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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Saindo da greve nacional também Minas e Goiás

Assembleia do SINTIFES-GO vota fim da greve em Goiás

Hoje soubemos de mais dois sindicatos da FASUBRA que se retiram da greve nacional: o Sintifes-Go e o Sindifes de BH.  Ou seja, duas grandes universidades federais, a UFG e a UFMG também desembarcam dessa canoa furada em que o ultraesquerdismo transformou a greve nacional da FASUBRA.


Trecho do informe do sindicato dos companheiros da UFMG diz:

"Durante as avaliações, os presentes ressaltaram novamente diversos equívocos do movimento, muitas deles inclusive que já haviam sido encaminhados ao Comando Nacional de Greve (CNG) em carta do Sindifes do último dia 28 de maio. O fato de o CNG não ter respondido aos questionamentos apontados no documento, e nem mesmo tê-lo divulgado em seus Informes de Greve, foi ressaltado em muitas das avaliações, e contribuiu para a decisão de encerramento da paralisação. A Assembleia também aprovou o envio de um novo documento ao CNG apontando os motivos da saída do Sindifes da Greve.  Concordando com a avaliação apresentada pelo Sindifes, outras bases da Fasubra também já apontam para o retorno ao trabalho nos próximos dias."



"A assembleia geral dos servidores técnico-administrativos em educação das instituições de ensino superior de Goiás, realizada na manhã de hoje (11) na Biblioteca Central da UFG, aprovou o retorno ao trabalho a partir do dia 16 (segunda-feira), com 116 votos a favor, 63 contra e seis abstenções. Para tomar a decisão, o CLG realizou uma avaliação do movimento nacional e local, bem como as perspectivas de conquista das pautas estabelecidas no início da greve, em março. Após o debate, o indicativo de retorno ao trabalho foi aprovado por 16 votos, contra 4 de continuidade da greve. Já a data de retorno para a próxima segunda teve 19 votos a favor, um contra e uma abstenção."

Essas notícias vem comprovar a avaliação que este Blog já fazia pouco depois da frustrante reunião do CNG-FASUBRA com o MPOG em 19/05, de que o Governo não estava mais disposto a negociações este ano e deixava tudo para 2015.  O ultraesquerdismo, hegemônico no CNG, achou que era possível prosseguir com a greve, mesmo sem identificar perspectivas de conquista.  A falta disso está sendo percebida nas bases, que sensatamente apontam a suspensão do movimento, para nova retomada no ano que vem.  Só malucos esquerdistas ainda acham que a greve deve continuar.

Registre-se mais um problema nesse melancólico curso de um movimento conduzido pelo ultraesquerdismo: no nível do CNG, em Brasília, está acontecendo censura prévia de informes de base para o IG (Informativo de Greve).  Os ultraesquerdistas estão filtrando os informes que chegam das bases, para que só seja publicado aquilo que corresponda ao desejo doido deles, o de fazer parecer que a greve está uma maravilha.  Isto foi constatado no caso da UFMG, que enviou seu informe anunciando saída da greve, vetado pelos censores do CNG,entre os quais parece estar pontificando o técnico Maurício Souza, da UFPR-Litoral... 

Quer dizer, se até um Comando Nacional de Greve, supostamente democrático, está censurando informes vindos das próprias bases, aí é porque a coisa faliu de vez.  O CNG faliu, a greve idem.
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Foto: Sintifes-GO

2 comentários:

Luis Otávio disse...

E a nossa vai durar até quando? Meu palpite é que vão tentar enrolar até a eleição. Afinal o fundo de greve ter servido muito bem pra esse fim.

Rita de Cassia disse...

Recuaram em nome da coerência, da verdade e da responsabilidade com seus filiados.