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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Bibliotecas da UFPR 100% fechadas na greve nacional

A semana iniciada hoje (10) amanhece com as portas das bibliotecas da UFPR 100% cerradas.  A sede central (BC) do Sistema de Bibliotecas (SIBI) e as setoriais já haviam aderido, em grau variável, à greve nacional dos TAEs iniciada em 29 de maio.  Um entrechoque ocorrido na Biblioteca de Ciências Jurídicas, no final de julho, motivou uma reação generalizada das bibliotecas, em solidariedade à chefia e funcionários daquela unidade do SIBI.

O Centro Acadêmico e professores do curso de Direito pressionaram o diretor do Setor de Ciências Jurídicas no sentido de que a biblioteca fosse reaberta, ao menos por algum período.  Em ofício endereçado à bibliotecária Paula Carina, chefe da unidade, o professor Ricardo Marcelo, diretor do setor, demandou que - mesmo sem funcionários, apenas com os alunos bolsistas -, a biblioteca fosse aberta por um turno do dia.  Argumentou a direção do setor que outras bibliotecas da UFPR estavam em greve, mas que manteriam plantões de abertura ao público em um turno do dia ou em um ou mais dias da semana.  

A pressão do ofício da direção do setor (datado de 28/07), que até punha um prazo de 48 horas para a reabertura "espontânea" da biblioteca sem necessidade de "confltividade administrativa", gerou tensão, mas a bibliotecária Paula, em ofício de 29/07, respondeu que não poderia usar os alunos bolsistas nem pedir, em período de greve, que os demais servidores voltassem ao trabalho.

Comunicado na porta da BC esclarece fechamento total

O assunto foi levado a uma assembleia dos servidores em greve, que emprestou apoio total aos trabalhadores da biblioteca do Setor de Ciências Jurídicas. Em complemento, uma reunião das chefias das bibliotecas setoriais, realizada em 6/8, decidiu que - na semana de 10 a 15/8 -, todas as unidades do SIBI estarão 100% fechadas para os usuários.

Toda greve que preze o nome pressupõe conflitividade entre as partes envolvidas, em grau maior ou menor.  Os professores e alunos do curso de Direito podem argumentar que - em sua área de conhecimento - os recursos físicos de uma biblioteca são fundamentais para seu tipo de atividade acadêmica.  É verdade, mas também é que os trabalhadores devem ter direito pleno à greve, que pode ser total em não se tratando de atividade configurada como essencial pela própria lei.  Quem não gostar, que vá se queixar ao bispo. Ou ao "justiceiro" juiz Sérgio Moro, que aliás é também professor de Direito da UFPR.

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