Gleisi Hoffmann (PT-Paraná), a primeira mulher eleita para o Senado na história do estado, foi uma das personalidades envolvidas nas idas e vindas de 2010 para tentar resolver o problema do emprego dos servidores contratados pela FUNPAR no HC. Das idas e vindas, brotou nos laboratórios do Ministério do Planejamento e alhures a tal Medida Provisória 520/2010, que irá criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. (EBSERH).
O que pensa a respeito da MP 520 e como votará no Congresso a senadora Gleisi, eleita inclusive com os votos dos funparianos? No Blog da Gleisi, ela afirma que a Medida "é necessária para enfrentar a delicada situação de funcionamento dos Hospitais Universitários promovendo a regularização da situação trabalhista de seus quadros profissionais." Portanto, está claro que a senadora votará a favor da MP 520, quando ela entrar na pauta nas próximas semanas.
No seu site, entretanto, dizendo-se preocupada com a garantia de empregos dos trabalhadores e trabalhadoras da FUNPAR que já tem longo tempo de casa, e que precisariam submeter-se a concurso público para serem mantidos empregados através da futura EBSERH, Gleisi elaborou uma emenda para o Art. 11 da MP 520. A emenda pretende "permitir que os funcionários que atuam no Hospital de Clínicas de Curitiba possam continuar trabalhando sem se submeter a processo seletivo público... desde que tenham sido contratados a partir de anterior processo de Seleção Pública com a efetiva supervisão e autorização da administração direta dos entes da federação."
Talvez a emenda da senadora petista seja aprovada. Mas o fato é que a essência da intenção dos ministérios envolvidos - criar a EBSERH e retirar o HC do domínio da UFPR - fica garantida. O que é mais presente de grego: a MP 520 em si ou os discursos de enganação da base da FUNPAR berrados durante meses a fio pelos senhores Wilson Messias e Dr. Néris? Ou tudo isso??
--------Serviço: clique aqui para visitar o site da senadora Gleisi no Congresso, para consultar suas propostas e acompanhar seu desempenho parlamentar.
6 comentários:
É isso aí... A conversinha mole do seu messias, do seu neris, acabou é dando na MP 520, e os coitados da funpar que acreditaram neles agora que aguentem o tranco.
E a Gleise toda boazinha agora revela o que o marido dela já tava tramando desde sempre. Nao adianta fazer emenda.
Olha, gente, a Gleisi merece respeito por sua trajetória e posições progressistas, embora não todas. No caso específico, essa ideia de tocar um hospital universitário já vinha sendo debatida e encaminhada nesse que eu chamo de "cisto de postulados neoliberais gerencialistas" incrustado no governo Lula/Dilma que é o Min. do Planejamento. A MP 520 é só a reciclagem do projeto da Fundação de Direito Privada, gerado no mesmo consorcio MPOG/MS. Ora, quem era o ministro do Planejamento até 2010? O marido da Gleisi, nosso conterraneo Paulo Bernardo. Ele se rendeu a alguns postulados neoliberais, no caso dessa MP, mas tambem em muitas outras atitudes do ministerio que comandou nos mandatos do Lula.
Gleisi é esposa dele, mas não precisava ter solidariedade conjugal, precisava? Ou entao é concordancia ideologica, socialdemocrata, aquela tendencia que só quer embelezar o capitalismo selvagem.
Morde e depois assopra. É assim que o reitor e seus aliados do sindicato estão fazendo.
O certo é que o HC já não é da UFPR. Prefeitura e Estado dão as ordens e o nosso sindicato assiste tudo calado e conformado. Fizeram um circo pra quem acredita que esbravejar entre as 4 paredes do HC resolve alguma coisa. Achar que a Gleisi vai resolver tudo é ingenuidade. Mesmo que ela queira e eu tenho as minhas dúvidas sobre isso, a proposta dela só alivia mas não resolve o problema. A MP já está ai e o que poderia ter sido feito antes dela ser editada não foi feito.
Muito difícil a situação do pessoal Funpar. Convivem com a pressão e a dúvida o tempo todo. Não sabem se amanhã estarão empregados e nem se estarão ainda na UFPR. A insegurança constante vai minando a estabilidade emocional das pessoas que ouviram promessas e acreditaram nelas.
Ouvir políticos falando sem que se cobre a assinatura de um acordo é ingenuidade ou falta de vontade.
Alguém já comentou aqui neste blog sobre esta questão e eu concordo plenamente: esse teatro foi uma grande jogada política pra eleger Gleisi, Vanhoni, e mais alguns do PT. Mas o pior mesmo foi sr. Neris e Sr. Messias entrarem na jogada. Mas é claro, eles também estavam querendo posar de bonzinhos pra com o PT, principalmente o Neris, que há um tempo atrás chegou a queimar um poster do Lula em praça pública. Como a vitória de Dilma era certa, ele precisava "fazer as pases" com o PT e garantir uma possível boquinha...não sei bem onde, mas esse ADIVOGADINHO não "prega ponto sem nó"!!! Ops, perdão, ele continua Bacharéu...
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