Car@s leitor@s deste blog, deixemos nós também de rodeios acerca da novela do Relatório da Auditoria do Sinditest. Por que é tão difícil que uma diretoria da "esquerda revolucionária" (qualificativo autoimposto) revele o conteúdo integral do Relatório?
Simples: porque nas irregularidades estão envolvidos atuais diretores do Sinditest e um ex-diretor. Em especial a presidente do sindicato, Carla Cobalchini. Eles querem se eximir, mas suas presenças e assinaturas estão em documentos comprometedores.
Carla, colega nossa muito inteligente e com boa formação política de esquerda, ótimo quadro político oriundo do PT, depois do PSol e hoje no PSTU, infelizmente está enredada nas mutretas que a auditoria encontrou nas contas do sindicato. Logo ela, a dirigente principal do sindicato e de quem se espera que lidere uma greve de servidores a partir da semana que vem.
Não é por menos que a matéria do sindicato de 24/02 tenta impor sua vã esperança de que a assembleia da auditoria de amanhã (12/03) encerre o assunto das falcatruas ocorridas em gestões de que Carla participou assessorando, no departamento de imprensa, o presidente Wilson Messias e o vice Antonio Néris. Não vai encerrar o assunto se não forem adotados os encaminhamentos necessários para responsabilizar quem for responsável por malversação das mensalidades pagas pelo coletivo sindicalizado.
Enquanto essa questão permanecer assombrando a categoria, não há como pensar em mobilizações "combativas, unidas, vitoriosas". Sempre vai pairar a desconfiança. Pior ainda se vierem propor fundo de greve!
Querem um exemplo, relativo ao assunto mais tenebroso nessa auditoria?
O famigerado caso da venda da chácara de Piraquara: composto de 12 terrenos, uma assembleia em 04/03/2009 ratificou decisão anterior de vende-la POR INTEIRO (os 12 lotes). A diretoria, presidida por Messias, achou um suposto comprador (preferimos considerar um laranjão), um vigilante (imaginem o salário de um vigilante) que teria obtido o prodígio de arranjar um financiamento na Caixa Econômica Federal de 250 mil reais para comprar o imóvel. Porém, a documentação da própria CEF comprova que esses 250 mil eram para comprar apenas os lotes 4 e 5 de uma chácara de 12 lotes.
Não obstante, o que divulgaram para a categoria burrinha (como eles sempre acharam) é que tinham vendido TODA a chácara de 12 lotes por 250 mil, e não somente os lotes 4 e 5. Seja como for, o laranjão vigilante vendeu posteriormente os outros 10 lotes por valores que excedem 1 milhão de reais. Estranho demais, não é?
Onde entram ex- e atuais diretores do Sinditest nesse rolo? Simples: eles assinaram documentos (oficiais, de cartório) e compactuaram com a "venda" maracutaiada. Carla Cobalchini, José Carlos Assis e Bernardo Pilotto eram diretores do Sinditest ao lado de Wilson Messias quando tal rolo se deu. Carla assinou como jornalista o jornal do Sinditest de 2009 que vendeu para a base a ilusão de que toda a chácara de Piraquara tinha sido alienada por 250 mil reais, assim como uma ata retificadora complementar (junho/2009) que facilitava o acima citado contrato de financiamento da CEF para o laranjão.
Ora, pois. Temos um destacado quadro do PSTU e do seu sindicalismo envolvido numa trama que prejudicou a categoria. Ela quer comandar uma greve mas tem esse "esqueleto no armário". Ou assume, esclarece, se dispõe ao julgamento da base e possíveis desdobramentos, ou continua tentando esconder o rolo debaixo do tapete.
Sei de uma coisa. Com essa liderança, mantida a falta de democracia e de transparência, eu não vou a luta alguma, nem a greves.
4 comentários:
A direção do sindicato não vai entrar na greve pra buscar solução dos problemas salariais e de carreira dos técnicos. Vai entrar na greve pra descer o cacete no PT e abrir espaço pra oposição(no caso o PSDB). Na primeira assembléia já vai dar pra perceber.
A atual diretoria do sindicato é adepta do vale tudo, absolutamente tudo pra estar no poder, inclusive se aliar e compactuar com a turma da transação imobiliária. Enquanto estiveram juntos não houve denuncia de irregularidade e ainda assinaram concordando com as barbaridades feitas pela dupla Neris Messias. Aposto meu salário merreca como vão adiar, adiar e adiar infinitamente a investigação de irregularidades até o pessoal esquecer e não falar mais em auditoria.
Quem viver verá.
Esta bem difícil confiar neste pessoal e acreditar que estão um pouquinho preocupados com nossa situação salarial. O que parece é que estão no sindicato pra ganhar pontinhos junto ao partido e se manter no poder, mesmo que pra isso tenham que abrir não da ética e otras cositas mas.
A chance que esses diretores tinham de se esclarecer e falar a verdade, eles deixaram passar na assembleia do dia 12/03. Continuam se escondendo, escondendo o jogo e tentando se fazer de inocentes, como se não tivessem nada a ver com as falcatruas. Acredite, se quiser!!!
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