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segunda-feira, 28 de maio de 2012

MP 568 leva médicos e estudantes do HC à paralisação

As consultas eletivas (sem urgência) foram suspensas no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na manhã desta segunda-feira (28) e deixaram centenas de pessoas sem atendimento. O motivo é uma greve iniciada por médicos contra a MP 568, editada em 11 de maio, que reestrutura as carreiras de servidores federais e muda a forma de remuneração. O hospital, porém, não tinha um balanço de quantas consultas deixaram de ser realizadas e quantas pessoas foram prejudicadas. O protesto se estende até a próxima quinta-feira (31).

A assessoria de imprensa do HC informou que a diretora-geral do HC, Heda Amarante, dará uma coletiva à imprensa as 13h30 para tratar da paralisação. Apesar de não estarem atendendo o público, os médicos estavam reunidos no auditório do hospital desde as 9 horas desta segunda para discutir a greve.

A previsão inicial é de que 300 médicos (91%) de um total de 329 deixariam de trabalhar entre até a quinta-feira. Porém, até as 9h45 não foi possível confirmar a quantidade de profissionais que não realizaram as consultas previstas para esta segunda.

De acordo com o texto da MP, o médico em início de carreira no serviço público federal poderia ganhar, a partir de agora, a metade do que ganha outro profissional contratado anteriormente, apesar de a jornada de trabalho ser a mesma, com 20 ou 40 horas semanais. E quem já atua passaria a ter um salário-base 50% menor, acrescido de uma vantagem, correspondente aos 50% restantes, que não sofreria reajustes. Adicionais de periculosidade e insalubridade teriam um valor absoluto fixo, em vez de corresponderem a até 20% do salário.

Na última quinta-feira (24), os estudantes do curso de Medicina da UFPR iniciaram uma paralisação por tempo indeterminado. Além de apoiar as reivindicações feitas por professores do curso e médicos do Hospital de Clínicas (HC), a greve tem como objetivo protestar contra a falta de estrutura no curso e a baixa qualidade dos equipamentos das aulas práticas.
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Fonte: Gazeta do Povo

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