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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Repercussão ruim assusta Câmara Federal e pode brecar lei da terceirização

Reação na internet e protestos de rua acuaram líderes partidários. Diante de apelos, Eduardo Cunha adia conclusão da votação do PL 4330.

Por André Barrocal, no site de CartaCapital

Ondas surgidas na internet e nas ruas podem provocar uma reviravolta no futuro da Lei da Terceirização (PL 4330/04). Com receio da reação contrária à tentativa de relativar os direitos trabalhistas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão desta terça-feira 14, na qual estavam sendo votados pontos específicos do projeto. A deliberação será retomada nesta quarta-feira 15, mas, pelo clima em Brasília, nada garante que será concluída nem se pode antecipar qual seria o texto final resultante de eventual votação.

Cunha decidiu adiar a sessão após apelos de líderes partidários. Da tribuna, alguns deles admitiram preocupação com a repercussão negativa da Lei cujo texto-base foi aprovado na quarta-feira 8. André Figueiredo (CE), do governista PDT, disse que seu partido é herdeiro do trabalhismo de Getúlio Vargas, o pai da CLT, e não quer ficar conhecido como “traidor”. Ele reclamou que em alguns aeroportos há sindicalistas da CUT e da CTB disseminando a ideia de “traição”.


Domingos Neto (CE), do governista PROS, apontou a reação nas redes sociais como motivo para brecar a votação e queixou-se do PT, que, segundo ele, é responsável por uma campanha que estaria difamando os congressistas favoráveis à lei e que tiveram seus nomes amplamente difundidos. “O que recebemos nas redes sociais ficará na memória”, disse Neto, em tom de “vai ter troco”.

Dos 28 partidos representados na Câmara, só três ficaram oficialmente contra o projeto na semana passada. O PT foi um deles, ao lado de PCdoB e PSOL. Um dos únicos seis, entre 61 peemedebistas, a votar contra o projeto, João Arruda (Paraná), que presidiu a comissão especial do Marco Civil da Internet, disse a CartaCapital que a onda antiterceirização começou a se formar no fim da semana passada.

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Abaixo, para não esquecermos, os deputados federais do Paraná que votaram CONTRA os interesses dos trabalhadores:

-Alex Canziani (PTB)
-Alfredo Kaefer (PSDB)
-Dilceu Sperafico (PP)
-Evandro Rogerio Roman (PSD)
-Giacobo (PR)
-Leandre (PV)
-Leopoldo Meyer (PSB)
-Luciano Ducci (PSB)
-Luiz Carlos Hauly (PSDB)
-Luiz Nishimori (PR)
-Osmar Bertoldi (DEM)
-Osmar Serraglio (PMDB)
-Ricardo Barros (PP)
-Rossoni (PSDB)
-Rubens Bueno (PPS)
-Sandro Alex (PPS)
-Sergio Souza (PMDB)
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Fontes: texto de CartaCapital; imagens do Blog do Esmael

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