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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quem estava no fato, tinha domínio do fato e agora quer tirar o seu da reta

Lista de Presença da "Assembleia-Fantasma" de 10/2008

Clique na figura acima para ampliá-la.  São perfeitamente visíveis as assinaturas dos atuais dirigentes do Sinditest Carla Cobalchini e José Carlos Assis na lista de presença de uma assembleia geral realizada em 3 de outubro de 2008.  Na época, ambos já eram diretores do sindicato, na gestão presidida por Wilson Messias.

E daí?  Que há de especial nisso e nessa assembleia?  Algumas coisinhas.

Uma assembleia espúria, às escondidas
A diretoria do Sinditest da época não queria ser incomodada pela base ao decidir sobre dois assuntos, digamos, “espinhosos”.  Por isso, não fez convocação na UFPR (só numa nota de rodapé de jornal da cidade que ninguém lê, para dar ares de legalidade) e realizou a assembleia na sede do sindicato, onde nunca se faz esse tipo de reunião, ou seja, às ocultas.  Além do mais, a data era uma sexta-feira, véspera das eleições municipais de outubro/2008...  Por isso, só a diretoria e mais alguns amigos estiveram presentes.


Venda de patrimônio a preço de banana
A qualquer custo, a diretoria da época (gestão 2008-2009) queria vender a subsede da rua Comendador Macedo, esquina com rua Dr. Faivre.  Torrou o patrimônio por 195 mil reais em janeiro/2010.  Uma avaliação perita da imobiliária Apolar, na mesma época, estimou que o preço daquele imóvel alcançaria até 300 mil reais.


Auditoria Concept confirma
A firma Concept analisou a transação da subsede Comendador e, segundo a própria matéria recente do Sinditest (28/10/13), atesta que:

“O imóvel foi vendido em janeiro de 2010 pelo valor de R$ 195.000,00.

Do ponto de vista contábil, houve falha grave. O valor da alienação foi registrado a título de “outras receitas operacionais”. Na ocasião da venda, o valor do custo deveria ter sido devidamente reconhecido, e posteriormente registrado o ganho na alienação do imóvel.

Dois anos antes da venda dessa sede, havia uma avaliação da imobiliária Apolar atribuindo ao imóvel o valor de R$ 300.000,00.

Os auditores recomendam à administração do Sindicato contratar perito para avaliar o valor aproximado do imóvel à época, e se for o caso, discutir na justiça a reintegração do bem ao sindicato, caso seja constatado dano ao patrimônio.”


Todos juntos e conscientes na mesma canoa
Será compreensível agora como soa hipócrita, coisa de santo-do-pau-oco, que alguns diretores atuais do Sinditest, em campanha furiosa para se reeleger, tentem passar na categoria a conversa mole de que não sabiam de nada?  Se invocarmos a famosa “teoria do domínio do fato”, usada no STF no julgamento do “mensalão”, pode-se dizer que TODOS os diretores atuantes daquela época (2008-2011), naquela "assembleia-fantasma" de outubro/2008, conheciam bem O FATO, tinham o DOMÍNIO DO FATO, e até por isso fizeram uma reunião às escondidas da base.

Eis alguns fatos.  Submersos pelo lero-lero e pelo blá-blá-blá de duas chapas em campanha para poder comandar a receita mensal de mais de 120 mil reais dos filiados contribuintes...   

2 comentários:

Lucia disse...

Tudo farinha do mesmo saco.

Rita de Cassia disse...

Pra chegar ao poder a turma "1" achou que valia tudo, tudo mesmo, até se aliar a turma "2" que sempre foi tudo de pior em termos de honestidade e ética.

Se um grupo se alia ao PCC e faz uso das mesmas práticas não pode reclamar quando é chamado de criminoso.