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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Votar fundo de greve que vai ser pago pelos outros pode?

A semi-esvaziada assembleia de terça-feira passada (16), no RU Central da UFPR, aprovou a criação de novo Fundo de Greve, a ser composto pelo repasse de mais 0,5% sobre o Vencimento Básico, além do 1% que todos os filiados já descontam regularmente.  Na opinião deste Blog, mais este desconto - depois que o caixa do Sinditest foi reforçado com a dobrada da mensalidade sindical desde abril – é um abuso, uma verdadeira garfada no contracheque.

Autorizar qualquer desconto novo no contracheque deve ser uma prerrogativa individual expressa do servidor.  Não consta também no "novo" Estatuto do Sinditest que uma assembleia extraordinária possa ter autoridade soberana para aplicar um desconto novo a título de Fundo de Greve, isto é, que a decisão de uma centena de pessoas represente – nesse quesito financeiro – a vontade de mais de 5 mil filiados.

De repente, surgiu outro questionamento: algumas pessoas NÃO-FILIADAS ao sindicato teriam votado naquela assembleia do dia 16 a favor do adicional desconto ao Fundo.  Pimenta no dos outros é refresco, não é?  Como pode alguém que não desconta regularmente, nem extraordinariamente, NADA para o sustento do sindicato votar para que OS OUTROS descontem?  Absurdo.  Moralmente e democraticamente errado e injusto!

Podem dizer que a aprovação da nova garfada a título de Fundo de Greve passou por ampla maioria.  Mas isso não apaga o fato de que, numa votação séria dessa ordem, a Mesa não prestou atenção para esse importante aspecto, juridicamente questionável.  Ou não quis faze-lo de propósito.  Porque a “democracia operária” do PSTU é assim, da grife “Caterpillar”.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Se é pra faturar mais tudo pode, tudo vale. Tudo mesmo. Qualquer jogo sujo é válido.