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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Assembleia do Sinditest aprova indicativo de greve para segunda quinzena de março

Apoiar um indicativo de início de greve nacional na segunda quinzena de março foi unanimidade na assembleia geral dos técnicos reunida na manhã de hoje (30) no anfiteatro 100 do Edifício D. Pedro I. Esta posição foi definida após um debate sobre a conjuntura nacional, em que é consensual que os ganhos salariais da última greve da FASUBRA (de 2012) já estão praticamente corroídos pela inflação do período recente. Na falta de regulamentação da Convenção 151 da OIT (que estabelece negociação coletiva e data-base), os servidores federais são obrigados a recorrer ao instrumento da greve para pressionar o patrão federal a abrir negociações. 

Aliás, a implementação da data-base para o serviço público é uma das reivindicações da greve dos SPF, assim como da FASUBRA. De modo imediato, como forma de alcance de recomposição salarial ainda em 2014, cobra-se do governo a antecipação da parcela de aumento de 5% aos técnicos das IFES para este ano, ao invés de somente no começo de 2015 como previsto no acordo da greve de 2012.


Na parte final da assembleia, foram eleitos os delegados da base do Sinditest para a Plenária Nacional da FASUBRA que ocorrerá em Brasília em 8 e 9 de fevereiro, a qual analisará os próximos passos da Campanha Salarial. Pelo sistema proporcional de chapas, apresentaram-se duas, uma da diretoria do Sinditest e outra da plenária da assembleia. Tendo um total de 59 assinaturas a lista de presença da assembleia, isso deu direito à eleição de 6 delegados do Sinditest para a Plenária Nacional da FASUBRA.

Na hora da votação, estavam presentes 38 pessoas no anfiteatro 100, das quais 29 votaram na chapa da Diretoria do sindicato e 9 na chapa da plenária. Disto resultou que 5 vagas de delegado caberão à indicação da chapa dos diretores do Sinditest e uma vaga foi obtida pela base na pessoa do servidor do RU Central Gessimiel Germano (“Paraná”).

A assembleia também votou que, se confirmado o início da greve para o final de março, o Congresso Eleitoral da FASUBRA (Confasubra, que normalmente deve se realizar neste semestre) precisará ser adiado para depois do desfecho da paralisação nacional. Também foi aprovada, por ampla maioria, que os delegados do Sinditest defenderão, para inclusão na pauta de luta da greve, a necessidade de se proibir terminantemente o financiamento privado (por pessoas jurídicas, empresas) das campanhas eleitorais de candidatos aos executivos e legislativos, um item relevante da imprescindível Reforma Política, fator responsável pelas graves distorções da democracia representativa de nosso país.

4 comentários:

PARANÁ disse...

a assembleia ocorreu dentro da normalidade. agora o que me surpreendeu e também a maioria dos presentes, foi o pronunciamento do diretor José Carlos de Assis que se manifestou e acusou os Presidente e vices das Gestões 2008/2009 e 2010/2011, de terem ROUBADO o sindicato, isso são palavras dele. no final da assembleia me dirigi a ele e o parabenizei pelo seu pronunciamento em relação a verdade, mas que estava muito triste pois, eles falam tanto tem as provas nas mãos e infelizmente nada fazem para a categoria
recuperar estes enorme prejuízo em nossa entidade foi sangrada, quer dizer, o discurso é um e a pratica é totalmente outra continuam escondendo da categoria o resultado da auditoria. isso é lamentável vamos raciocinar, digo para todos que sou inocente e escondo as provas que provam a minha inocência, alguém já viu isso acontecer por ai? eu nunca vi ninguém esconder as provas que lhe inocenta. ia me esquecendo, ele também falou em FUNDO DE GREVE, i disse tambem que antes da greve a diretoria estaria tomando providencias juridicas para responsabilizar que cometeu as irregularidades. se cumprirem esta demanda antes do incio da greve, ai sim poderemos debater o fundo de greve com toda RESPONSABILIDADE, TRANSPARÊNCIA E MOVIDOS PELA VERDADE e não por ENRROLAÇÕES. fuiiiiiiiiiiiiii

Sebastião Dambroski disse...

Será que em algum momento da história teremos um esclarecimento das negociações ocorridas nas diversas gestões do sindicato? Difícil acreditar em esclarecimentos e apresentação de documentos, uma vez que, na maioria das vezes, essas discussões são próximas aos processos de eleição e mascaradas por outros acontecimentos. Acredito que uma das soluções é reformular o Estatuto e ampliar o mandato para três anos sem reeleição no mesmo cargo/posto.

PARANÁ disse...

também penso nesta linha Tião, independente do cargo que se ocupa não tem reeleição, pois é muito simples trocar o cargo e dizer que não é uma reeleição. outras coisa é as pessoas responderem com o seu CPF e não como pessoas jurídicas como é atualmente, quer dizer, aprontou vá se defender com seu CPF.temos que aprofundar este debate.

Rita de Cassia disse...

Estou preocupada com os rumos da greve. Temos visto a extrema preocupação em mostrar a opinião dos diretores sobre o governo, tentando convencer as pessoas de que estão com a razão e deixando de lado a discussão da nossa carreira, tabela salarial, condições de trabalho, criação de novos cargos compatíveis com a nova configuração do quadro de pessoal e demandas, legislação que permita o técnico se qualificar sem depender do bom humor do chefe e uma série bem grande de demandas represadas a espera de solução. Está mais do que na hora do sindicato se preocupar com questões específicas da categoria que representa.