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terça-feira, 15 de maio de 2012

Professores da UFPR começam greve na quinta, 17 de maio

Por ampla maioria, em uma assembleia com mais de 250 professores, os professores da Universidade Federal do Paraná deflagraram greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de maio. A decisão foi tomada em Assembleia Geral (AG) da categoria que aconteceu no dia 14 de maio no auditório do Setor de Ciências Sociais Aplicadas e, pela primeira vez na história, contou com a participação de todos os campi da UFPR por meio da transmissão online em tempo real.

A greve, que começa nesta quinta-feira, inicia com um Ato com uma aula pública no Pátio da Reitoria às 14 horas. Além disso, os docentes elegeram os membros do Comando de Greve Local, instituíram o fundo de greve e transformaram aquela AG em permanente.


Reunião do Setor da Ifes
A greve nacional foi uma indicação da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN, que aconteceu em Brasília no dia 12 de maio. A greve foi aprovada por unanimidade e contou com a presença de 60 representantes de 43 Ifes. No momento da votação estiveram presentes docentes de 36 instituições.

Os docentes indicaram a greve mesmo com a edição de uma Medida Provisória (MP) que concede parte do acordo de 2011 que compreende o reajuste de 4% na remuneração dos docentes do Magistério Superior e EBTT, retroativamente a 01 de março de 2012. A MP também garante a incorporação das GEMAS e GEBT aos vencimentos básicos, cujos valores passam a ser a soma do atual Vencimento Básico com a atual gratificação.

Entretanto a mesma medida manteve a proposta de mudança na forma de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade que passam a ter valores fixos, em vez da porcentagem como é hoje. “Com essa modificação muitos docentes terão seus vencimentos reduzidos mesmo com a implementação do reajuste, pois os valores dos adicionais que eram de 5%, 10% ou 20% foram transformados em valores fixos de R$100,00, R$180,00 e R$260,00,” afirma o presidente da APUFPR, Luis Allan Künzle.


Motivo da Greve
A Medida Provisória (MP) 568 foi publicada nesta segunda, 14, no Diário Oficial da União, entretanto a principal reivindicação dos docentes que é a reestruturação da carreira não avançou.

Os docentes deliberaram pela greve, pois o governo não cumpriu com a principal parte do acordo que era a reestruturação da carreira. O tempo da greve será determinado pela intransigência do governo. A greve não ocorreria se o governo implementasse a reestruturação da carreira proposta pelo movimento docente,” afirma o tesoureiro geral da APUFPR, Fabiano Dalto.

O acordo emergencial firmado entre o ANDES-SN e o governo no ano passado estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.


Próximos passos
Para os docentes, para se obter vitórias nesta paralisação por tempo indeterminado é necessário que a greve seja a mais forte possível.

A greve dos docentes seguiu todos os procedimentos para legalizar a greve como: publicação do edital de convocação da assembleia de greve com 48 horas em um jornal de grande circulação, protocolo na Reitoria do início da greve com 72 horas de antecedência e documentação de toda a assembleia através de filmagem.


Reivindicações
Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira.

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.

Além disso, os professores das Federais somam-se ao conjunto dos Servidores Públicos Federais, que reivindicam, entre outras demandas, um reajuste de 22,08%, a definição de data-base da categoria para 01 de maio e uma política permanente de reposição salarial e reposição de quadros para as diferentes carreiras federais.

Agenda local do movimento
* 16 de maio: Assembleia Geral da UFPR que estabelecerá as regras do processo de consulta à comunidade para a escolha do novo reitor.

* 17 de maio: Início da greve e aula pública no pátio da Reitoria às 14h.
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Fonte: APUFPR

2 comentários:

Anônimo disse...

Demais Universidade Federais também iniciam os movimentos grevistas amanhã, dia 17 de Maio, como, aqui na UFPI. Vamos nos mobilizar....

GUARACIRA disse...

Todo apoio ao movimento dos docentes! Que entrem firmes, coesos e unidos em trono de seus objetivos e propostas, pois somente a "UNIÃO FAZ A FORÇA!"

Que nós técnico-administrativos também saibamos fazer uma luta respeitos, digna, unida e ..VENCEDORA!!