um milico sem qualquer experiência na área. Nestes dias, o despresidente Bolsonaro informa que estaria vitimado pela COVID-19, supostamente. Anuncia isso com esquisito contentamento e aproveita para fazer uso político da dita situação pessoal.

Usa a repercussão na imprensa local e mundial para seguir em sua criminosa cruzada para menosprezar autoridades de Saúde do país, mantendo atitudes contrárias aquelas recomendadas pela OMS, como distanciamento social e uso de máscara. Amigo dos donos de laboratórios (Apsen, EMS, Cristália) que produzem cloroquina, posa de garotinho-propaganda feliz da droga, cuja eficácia contra a pandemia não está comprovada em nenhum estudo científico sério aqui ou no resto do planeta.  Quanto será que o despresidente pode estar levando "por fora" nessa propaganda enganosa sobre cloroquina?

Só otários poderiam imaginar que Bolsonaro tomaria postura mais comedida agora que estaria, supostamente, contaminado pelo SARS-CoV-2. Tola ilusão. O fascista governante só fez reforçar sua conduta leviana, de crime contra a saúde pública.  Mas usa a dita doença para desviar a atenção da pauta negativa que o assola, como a prisão do aliado, bandido miliciano Fabrício Queiroz, que já confessou que fazia a "rachadinha" na ALERJ para o patrãozinho Flávio Bolsonaro, filho 01 do despresidente (além de outras condutas ilegais).

Nada de testagem em massa, nenhum esforço para fazer rastreamento da contaminação para ajudar ação de governadores e prefeitos.  Nada de sinalizar com iniciativas na área econômica para prestar auxílio emergencial de renda aos brasileiros mais atingidos pela crise geral, nem para ajudar micros e pequenas empresas que impeçam seu colapso final.  Esse é o genocida cujo cérebro parece operar num único modo: ligado direto na necropolítica, na destruição, na morte.

A situação se agravará, pois continuam subindo os números de casos de COVID-19 e de óbitos. E o despresidente na mesma toada, fingindo "quarentena" no Palácio da Alvorada, onde come do bom e do melhor, e tem médicos à vontade para encenar atendimento à suposta virose. Assim, incumbe às forças democráticas no Congresso e do Judiciário, principalmente as da sociedade civil unirem-se em busca de uma plataforma emergencial para salvar vidas, preservar a democracia, proteger o emprego e socorrer as micros, pequenas e médias empresas.