Glória Alvarez em palestra no Instituto FHC, diante do próprio
Rede de conservadores dos EUA financia jovens latino-americanos para combater governos de esquerda da Venezuela ao Brasil e defender velhas bandeiras com um nova linguagem
Por Marina Amaral, do site Agência Pública
Já havíamos comentado neste Blog em abril sobre a vinda da jovem Gloria Alvarez à UFPR (ver matéria "Guatemalteca de centro-direita fará palestra na UFPR contra governos progressistas...") e denunciado as ligações da moça com entidades conservadoras dos EUA, que a financiam para tais viagens. A palestra da jornalista de direita, no salão nobre da Faculdade de Direito, foi anunciada até na página principal da UFPR.
A matéria do site Agência Pública é algo longa, mas esclarecedora, vale a pena ler. Desta vez, "Crazy Glorita" atacou na PUC-RS, para um auditório lotado.
Abaixo, alguns trechos iniciais da matéria.
“O corpo é a primeira propriedade privada que temos; cabe a cada um de nós decidir o que quer fazer com ele”, brada em espanhol a loirinha de voz firme, enquanto se movimenta com graça no palco do Fórum da Liberdade, ornado com os logotipos dos patrocinadores oficiais – Souza Cruz, Gerdau, Ipiranga e RBS (afiliada da Rede Globo). O auditório de 2 mil lugares da PUC-RS, em Porto Alegre, completamente lotado, explode em risos e aplausos para a guatemalteca Gloria Álvarez, 30 anos, filha de pai cubano e mãe descendente de húngaros.
Radialista há dez anos, hoje com um programa na TV, Gloria é uma show-woman cativante. Conduz com desenvoltura a plateia formada majoritariamente por estudantes da PUC gaúcha, uma das melhores e mais caras universidades do Sul do país. “Quem aqui se declara liberal ou libertarista que levante a mão?”, pede ao público, que responde com mãos erguidas. “Ah, ok”, relaxa. Sua missão é ensinar a seus pares ideológicos como “seduzir e enamorar os públicos de esquerda” e vencer “os barbudos de boina de Che”, explica a jovem líder do Movimiento Cívico Nacional (MCN), uma pequena organização que surgiu em 2009 na Guatemala na esteira dos movimentos que pediam – sem êxito – o impeachment do presidente social-democrata Álvaro Colom.
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