Os movimentos sociais buscarão marcar presença contra as investidas golpistas, mas também fazem reivindicações. Em Curitiba, o Ato será a partir das 17 horas de sexta-feira, na Praça Santos Andrade
Do Jornal GGN
A União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e centrais sindicais como a CUT, CTB e UGT preparam um grande ato no dia 13 de março, em diversas capitais. O objetivo é defender a Petrobras, lutar pela democracia e pela reforma política, com o fim do financiamento de empresas em campanhas eleitorais, pelo investimento do Pré-sal na educação, e pela revogação das MPs 664 e 665.
Se por um lado, os movimentos sociais e entidades buscarão marcar presença contra as investidas golpistas, concentradas no ato realizado dois dias depois, 15 de março, por outro, também reivindicam mudanças. "Empresa não vota e, por isso, não deve patrocinar candidatos e influenciar eleições com o poder do dinheiro", posicionou-se a UNE, em nota oficial, sobre a reforma política.
“Conclamamos nossas bases para defender a Democracia e a Reforma Política, através da Constituinte Exclusiva e Soberana, e para barrar a contra-reforma (PEC 352) puxada por Eduardo Cunha no Congresso Nacional. Conclamamos nossas bases para saírem também às ruas no dia 13 de março em defesa da Petrobrás, pela manutenção da Caixa Econômica Federal 100% pública, em defesa da soberania nacional e para exigir mudanças na política econômica do governo (não à elevação da taxa de juros e às medidas de ajuste de caráter regressivo e recessivo)”, publicaram CUT e CTB.
A presidente da UNE afirmou que cabe aos estudantes e aos trabalhadores ocupar as ruas em defesa da democracia, dos direitos já conquistados e dos avanços no campo social.
“Defender a Petrobras é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade”, divulgou a UNE.
Dentro da questão da reforma política, as organizações defendem: despersonificar o processo eleitoral, tirando o foco dos candidatos e valorizando as ideias, como a eleição pelo sistema de voto em lista no legislativo; fim do financiamento de empresas a campanhas eleitorais; mais participação popular, com ações afirmativas para inclusão de jovens, mulheres e negros na política institucional, com a aprovação da Política Nacional de Participação Popular (PNPS), fortalecimento dos conselhos populares e dos movimentos sociais.
Já os movimentos sindicais concentrarão seus debates contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença. "São ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora", informaram, em manifesto divulgado para a imprensa.
Um comentário:
Mais do que tudo é preciso mudar. Menos privilégios, mais controle e participação das pessoas, fim do congresso que lá está exclusivamente em favor de grupos e empresas. Exigência de prestação de contas a população e muito mais.
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