Piquete na frente do Teatro da Reitoria
Por 31 votos contra 9, foi aprovado o contrato entre UFPR e EBSERH para gerir o HC nos próximos 10 anos. A votação teria-se dado por volta de 11h00, mas vários conselheiros permaneceram do lado de fora da Reitoria. A Gazeta do Povo relata as circunstâncias de excepcionalidade em que se procedeu a essa votação:
"Segundo a assessoria da instituição, a votação teve que ser realizada por videoconferência e ligações viva-voz por telefones celulares. Isto ocorreu porque manifestantes impediram o acesso de conselheiros ao local da reunião, na Reitoria da universidade, e uma parte deles precisou se reunir no HC.
A sessão do COUN foi retomada por volta das 10h50, após uma primeira convocação sem quórum suficiente, esta feita por volta das 10 horas. O reitor Zaki Akel Sobrinho fez nova contagem para verificação e confirmou os conselheiros presentes - parte deles na Sala dos Conselhos e, o restante no Hospital de Clínicas (HC) para participar da reunião por videoconferência. No entanto, pouco depois, houve uma interrupção no fornecimento de energia elétrica da Reitoria e a votação teve que ser feita com auxílio de telefones celulares."
Quando se delineava que o contrato da EBSERH estava em curso de votação, as dezenas de manifestantes que trancavam as diversas entradas do prédio da Reitoria dirigiram-se todos para a porta da frente, sinalizando possível intenção de invadir a sessão do COUN. Do lado de dentro, no saguão, postavam-se alguns soldados da tropa de choque da Polícia Federal.
Alguns soldados da PM postaram-se entre a Reitoria e o edifício D. Pedro I, enquanto a multidão de ativistas, gritando palavras de ordem, passou a fazer mais pressão sobre a porta frontal da Reitoria. A certa altura, um soldado da PF abriu uma das janelas basculantes frontais com um spray de pimenta na mão. Junto com os jatos de pimenta foram atiradas 2 a 3 bombas de efeito moral, provocando correria dos manifestantes na direção da Rua XV, alguns deles acusando nos rostos congestos o efeito do aparato químico repressívo. Era cerca de 11h20 da manhã.
Manifestantes correm do gás e bombas lançadas de dentro da Reitoria
O espaço diante da porta ficou livre depois dessa ação policial. Os manifestantes se dirigiram então para a frente do pátio da Reitoria, trancando o trânsito da Rua Amintas de Barros, gritando slogans contra a EBSERH e taxando o reitor de "fascista".
Rua Amintas de Barros bloqueada na hora do almoço
Com a colocação do caminhão de som no meio dessa multidão, prosseguiu o protesto, mas, em função de alguns oradores e de um tipo de discurso que passaram a fazer, a manifestação sindical foi aos poucos se metamorfoseando em ato politico do PSTU. Em seguida, decidiu-se fazer uma passeata por algumas ruas movimentadas das proximidades da UFPR para expressar o protesto diante do acontecido. De volta ao pátio da Reitoria, a direção do movimento passou a se ocupar também do que fazer quanto ao estudante que havia sido preso pela PF na hora mais aguda da repressão.
Um comentário:
Bem feito aos que queriam a onda azul, pois o que conseguirão foi uma tsunami. Continuem agredi tanto em promessas política...
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