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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Prejudicado debate de novas regras da eleição de reitor da UFPR


Principalmente dois temas polarizaram os debates na assembleia do Sinditest ocorrida no Anf. 100 no dia de hoje (23): eleição em dois turnos e mudança da fórmula de cálculo da paridade. Ficou patente, inclusive, como esta assembleia de pauta exclusiva sobre a eleição direta da Reitoria acontece muito tardiamente, a menos de 3 meses antes do previsto para a eleição (agosto).  Em parte, isso se deve ao pouco caso da Diretoria do Sinditest em discutir esses temas.

No vídeo acima, o professor Rodrigo, da UFPR-Litoral, um dos membros da Comissão Paritária de Consulta (CPC), procura explicar a proposta "nova"(*) da chamada "paridade qualificada".  Na fórmula atual de cálculo do peso da votação de cada categoria em cada candidato, leva-se em conta o número de votantes dividido pelo número total de membros de cada categoria.  A crítica, justa, do movimento estudantil é que essa fórmula objetivamente reduz bastante o peso do voto dos estudantes, visto serem 30 mil, ao lado de cerca de 7 mil técnicos e pouco mais de 3 mil docentes. Mudando a fórmula, para saber a votação ponderada de cada candidato, vai se dividir o número de votos de cada categoria dados ao candidato pelo número total de pessoas da categoria que efetivamente compareceram às urnas (não mais pelo total de membros da categoria).

Pelo que se viu, a CPC assumiu a tese da paridade qualificada, e nesta assembleia não houve rejeição identificável à ideia de mudar a fórmula da paridade.  Contudo, para valer de fato a aplicação dessa proposta, cada categoria precisa levar pelo menos 25% do total de seus membros a votarem na eleição direta de agosto.

Produziu maior discussão mesmo a proposta de 2 turnos eleitorais, também defendida pelos membros da CPC presentes na assembleia.  Isso mexe com cálculos e interesses políticos das pré-candidaturas reitoráveis e de eventuais outras candidaturas que ainda não se apresentaram, por isso a polêmica.  Servidores cuja afinidade pela pré-candidatura reeleitoral de Zaki Akel é conhecida, por exemplo, posicionaram-se contra os 2 turnos.

Pouco mais de 50 servidores compareceram à assembleia

A assembleia nada decidiu sobre essas polêmicas e haverá nova ocasião para retomar o debate e deliberar em definitivo. Professores e estudantes estão fazendo os mesmos debates em suas assembleias esta semana e o saldo disso será analisado nas próximas reuniões da CPC para consolidar o regimento eleitoral final. 

O que ficou patente mesmo é que as três categorias, por responsabilidade de suas direções passadas e atuais, negligenciaram esse debate, que foi começado tarde demais para se poder mudar o Regimento eleitoral.  Lamentável.
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Atualização às 21h39: por email recebido há pouco, soubemos que a assembleia de professores em greve da UFPR, que se reuniu na tarde desta quarta-feira, deliberou por ampla maioria a favor de eleição em 2 turnos (e com dois dias de votação)  e contra a mudança da fórmula de cálculo da paridade (contra a "paridade qualificada").
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(*)A proposta de "paridade qualificada" não é nova porque, desde eleições diretas à reitoria nos anos 1990, ela é colocada pelo movimento estudantil da UFPR, costumeiramente enfrentando resistência do segmento docente.  Desde 1985 há eleição direta paritária do reitor da UFPR, num total de sete até agora, todas com a mesma fórmula de cálculo do peso do voto de cada categoria.

2 comentários:

meri disse...

Dodo
Bom dia, fico surpresa com a posição dos docentes, bem diferente dos técnicos e estudantes, mas bem a categoria é soberena.
Ontem após a sua saída, eu fiz uma cobrança se a assembléia era deliberativa ou somente abria a discussão. O Márcio que conduziu os trabalhos me disse que era deliberativa, então companheiro vai o resultado:
1 Paridade Qualificada, somos favoráveis, mas pedimos para rever o percenbtual, houve polêmica nesse ponto, e só irá para definição final o percentual.
2. Dois turnos somos contra
3. Descompatilização,contra.
Por tanto Dodo, já houve um impasse das categorias após a assembléia dos docentes, vamos aguardar a posição dos estudantes.
Um abraço

meri disse...

Se houver divergência na posição dos estudantes, acho que devemos reavaliar na assembléia do dia 30/05. vamos aguardar o encontro dos estudantes, e cobrar da comissão paritária a decisão final, espero que desta vez os companheiros que representam os técnicos estejam presentes e que não haja viagem pra Brasília rsrsrs.