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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Pior da pandemia COVID-19 já passou! Passou?

Assiste-se no Brasil a um processo de liberação geral de atividades, um afrouxamento das medidas de prevenção do contágio pelo novo coronavírus. Os dados últimos da pandemia no Paraná mostram total de 191.942 casos confirmados desde março, com total até aqui de 4.737 mortos.  Há 799 pessoas internadas e Curitiba registrou ontem mais oito óbitos.  Na capital do estado, até o prefeito Greca contraiu a COVID-19, mas se safou, apesar de obeso e sexagenário.

No entanto, vai se liberando e liberando, e cada vez mais se vê aglomerações. Depois da 'liberada geral' na Europa, vários países de lá voltaram a ter registro de aumento de casos da pandemia, forçando  autoridades a retomarem medidas restritivas contra aglomerações e obrigatoriedade de uso  de máscaras  e de higiene.

Então, cabe a pergunta: no Brasil, com acúmulo de mais de 5.100.000 casos e mais de 150 mil óbitos, embora com certo declínio médio das taxas, o pior já passou?

Na opinião de um dos maiores cientistas brasileiros, o médico neurocientista Miguel Nicolelis (foto  acima) é uma leviandade afirmar que o pior da COVID-19 já era.  Diz ele, em matéria da revista CartaCapital:

"Eu não teria a irresponsabilidade de falar isso. Nós tivemos uma pequena queda que já foi vista em outros países, como nos EUA, mas a situação lá explodiu de novo no começo de junho. [...] Ou seja, nós estamos em um patamar de instabilidade, onde qualquer surto mais importante pode levar a um crescimento de casos, vide o que aconteceu no Rio de Janeiro. Há duas semanas, a taxa de ocupação de leitos da rede pública na cidade do Rio de Janeiro chegou a 79%, e na rede privada chegou a 90%. É muito difícil dizer que o pior já passou. No Brasil, a gente aprendeu que essa frase é extremamente perigosa de ser usada."

Todos ansiamos para poder de fato voltar ao normal, no trabalho, na vida em geral, poder sair de casa, ir abraçar parentes e amigos, voltar a frequentar lugares com tranquilidade e segurança.  

No entanto, neste momento, para usar a metáfora do tiroteio: se antes, com intensa troca de tiros nas ruas, dificilmente alguém sairia de casa arriscando-se a tomar uma bala.  O tiroteio se abrandou, mas persiste; pode-se arriscar sair nessas condições, mas ainda há média probabilidade de se levar um teco na testa.  Ou nos pulmões.  Logo...

Abaixo, um gráfico da evolução da COVID-19 no Paraná desde o começo, em 16/03, até 12/10 (clique na figura para ampliar).

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Fonte: com informações de CartaCapital; figuras de CartaCapital e da SESA 

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