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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Se existisse em 1964, PSTU assistiria passivo ao golpe militar

O Governo João Goulart, em 1964, era reformista. Defendia as chamadas "reformas de base" - universitária, agrária, urbana, bancária, fiscal. Não eram propostas revolucionárias, mas eram avanços, necessários para o Brasil daquela época.

Mas as tais reformas eram vistas como "comunismo" pela direita e por setores retrógrados militares ligados aos EUA, naquela época de Guerra Fria.  Tramaram a derrubada do presidente Jango, engrupiram a classe média trouxa, deram o golpe militar em 1. de abril de 1964.

Se o PSTU existisse em 1964, diria: "não vai ter golpe, Jango governa para a burguesia, só quer fazer umas reforminhas em vez de revolução".  Proporia uma greve geral para derrubar tudo e todos, numa tacada só.  Mas não mexeria uma palha para isto.

E assistiria passivo, cheio de orgulho por sua "pureza revolucionária", ao golpe direitista sendo organizado e aplicado sobre um presidente constitucional.  

Muito parecido como acontece hoje.  Só que 1964 aconteceu, e a "longa noite de chumbo" durou 21 anos.  Sabemos bem a tragédia que foi.

Hoje, o PSTU brada: "Fora todos! Fora Dilma, Aécio, Cunha, todo o Congresso".  Proclama: "Greve geral! Eleições gerais!".  E na prática fica parado, e orienta movimentos e entidades a ficarem passivos também.  Porque suas palavras de ordem estão totalmente "fora da casinha".

Quem conhece história do Brasil e consegue entender a realidade não fica na arquibancada, ou no sofá, assistindo a movimentações da elite burguesa que, hoje, intentam um golpe sobre uma presidenta legítima, para com isso fazer o país retroceder décadas, acabando mesmo com os modestos avanços sociais dos últimos anos.  Não espera acontecer, vai à luta contra os inimigos do povo e do país.  Sem devaneios distópicos imobilistas.

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