Do jeito que a coisa vai, o último posto da carreira militar mudará de nome: de general, passará a marajal.
Por Fernando Brito, no Blog Tijolaço
A reportagem do Estadão informando que 1.559 oficiais das três Armas tiveram, em algum mês deste ano, pagamentos acima de R$ 100 mil líquidos (isto é, após todos os descontos) é demolidora para a imagem da instituição militar, por mais que se alegue que o desembolso seja legal.
Na média, considerando que os pagamentos àqueles soldados custaram aos cofres públicos R$ 262,5 milhões, os pagamentos representariam mais de R$ 168 mil por cabeça.
Há, com certeza, algo de errado quando um oficial recebe, de uma tacada só, até 120 mil dólares. O maior pagamento foi de R$ 603 mil, a um coronel, quase o mesmo que a remuneração anual de um análogo do Exército dos EUA.
Aliás, o pagamento do general Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro, só não foi maior que esse porque foi dividido em dois meses.
Ninguém quer que a carreira militar não seja remunerada dignamente, mas está evidente que coisas assim erodem a imagem de nossas Forças Armadas e, pior, acabam por ser interpretadas como razão do alinhamento político a que têm sido levadas pelo governo Bolsonaro.
Nem no regime militar a remuneração dos oficiais chegava a estes escândalos.
Com pagamentos assim, o desfile militar desejado por Jair Bolsonaro não deveria ser na orla de Copacabana, mas na Avenida Vieira Souto, o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro.
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Comentário deste Blog: enquanto os marajás fardados comprados por Bolsonaro a peso de ouro para apoiar suas aventuras ganham essas injustificadas fortunas, "falta" dinheiro para comprar mais vacinas antiCOVID para crianças pequenas de 3 a 5 anos e a entrega de absorventes íntimos para meninas e mulheres pobres (medida aprovada faz tempo no Congresso) não foi ainda implementada, sem que autoridades federais expliquem o porquê desse atraso. Também se entende bem porque os milicos agarrados no desgoverno Bolsonaro não querem perder as "boquinhas" e defendem seu patrão a todo custo, ameaçando a democracia.
Comentário deste Blog: enquanto os marajás fardados comprados por Bolsonaro a peso de ouro para apoiar suas aventuras ganham essas injustificadas fortunas, "falta" dinheiro para comprar mais vacinas antiCOVID para crianças pequenas de 3 a 5 anos e a entrega de absorventes íntimos para meninas e mulheres pobres (medida aprovada faz tempo no Congresso) não foi ainda implementada, sem que autoridades federais expliquem o porquê desse atraso. Também se entende bem porque os milicos agarrados no desgoverno Bolsonaro não querem perder as "boquinhas" e defendem seu patrão a todo custo, ameaçando a democracia.
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