Meu pai chegava da firma de comércio marítimo às 18 horas. Cansado do trabalho. Ainda era dia em Paranaguá. Tínhamos um pátio grande diante da nossa casa, onde eu jogava bola com os guris da vizinhança, durante a tarde depois da escola.
Meu pai vinha nesse fim de tarde e me chamava para um “gol a gol”, em que cada contendor fica defronte a uma das paredes do pátio como se fosse a meta do futebol a defender e um chuta a bola contra o outro a partir de sua própria “meta”.
Ele, ainda de terno, disputando uma partida que quase sempre perdia. Uma dupla vitória a minha: nos gols e na ternura do meu pai que queria divertir o filho.
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