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quinta-feira, 12 de março de 2020

14 de Março: dois anos do assassinato de Marielle e Anderson. Quem mandou matar?

No próximo sábado, 14 de março, completam-se dois anos do hediondo assassinato da vereadora carioca Marielle  Franco (do PSol) e de seu motorista Anderson Gomes, no Rio.  Estão presos dois milicianos acusados de terem feito a execução. Um deles, Ronnie Lessa, vizinho do despresidente Boçalnaro no condomínio de luxo "Vivendas da Barra", que teria sido o autor dos tiros fatais, está preso e vai a júri no semestre próximo.

A Rede Globo, sob polêmicas e contestações, produziu um documentário sobre Marielle, uma série em seis episódios, sendo o primeiro deles exibido na TV aberta hoje (12), depois daquele detestável programa que é o BBB.  Porém, a minissérie inteira só será exibida para os assinantes da plataforma Globoplay.

Movimentos feministas e de mulheres, movimentos sociais do campo progressista em geral, realizarão atos públicos para marcar essa triste data, em todo o Brasil e também no exterior.  Aliás, Paris tem hoje um logradouro batizado com o nome de Marielle, em homenagem às lutas dessa combativa mulher.

A Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana, ao lado de movimentos sociais e partidos do campo progressista, chama cidadãs e cidadãos para participar do Ato em homenagem à memória de Marielle e Anderson, neste sábado (14), a partir das 16h30, na praça Santos Andrade.  O convite em página do Facebook pode ser visto aqui.



Todos/as continuaremos cobrando punição dos milicianos assassinos, mas também que as investigações revelem quem foi o mandante do terrível crime, pois são fortíssimas as suspeitas do envolvimento de autoridades graúdas.  Não por menos, um dos acusados mora ao lado do despresidente e sua família de filhos malucos. E o outro acusado, ex-PM Élcio Queiroz, poucas horas antes do assassinato, visitou o condomínio na Barra da Tijuca, apresentando-se ao porteiro e referindo o número da casa de Bolsonaro. Até o porteiro ser ameaçado e calado pelo desministro da injustiça, moro, o ex-juiz chamado pelo deputado federal Glauber Braga de "capanga das milícias".

Esse crime não pode ficar impune. É colossal vergonha para o Brasil, e os olhos do mundo voltam-se para cá interessados em saber se continuará predominando a impunidade ou justiça real será feita.  Bom lembrar que um notório miliciano, Adriano da Nóbrega, anos atrás homenageado com medalhas por Flávio Bolsonaro como "herói", já foi devidamente "apagado" na Bahia por saber demais de todo esse esquema de crimes.

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