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quinta-feira, 20 de março de 2014

Greve nacional da FASUBRA começa hoje na UFPR

Primeira assembleia de greve no RU Central, em 20/03
Conforme deliberação de ampla maioria em assembleia geral realizada na manhã de 17/03, no pátio da Reitoria, está começando na UFPR formalmente a partir do meio-dia de hoje (20) a greve dos trabalhadores técnico-administrativos comandada pela FASUBRA.  Como o Sinditest representa também servidores da UTFPR e UNILA, nessas instituições supõe-se também estar sendo deflagrado o movimento paredista.

Num quadro nacional de 45 entidades sindicais de base filiadas à FASUBRA (algumas representam mais de uma IFES, como no caso do Sinditest), 23 delas manifestaram adesão à greve nacional a partir desta semana, com apenas a UF de Santa Maria tendo posição contrária.  As posições dos restantes 21 sindicatos não é conhecida ou ainda está sendo definida.  Na região sul, a maioria dos sindicatos aderiu, com exceção do da UFSM e não é conhecida a posição do SindiPampa e do sindicato da UF de Pelotas.

Em Brasília, o Comando Nacional de Greve (CNG) já está instalado desde a tarde de 17/03, numa sala do sindicato da Universidade de Brasília. Participam do CNG a Direção Nacional da FASUBRA e delegados dos estados eleitos nas assembleias das bases onde já houver greve.  Um Fundo de Greve de 15% da arrecadação do sindicato filiado em greve é obrigatório ser repassado ao CNG.

Na UFPR, hoje, está marcada uma assembleia a partir de 8 da manhã no RU Central.

Entendemos como totalmente legítimo aproveitar o momento político de um ano eleitoral para colocar pressão sobre governantes buscando atendimento das justas reivindicações da pauta grevista.  Há motivos muito palpáveis para se fazer a greve, um fundamental deles sendo a corrosão total, pela inflação, dos três aumentos de 5% ao ano (2013-14-15) resultantes do Acordo da Greve de 2012.  Por isso, uma reivindicação desta greve é que o Governo antecipe os 5% de 2015 para agora, e a tempo de não ser impedido de fazê-lo pela Lei Eleitoral.

Sendo justa a greve, o que se espera também é que seja conduzida com bom senso pelo CNG e por cada Comando Local de Greve (CLG), no sentido de fazer as mobilizações com a finalidade de obter uma boa negociação com o Governo Federal, neste ano de eleições gerais em outubro.  

Contudo, ao mesmo tempo que fazer a greve em ano eleitoral pode facilitar a conquista de resultados concretos para os trabalhadores em luta, o outro lado da moeda, o risco, é que a greve possa ser aparelhada por grupos com interesses sobretudo político-eleitoreiros, usando a categoria como massa de manobra somente para fustigar governos e sem de fato querer sentar à mesa de negociações.  Neste caso, péssimo, a perspectiva da greve é de insuportáveis brigas e trocas de acusações dentro do movimento, e, por conseguinte, a derrota.  Esperamos que este cenário ruim não se configure nem na UFPR nem em qualquer outro lugar.
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ATUALIZAÇÃO às 09h30: a assembleia de greve da UFPR começou pouco depois das 9 horas, reunindo até agora cerca de 50 pessoas no RU Central.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Ao mesmo tempo que uma greve forte é mais que necessária não vejo uma condução coerente e agregadora. Ao contrário, o que temos é muita gente com a necessidade doentia de combater qualquer sinal de divergência de pensamento.