Um pouco menos do que no dia da deflagração, umas 200 pessoas participaram hoje de manhã de segunda assembleia geral de greve no RU Central. Repassados os informes locais e nacionais (veja Informe de Greve no site da FASUBRA), a mesa procedeu à votação de mais alguns itens para integrar uma pauta local de reivindicações, como, por exemplo, a exigência de que uma política para concessão de adicionais de insalubridade seja aprovada pelo Conselho Universitário.
A discussão principal ocorreu em torno de como proceder com a paralisação no Hospital de Clínicas. Houve numerosas falas propondo maior ou menor intensidade da greve nesse órgão da UFPR. Ficou evidente que a Diretoria do Sinditest, núcleo do Comando Local de Greve, não tem uma proposta clara e unificada sobre como fazer a greve. Sequer existe um subcomando específico de greve só para o HC, para monitorar quem e o quê está paralisado no hospital.
Em reunião ontem entre CLG e o vice-reitor, conforme noticiado pelo site da UFPR, teria ficado decidido que "o HC atenderá normalmente os pacientes já internados, mas durante o período de greve não aceitará nenhum atendimento eletivo, ou seja, atendimentos em que não há risco de morte para o paciente. Segundo o reitor em exercício Rogério Mulinari, os atendimentos de urgência continuam normalmente."
A assembleia votou por maioria hoje que todos os pacientes internados até a data de início da greve serão normalmente assistidos, mas que futuros internamentos serão considerados da responsabilidade da Direção do HC. Funcionamento de UTI e atendimentos de emergência e urgência devem ser mantidos. Parece simples, mas não é, pois o CLG dificilmente tem como supervisionar o que é e o que não é emergência/urgência, e o que demande internamento. Por causa disso, a mesa da assembleia (foto), dirigida pelo presidente do Sinditest e pelo vice Dr. NeriZaki, a certa altura chegou a demonstrar irritação com a polêmica e teve dificuldades para encaminhar a votação.
Embora seja coisa óbvia, a mesa encaminhou também a votação sobre se todos os Restaurantes Universitários devem ser fechados, que resultou em ampla maioria a favor do fechamento total (inclusive porque tecnicamente é impossível fechar um e deixar outro aberto, segundo esclareceu o servidor Lineu, coordenador dos RUs da UFPR). A partir de 20/06 os RUs do campus Agrárias e do Centro Politécnico não mais abrem, apesar da oposição de funcionários que trabalham na PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) em defesa da alimentação dos estudantes mais carentes.
Denotando também que o CLG ainda está engatinhando na construção da greve, não existe nenhum calendário de atividades de greve já definido, o que será feito somente na semana que vem. A próxima assembleia geral, no RU Central, ocorre às 10h00 de terça-feira, dia 21. Antes, na segunda-feira, o CLG se reunirá para programar e realizar arrastões nos locais de baixa ou nula adesão à greve.
Um comentário:
o interessante desta assenbléia, foi assistir de camarote os velhos despolitizando os novos servidores, isso para a categoria é pessimo.
povo desplitizado é facil de se manobrar.
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