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terça-feira, 16 de março de 2021

Sinais de civilização

Há muitos anos atrás, um estudante perguntou à antropóloga Margaret Mead sobre o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização numa cultura. Ele esperava que Mead falasse sobre anzois, vasos de barro ou pedras de moagem.

Não. Não era isso.  Margaret disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era um fêmur, que sofrera fratura mas se havia curado. Mead explicou que, no reino animal, se um membro é quebrado, ele está fadado a morrer, cedo ou tarde. Ele não mais pode fugir do perigo, chegar ao rio para beber ou buscar comida. Você é potencial carne para os predadores. Nenhum animal sobrevive a uma pata quebrada tempo suficiente para que o osso cicatrize e ele recupere alguma capacidade para se virar.

Um fêmur quebrado que se curou é a evidência de que alguém tomou um tempo para ficar com aquele que caiu, amarrou a ferida, levou seu semelhante para ambiente seguro e atendeu ao menos até a recuperação. Ajudar outra pessoa a passar pela dificuldade é onde a civilização começa, assinalou Mead.

Estamos em nosso melhor quando ajudamos os outros. Sejamos civilizados.

[por Ira Byock]

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