Apresentada ontem (16) na mesa de negociação permanente, a ministra Esther Dweck propõe um reajuste linear de 7,8% aos servidores federais, restrito aos civis, acrescido de R$200,00 no valor do auxílio-alimentação, de modo a contemplar melhor as categorias de menores remunerações.
A rigor, não é reajuste, mas uma parcial recomposição salarial das perdas desde o congelamento que vem desde os (des)governos Temer e Bolsonaro, de 2017 para cá. No geral, essas perdas acumulam mais de 30%, e o Governo se compromete a compensá-las paulatinamente ao longo do mandato de Lula. A recomposição de agora seria a partir de 01/03, e viria através de Medida Provisória, para agilizar.
Sobre o aumento no valor do auxílio-alimentação, indo dos atuais R$458 para R$658, o Secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, deu o seguinte exemplo: "Um aumento de R$200 no auxílio corresponde a 2% do salário de um servidor que ganha R$10 mil, mas corresponde a 5% para os que ganham R$4 mil ou a 10% do que ganha R$2 mil."
As entidades representativas dos SPF em breve voltarão a se reunir com o governo federal para avaliar a proposta feita, mas o provável é que ela seja aceita, pois desde 2017 sequer havia qualquer negociação com os governos de direita de Temer e Bolsonaro.
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