-->

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Greve dos trabalhadores técnicos em educação – em que pé estamos

A greve foi oficialmente deflagrada no final de maio, dia 29, inclusive na base do Sinditest, que realizou naquele dia uma assembleia com participação de centenas de trabalhadores; pena é que o debate dessa assembleia foi abstrusamente interrompido pelo enfiamento da votação atropelada de um novo estatuto do Sinditest pela vontade da Diretoria do PSTU.

O movimento paredista começou bastante forte: já se tem 56 Universidades Federais em greve, em todas as regiões do país. O Comando Nacional de Greve (CNG) já foi instalado, funcionando dentro do SintFUB, na Universidade de Brasília.

Não há nenhum informe de nova reunião agendada com o governo para negociações concretas. Apenas a FASUBRA emitiu uma Nota, em 2/6, lamentando a postura do Ministro Renato Janine, titular do MEC, porque ele, em 28/05, postou no Portal do Ministério o seguinte: “o Poder Público atende tanto quanto pode, segundo realidades conjunturais, recursos disponíveis, agendas e acordos consagrados, sempre tendo em vista o superior fim que é a educação inclusiva de qualidade (...) este é um problema que o Poder Público enfrenta há algum tempo – e não apenas neste momento –, contudo, houve uma decisão pela greve sem que seja precedida por um amplo diálogo”. A Nota da FASUBRA explica que há muitos meses já vem contactando o MEC, mas não se avança para qualquer negociação efetiva das demandas apresentadas, e cobra que isso aconteça o quanto antes. Em resumo, nada de novo no front de Brasília.


NO  SINDITEST
Na base do Sinditest, o Comando Local de Greve (CLG) e uma assembleia realizada em 2 de junho no pátio da Reitoria da UFPR definiram que vai ser fechado apenas o RU Central (para uso como QG da greve), liberando-se os outros. No RU ocorrerá nesta terça-feira (9/6), como de praxe, a assembleia geral de greve, marcada para começar às 9 da manhã.

Naquela mesma assembleia de 2/6 foi distribuído um impresso do Sinditest denominado “Demonstrativos do Fundo de Greve”. Nele consta um rol de tópicos de despesas efetuadas na fracassada greve de 2014, que vão desde março daquele ano até março de 2015. Recordemos que o Fundo de Greve foi constituído com a cobrança duplicada da mensalidade sindical nos meses em que durou a greve (abril, maio e junho/2014). O saldo final alegado é de R$ 112.378,95. Frise-se que distribuir um panfleto com esse demonstrativo geral, não detalhado, de despesas, não constitui uma verdadeira Prestação de Contas dos gastos desse Fundo, pois a Prestação pressupõe espaço para pedidos de esclarecimentos pela base sobre os itens de despesas, o debate e a aprovação de tais contas. Isto até hoje, desde Junho/2014, nunca foi feito.

Um Relatório da primeira reunião do Comando Local de Greve, realizada em 01/06, traz o seguinte trecho: 

“3)FUNDO DE GREVE
Informado o saldo remanescente do Fundo de Greve de 2014. Aprovada proposta de informar à Assembleia que será usado o saldo remanescente. Na Assembleia de 9 de junho será debatido o percentual de contribuição para o momento em que acabar o saldo remanescente, que poderia ser de apenas 0,5% do vencimento básico (a discutir).”

Ora, que pitoresco da parte da Diretoria PSTUísta do Sinditest... Até hoje não realizaram uma verdadeira prestação de contas do FG de 2014. Aliás, nem a prestação de contas dos exercícios passados de 2013 e 2014 (mas jogaram toda a culpa no contador!). 

Agora, depois de em abril terem dobrado a cobrança da mensalidade sindical de cada filiado, praticamente dobrando também a arrecadação mensal do Sinditest (que subiu a algo da ordem de 230 mil reais/mês), pretendem ainda aplicar mais uma garfada no bolso de cada trabalhador, cobrando MAIS 0,5% a título de Fundo de Greve de 2015? Beto Richa também gosta desse tipo de metida da “mão grande” no bolso do mais fraco.

Nenhum comentário: