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terça-feira, 16 de março de 2021

Bolsonaro deve perder a próxima eleição


O capitão pensa como se fosse um candidato a deputado de militares reacionários e policiais truculentos

Por Marcos Coimbra(*) - CartaCapital * 15/03/2021

Daqui a um ano, em março de 2022, estaremos a seis meses da eleição presidencial. De lá em diante, só haverá uma pergunta na pauta: quem será o próximo presidente?  Por enquanto, ainda há outros assuntos. As mudanças na liderança do Congresso, as contradições no STF, o ridículo governo de Jair Bolsonaro e sua penca de milicos.  Quem, há alguns anos, imaginaria que assim estaríamos às vésperas da eleição? 

Tudo que ele faz atualmente sugere que Bolsonaro entregou os pontos. É até possível que, lá em 2019, ainda acreditasse em si mesmo, que conseguiria fazer um governo decente, pois lhe haviam dito que seria fácil. Não era e foi incapaz de se reinventar. 

Teve, por exemplo, de abandonar a pretensão de liderar um plano nacional-desenvolvimentista e só lhe restou continuar amarrado ao seu ministro da Economia, antediluviano e cascateiro. Da turma de ideólogos de araque que recrutou para o Ministério não veio nada. De onde se esperava que nada viria, como de sérgio moro, não veio nada mesmo.

Uma eleição majoritária é bem diferente da proporcional, em que a satisfação ideológica pode ser suficiente para definir o voto. Mas o capitão continua pensando, para 2022, como se fosse um candidato a deputado de militares reacionários e policiais truculentos, que é o que sabe ser. Acredita que coice ganha eleição.

Ao contrário do que pensam alguns, Bolsonaro deve perder a próxima eleição. Seria muito melhor para o Brasil que saísse logo e não tivéssemos de aguardar até janeiro de 2023 para nos livrarmos dele. Muita gente deixaria de morrer estupidamente.

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(*)Sociólogo, presidente do Instituto Vox Populi e colunista do Correio Braziliense.
Foto de arquivo de internet

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