Em pelo menos uma
assembleia geral do Sinditest, o vice-presidente do sindicato, Márcio
Palmares, apontou o dedo acusador contra o ex-presidente Wilson
Messias (gestões 2008-2009 e 2010-1011), atribuindo a ele a
responsabilidade de, por exemplo, causar prejuízo à entidade por
contratar de modo precarizado uma jornalista. Esta trabalhadora foi à
justiça trabalhista e obteve ganho de causa contra o Sinditest,
fazendo jus a uma indenização de ordem de R$20 mil.
Isso sem falar na
contratação de empresas para fazer reformas na sede maracutaiada da
rua Marechal Deodoro... E tantos outros fenômenos de excelente gestão sindical.
Com uma parte da categoria sabendo desses rolos, por que é que a
diretoria do Sinditest não traz à luz, amplamente, todo o relatório final da
Auditoria pela qual todos os filiados pagaram? Tem medo do quê?
Talvez porque, mesmo
publicando uma matéria interpretativa (28/10/2013) do “resultado
preliminar” da auditoria, ainda assim a diretoria não consegue
livrar a responsabilidade da atual presidente e de outros
diretores de gestões pelegas passadas... E nem estamos falando da notória novela escandalosa da
venda da chácara de Piraquara.
Falamos, por exemplo, da
venda da subsede da rua Comendador Macedo, que é comentada na mesma matéria do Sinditest de 28/10/2013. Ali está escrito (provavelmente
de novo da autoria de Márcio Palmares), a partir da análise feita
pela auditoria da firma Concept:
“O imóvel foi vendido
em janeiro de 2010 pelo valor de R$ 195.000,00.
Do ponto de vista
contábil, houve falha grave. O valor da alienação foi registrado a
título de 'outras receitas operacionais'. Na ocasião da venda, o
valor do custo deveria ter sido devidamente reconhecido, e
posteriormente registrado o ganho na alienação do imóvel. Dois
anos antes da venda dessa sede, havia uma avaliação da imobiliária
Apolar atribuindo ao imóvel o valor de R$ 300.000,00.
Os auditores recomendam à
administração do Sindicato contratar perito para avaliar o valor
aproximado do imóvel à época, e se for o caso, discutir na justiça
a reintegração do bem ao sindicato, caso seja constatado dano ao
patrimônio.”
Vejam só:
- a Auditoria feita pela
Concept constata que a venda se deu por preço bem abaixo do mercado;
- a Auditoria supõe que houve dano ao patrimônio do sindicato pela venda abaixo
do preço de mercado;
- a Auditoria recomenda
nova peritagem imobiliária para confirmar o dano.
A Auditoria só não
orienta que o Sinditest identifique e responsabilize quem cuidou
dessa transação, e, curiosamente, os éticos vigilantes da
democracia operária na atual gestão do sindicato também nada tem
dito! Não querem identificar e punir os responsáveis?
Vamos, porém, nos dar à
chata tarefa de refrescar a memória da categoria:
- em 3 de outubro de
2008, uma tarde morta de sexta-feira na véspera da eleição de
prefeito, a Diretoria presidida por Wilson Messias convocou às
escondidas (só com uma nota perdida num jornal que ninguém lê) uma
assembleia geral com o intuito de aprovar a venda da subsede da rua
Comendador Macedo, assembleia de menos de 30 pessoas cuja lista de
presença contou com as assinaturas dos diretores Carla Cobalchini,
José Carlos Assis e o "governador" Bernardo Pilotto;
- a venda foi autorizada
por essa “assembleia-fantasma” e o imóvel foi vendido, a preço
abaixo do valor de mercado cerca de um ano depois, sem qualquer
reclamo sobre subfaturamento por parte dos diretores acima citados, que hoje são comandantes do
Sinditest.
Será por causa desses
“rabos presos” que a diretoria atual do Sinditest tenta ocultar o
Relatório Final da Auditoria?
A coisa fica mais
engraçada quando relemos este trecho da matéria do site do
Sinditest de 28/10/2013:
“Todos os dirigentes da
atual gestão, sem exceção, estão completamente isentos de
responsabilidade pelas falhas que serão apontadas a seguir, e apenas
a ação desonesta de pessoas interessadas em enfraquecer o sindicato
poderia supor que eles teriam qualquer envolvimento em tais casos.”
Risível. Muito risível. Porque eles todos são mesmo uma legião de anjinhos.
4 comentários:
A cada dia que passa sem esclarecimento crescem as evidências de que muita coisa podre precisa ser escondida.
a acada dia que passa, vou largando de acreditar que ali tem algum inocente. tudo farinha do mesmo saco, sem exceção, pois todos tem conhecimento e nada fazem para responsabilizar os corruptores. omissão também é crime.
Qualquer salafra que tenha feito maracutaia com dinheiro da categoria tem que ser responsabilizado. Tem que ser punido. Tem que devolver oque roubou. Tem que ser banido da entidada se demonstrou desrespeito pelos seus colegas ao roubar o dinheiro deles. Nao entendo por que uma diretoria de esquerda nao pune os responsaveis.
Roberto, de uma olhadinha e você terá a confirmação do por quê estarem escondendo o resultado da auditoria. dita "ESQUERDA" SERÁ??
http://oposicaosinditest.wordpress.com/2013/11/06/eles-tem-culpa-documentos-comprovam-cumplicidade-da-atual-gestao/
Postar um comentário