A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lançou oficialmente, nesta quinta-feira (1º), uma campanha inédita, de abrangência nacional, em nome da unicidade sindical. A partir da publicação de uma série de materiais de comunicação, como anúncios em jornais, outdoors, publicidade em ônibus, na internet e nas redes sociais, a Central espera promover um debate a respeito do fortalecimento do movimento sindical e da classe trabalhadora.
“Na condição de uma central sindical classista, sentimos que era necessário promover esse debate. No entanto, entendemos que esse debate não deve se restringir à unicidade versus pluralidade. Precisamos ir além”, afirmou Wagner Gomes, presidente da CTB.
A campanha tem como destaque a bandeira da unicidade sindical, mas ela está permeada por um mote muito claro: a necessidade de o Brasil alcançar um padrão mais elevado de desenvolvimento, a partir da valorização do trabalho e da distribuição de renda.
A partir dessa premissa, a CTB decidiu direcionar sua campanha aos dirigentes sindicais de todo o país. Para Eduardo Navarro, secretário de Imprensa e Comunicação da Central, é preciso se contrapor de uma maneira firme em relação àqueles que lutam pelo pluralismo sindical e a consequente divisão dos trabalhadores.
“A CTB traz a público esta campanha em defesa da unicidade sindical como um grito preso na garganta. São muitos os que tentam dividir a classe trabalhadora, como o DEM e o PSDB, além de centrais sindicais equivocadas, entre outros. Os trabalhadores exigem sindicatos fortes e estão imbuídos da importância de financiarem sua própria organização”, afirmou Navarro.
Sindicatos fortes
A CTB, desde sua fundação, defende a manutenção do Artigo 8º da Constituição Federal, que, entre outros pontos importantes, garante a unicidade e a contribuição sindical. Sua posição é clara: a unicidade é uma proteção legal e um freio contra a fragmentação dos sindicatos, ao garantir uma única organização por base territorial.
“Um sindicato forte não pode ser dividido. E, para que seja forte, precisa ser custeado pela classe trabalhadora, por meio da contribuição sindical”, defende Wagner Gomes.
Participe da campanha!
A partir de 1º de março, é importante que todos os sindicatos filiados à CTB participem dessa discussão sobre a unicidade. Isso pode ser feito por meio da distribuição de materiais em cada base.
Além disso, todos podem participar dessa discussão por meio das redes sociais na internet. Basta curtir no Facebook a página da Unicidade Sindical, seguir o perfil da Campanha no Twitter (@unicidadectb) e acompanhar o canal de vídeo no YouTube (Unicidade Sindical). Se preferir, envie sugestões para o endereço unicidadesindical@portalctb.org.br. Participe!
3 comentários:
É realemente incrível que uma organização sindical, dirigida por supostos comunistas, defenda artigos da legislação sindical fascista importada por getúlio vargas. Defender o imposto sindical e a unicidade sindical é defender os milhares de "sindicatos de gaveta" e pelegos profissionais que existem em todo o nosso país. Que vergonha!
Sr. "Anonimo",
É pena que não tenha se identificado no box abaixo desta janela de redação do comentário.
Os "supostos" comunistas são os que tem trilhado uma trajetória de 90 anos de luta em defesa dos trabalhadores, contra a exploração capitalista e contra a ação UNITARIA E UNIFICADA de patrões contra as organizações sindicais. Essa trajetória conferiu a experiência de saber que sem unidade (e sem a unicidade NA BASE garantindo essa unidade), o movimento sindical não vai longe. Basta ver a realidade do pluralismo sindical, com múltiplos sindicatos na mesma base, dividindo essa força e enfraquecendo-a perante patrões, como ocorre em alguns países europeus, no Japão.
Há, sim, sindicatos de gaveta e pelegos que só se nutrem do imposto sindical. Acabar, porém, com isso é dar um golpe nos setores sadios e combativos do sindicalismo, que precisam do sindicato único por base e do imposto sindical para fazer a luta real. Apostar no pluralismo é fazer jogo do patrão, pois este NÃO SE DIVIDE em suas entidades, e paga religiosamente seu "imposto" sindical patronal pra se garantir contra os trabalhadores.
UNIDADE e UNICIDADE NA BASE, SIM"! Contra a divisão! E pela mais ampla democracia sindical que permita às bases controlar e mudar suas direções quando não empregarem corretamente o recurso que pagam como imposto sindical.
Vale um adendo:
Tem central sindical e sindicalistas que se dizem firmes defensores do pluralismo sindical (mas defendem uma central "única" na cúpula) e do fim do imposto sindical, mas NUNCA abriram mão de receber a fatia mais polpuda do fundo criado com o imposto. Se fossem coerentes, abririam mão do repasse do imposto sindical; não o fazem, porque sabem o quanto essa vultosa quantia é necessária para a sobrevivência de sua central e seus sindicatos, bem como das lutas que quiserem empreender.
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