Conselho Federal de Medicina emitiu nota criticando o uso de máscaras para proteção contra a Covid. Fato parece mostrar que o bolsonarismo está unido para tentar desvirtuar debate público – além de aliviar os crimes cometidos pelo ex-presidente.
Às vésperas do carnaval e imediatamente após o Brasil registrar oficialmente seu primeiro dia sem mortes por covid desde que a pandemia começou a matar no país, o Conselho Federal de Medicina desenterrou uma velha polêmica para gerar ruído: criticou o uso de máscaras em aviões e aeroportos. Ignorando seu uso já pacificado em outros países em contextos bem menos graves, além de todo um manancial de estudos, o órgão publicou nota na qual afirmava não haver motivos para o uso “indiscriminado” da medida.
De forma cínica, a nota assinada pelo presidente José Hiran Gallo afirma que a medida “jamais pode ser imposta a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”. Para esta autoridade médica de uma autarquia federal, uma política sanitária mundialmente aceita é “ideologia”. O órgão, caracterizado recentemente por sua fidelidade canina a Bolsonaro, usou como base teórica uma revisão sistemática do Centro Cochrane, tradicional instituto que faz análises randomizadas de estudos diversos.
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(*)Título desta postagem dado pelo Blog NaLuta
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