Conforme indicado pelas postagens anteriores deste blog, o Congresso Nacional está sendo palco de grande debate, não em torno de uma cifra de salário mínimo, mas entre concepções de projeto para o país. Neste momento, parece que os setores liberais ainda incrustados no Governo e no Banco Central estão levando a melhor, e a base parlamentar deverá ser levada na totalidade ou em ampla maioria a votar um salário mínimo rebaixado, que não ajuda a reforçar o pólo salarial da renda dos brasileiros, não fortalece o mercado interno.
Isso é mau presságio para a luta dos servidores públicos federais. Neste momento, numerosos ônibus de Universidades Federais, atendendo à convocação da FASUBRA, chegam a Brasília para se manifestar exigindo abertura de negociações para o reajuste salarial de 2011 e protestando contra a MP 520. Terão apoio de outros setores do funcionalismo, mobilizados pela CONDSEF, além dos sindicalistas já presentes na capital trazidos pelas Centrais Sindicais que lutam por um valor de salário mínimo com aumento real.
O que se prenuncia na votação do Congresso sobre o salário mínimo não é bom, o que deve motivar preocupação no movimento da FASUBRAl. Em se confirmando a aprovação do salário mínimo de R$545 defendida com unhas e dentes pela equipe econômica do Governo, a perspectiva para o reajuste dos técnicos é ruim, bem como é altamente provável que a MP 520 da EBSERH também seja aprovada quando for posta em pauta nas próximas semanas. De todo modo, vale a luta dos ativistas sindicais que estão em Brasília, pois lutam pela valorização dos trabalhadores e não dos banqueiros e especuladores que só "coçam".
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Um comentário:
Esse cenário de pressão e articulações em torno de debates que levem a uma abertura de negociações para reajustes salariais dignos deverá ser a tonica neste inicio de governo. Esperamos que haja sensibilidade dos governantes para a necessidade de ampliação do poder de compra na renda dos trabalhadores deste país.
Parabens ao editor deste blog por levantar a discussão em orno dos reajustes salariase sua posição contraria a MP520 da EBSERH.
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