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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Um novo vírus surge no Alasca

Esquilo Vermelho do Alasca, possível vetor

A pandemia da COVID-19 tornou mais conhecidos os riscos que corremos de que vírus desconhecidos se espalhem, alguns com potencial de desencadear crises semelhantes. Um jeito de que isso pode acontecer é via contato com bichos selvagens, que vem sendo facilitado por fatores como desmatamento, que expulsa os animais de seus habitats naturais, e ocupação humana de áreas que eram antes isoladas. 

O último alerta vem do Alaska, que acaba de divulgar seu segundo caso de “alaskapox”, uma doença causada por um novo vírus do mesmo gênero daquele que causa a varíola. A suspeita é que o patógeno seja transmitido por alguma espécie de roedor selvagem. A infecção atingiu uma mulher em agosto. Uma lesão acinzentada na pele foi o primeiro sintoma. Levou seis semanas para secar e deixou cicatriz. Ninguém da sua família desenvolveu sintomas, nem ela precisou ser hospitalizada. A primeira infecção desse vírus aconteceu em 2015, também com uma mulher que apresentou lesão cutânea como sinal diferencial.

Eric Mooring, do Centro para Controle de Doenças (CDC) de Anchorage, no estado americano do Alasca, informou que "o primeiro paciente de que se teve notícia contou que vários animaizinhos em volta de sua casa estavam deixando dejetos e que suas crianças caçavam esquilos.  O segundo paciente disse que um de seus gatos capturou e matou pequenos mamíferos em sua propriedade".

O paciente mais recente procurou o hospital por causa de uma mancha de pele cinzenta, mas sem maiores sintomas, e não desenvolveu nada de grave. O exame do vírus infectante dessa pessoa mostra similaridades com o que causou gravíssimos surtos de varíola mortal ao longo de séculos no mundo.  A varíola está erradicada há várias décadas, o último caso reportado sendo de 1977 (OMS).

Apelidou-se a nova patologia de "Alaskapox" por causa dessas similaridades com a "Smallpox", nome inglês para varíola.

Espera-se que seja um evento totalmente marginal e sem maior significação médico-epidemiológica.  No entanto, desde que o vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus) surgiu como espécie mutante em morcegos na China, os próprios chineses estudam freneticamente sobre a possibilidade de outros animais selvagens desenvolverem dentro de si variações mutantes de vírus capazes de se tornarem infectantes patológicas para seres humanos.
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Fonte: com informações do site Outra Saúde/Outras Palavras e da BBC

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