Certo ex-diretor do Sinditest, que muito modestamente se considera favorito para conquistar uma vaga de representante dos técnicos nos Conselhos Superiores da UFPR, comentou semanas atrás que seria absurdo mexer em "regras do jogo" perto da data de uma eleição. E que mexer nas regras usuais do jogo seria casuísmo, que só favoreceria quem se julga com menores chances.
Referia-se esse ex-dirigente sindical ao regulamento eleitoral que orienta a eleição dos técnicos que vão ocupar as dez vagas no CoUn, cuja eleição se dará em 20 de fevereiro próximo. Presumivelmente, ele se colocou contra a mudança do regimento, inclusive por se sentir beneficiado por uma regra que diz que a chapa de candidatos que fizer maioria leva todas as vagas do CoUn, ainda que a chapa derrotada seja bem votada.
Neste Blog já defendemos que a regra mude. Porque o CoUn é um tipo de parlamento da UFPR, e assim sendo deve ser representativo da pluralidade de opiniões que existe em cada categoria, não apenas daquela opinião que, em dado momento, seja majoritária. Por isto, defendemos aqui a mudança do regimento de majoritário para o sistema proporcional, em que cada chapa possa indicar membros ao CoUn segundo a proporção dos votos que tiver na base.
E esperamos que esse ponto de vista seja levado em conta pela Comissão Eleitoral nomeada pelo reitor.
Estamos a poucos meses da realização de atividades referentes à revisão do Estatuto da UFPR - o Congresso Estatuinte. Será preciso esperar o Congresso Estatuinte para revisar regras que orientam o processo democrático na UFPR?
Em 1984-85, não foi nenhum Congresso Estatuinte que determinou como eleger por via direta o reitor da UFPR, foi o movimento organizado das entidades, ao qual se curvou o CoUn daquela época, apesar de fortes resistências conservadoras. Irá agora uma Comissão Eleitoral de uma eleição de técnicos recusar esse debate? Irá o Sinditest se negar a tomar posição a respeito? Ou mesmo os próprios postulantes a essas vagas?
Defendemos ainda que o quanto antes se inicie o debate sobre as regras para a sucessão do reitor Zaki Akel, ao invés de só faze-lo no próprio ano da eleição (2016), pois, na pressa, a tendência é repetir o tradicional. E não há nada mais parecido hoje com a corrompida eleição de um prefeito ou deputado qualquer do que a eleição de reitor da UFPR, avassalada pelo poder econômico e pelo marketing eleitoral, pobre de debate sobre as finalidades da academia.
3 comentários:
Eu duvido que pessoas mesmo se dizendo democráticos, de esquerda blá-blá, se disponham a mudar regras que aparentemente estáo beneficiando a continuação deles no comando da máqina. Hipocritas
Ex diretor acha que agora não é hora de mudar. E os atuais diretores não se manifestam. Pelo visto o que interessa mesmo é garantir o espaço do PSTU no poder.
Se for pra financiar e garantir aqueles 2 gatões da foto - tô dentro!
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