Bombas da PF não detonadas (efeito moral e pimenta) na entrada da Reitoria
Durante
a repressão da Polícia Federal aos manifestantes antiEBSERH ontem, perto do
meio-dia, bombas de efeito moral e de gás de pimenta foram lançadas pela janela
do andar térreo da Reitoria sobre a
manifestação aglomerada contra a porta principal do prédio. Ouviu-se ruído de ao menos duas explosões com intensidade moderada e alguma "fumaça". Os ativistas saíram correndo da frente da
entrada para escapar do efeito irritante do gás de pimenta.
No
entanto, ouviu-se também barulho de explosão bem mais forte, na mesma ocasião,
percebido até a longa distância.
Duas
bombas, uma de efeito moral e uma de gás de pimenta (foto acima), não detonaram
e ficaram diante da porta da Reitoria, até serem desativadas por uma equipe
especial antibombas ainda ontem, depois do almoço.
Baixada
a poeira da agitação de ontem, pode-se ver o saldo de estragos, mas um deles
desperta curiosidade. Vejam o estado da
porta lateral da Reitoria, nas fotos ao lado.
Quase todos os vidros estão quebrados. Há na parte de baixo da porta uma
mancha escura denotativa de ação de fonte de calor forte. E também uma mancha correspondente no chão em
frente da mancha da porta. A impressão
que isso passa é a da explosão de um artefato que produziu muito calor e
deslocamento de ar, tanto que alguns vidros do 1º. andar do Ed. D. Pedro II se
estilhaçaram também.
A
pergunta óbvia: de onde partiu esse artefato explosivo? Teria sido também da equipe da PF que estava
dentro do saguão da Reitoria, diante da porta da frente? A PF reconhecidamente lançou bombas do tipo das
retratadas acima (efeito moral e gás pimenta, que fazem barulho e soltam o gás
irritante e pó de talco ou fumaça).
Poderia alguém infiltrado no movimento antiEBSERH ter confeccionado
bomba caseira e lançado na hora da debandada?
Esta
hipótese seria lamentável, pois, desde o começo da greve nacional em março
fizemos apelos contra o uso de táticas violentas do tipo usado pelos
black-blocs, incabíveis dentro de uma Universidade. Não podemos admitir nos
igualarmos aos procedimentos repressivos violentos que usualmente a polícia
adota.
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Atualização às 19h00: ótimo vídeo produzido pela APUFPR sobre os acontecimentos de ontem mostra o momento em que um policial quebra - de dentro para fora - um dos vidros da porta lateral da Reitoria e joga próximo à porta uma bomba que detona com grande estrondo, compatível com as marcas de explosão que se vê no chão e na porta. Ou seja, não satisfeitos em repelir os manifestantes da porta da frente com bombas e gás de pimenta, ainda explodiram mais esse artefato na lateral do prédio. Clique aqui para ver o vídeo da APUFPR (a explosão na lateral está em 3m17s do vídeo).
Atualização às 19h00: ótimo vídeo produzido pela APUFPR sobre os acontecimentos de ontem mostra o momento em que um policial quebra - de dentro para fora - um dos vidros da porta lateral da Reitoria e joga próximo à porta uma bomba que detona com grande estrondo, compatível com as marcas de explosão que se vê no chão e na porta. Ou seja, não satisfeitos em repelir os manifestantes da porta da frente com bombas e gás de pimenta, ainda explodiram mais esse artefato na lateral do prédio. Clique aqui para ver o vídeo da APUFPR (a explosão na lateral está em 3m17s do vídeo).
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