Lideranças sindicais "cooptadas" na eleição do reitor em 2012
O STF (Supremo Tribunal Federal) debate a proibição do financiamento de campanhas eleitorais por parte de pessoas jurídicas (empresas privadas). O motivo é louvável, em que pese o tribunal estar açambarcando prerrogativa que é dos representantes eleitos pelo povo (juízes não são eleitos), que compõem o Congresso Nacional (deputados e senadores). A iniciativa embute a intenção de evitar que empresas poderosas banquem a eleição de membros do Executivo e do Legislativo, os quais depois poderão ser "sutilmente" estimulados a devolver o favor...
Isso tem a ver com uma das propostas que tramita há anos no Congresso, para a Reforma Política (não essa mini-reforma vagabunda recentemente feita pelo Congresso, que não altera nada), para que seja adotado o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. O povo brasileiro já paga impostos, dos quais uma parte vai ao fundo partidário, distribuído entre os partidos brasileiros conforme o tamanho de suas bancadas. Constituir um fundo eleitoral seria um meio de dificultar que corruptores e corruptos mantenham sua cumplicidade.
Bem, mas e quando se trata de democracia universitária? Desde 1985, ano da primeira eleição direta para reitor, o processo só tem feito ficar mais e mais parecido com qualquer outra eleição de prefeito ou de deputado. Na reeleição do atual reitor, a grana rolou solta. Um horror. Isso desvirtua o propósito original daqueles que lutaram por isso nos anos 80.
Então, lançamos o chamado às entidades da comunidade universitária, DCE, Sinditest e Apufpr: vamos começar a debater novas regras para essa eleição da Reitoria que evitem ao máximo a inaceitável prevalência dos que arrebanham mais recursos econômicos? Vamos criar uma lei de desincompatibilização de cargo para quem quer se (re)eleger (aí incluído um vice-reitor)? Vamos criar um processo de voto eletrônico? Vamos intensificar o debate de ideias e impedir o marketing eleitoral dentro da academia?
4 comentários:
O importante é vencer e fazer qualquer coisa pra isso. Qualquer coisa mesmo. Não importa a ética, não importa a opinião da comunidade.
Muito lamentavel que uma importante bandeira de luta do final do século passado tenha sido desvirtuada em campanhas eleitorais que funcionam hoje tal e qual a de qualuqeer político. See é uma universidade, seus membros deviam pensar formas de consertar isso.
Precisamos discutir e providenciar mudanças mais do que urgentes. Só falta o Sinditest se interessar pelo assunto.
O Sinditest vai se interessar sim pelo assunto, Rita de Cassia, até porque eles se privilegiam disso também, dessas campanhas sujas de financiamento, ainda mais este ano que tem eleição e eles vão querer financiar o partido deles, é só esperar pra ver a nojera disso.
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