Não é difícil perceber que se formou, nestes dias finais da campanha eleitoral do primeiro turno (e talvez da própria campanha eleitoral), uma imensa e tresloucada aliança do conservadorismo brasileiro.
Um clima histérico que capturou, admita-se, parte da classe média e da mediocridade fútil que foi entronizada pela mídia como sendo a “inteligência” brasileira.
Chegamos aos píncaros de uma onda de pessimismo que não encontra base nos fatos profundos da economia – não há desemprego, não há queda violenta do poder de compra da população, não há uma crise social como tantas que vimos em nossa história – e muito menos nos da política, porque jamais vivemos numa democracia formal tão completa como hoje, embora os imbecis chamem a tudo de “perigo vermelho”, 50 anos atrasados em sua guerra-fria neurótica.
Mas os jornais publicam um país que arde: as bolsas despencam, o “mercado” incorpóreo prevê o desastre e embolsa lucros milionários.
Mas o outro mercado, o da esquina, faz tempo que não tira a plaquinha do “estamos contratando”.
O debate nacional se reduz à pobreza mental do aparelho excretor de Levy Fidélix, como se Levy Fidélix e e a polivalência de aparelhos excretores fossem as causas nacionais e este não fosse um país que tenta se livrar de sua condição histórica de colônia.
Um Brasil que pode e vai assumir seu papel de um dos gigantes do mundo, já não só pela sua “própria natureza”, e não mais ser, me perdoem, o cu da Terra.
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