O site do Sinditest está alertando a categoria para uma atitude algo inusitada do reitor Zaki Akel, que pode acabar com a jornada de 30 horas, senão para todos os servidores da UFPR, para muitos deles.
Recordando: depois da greve de 2011, um acerto de gabinete entre reitoria da UFPR e o presidente do Sinditest Wilson Messias (gestão 2010-2011) levou à Resolução 56/11, aprovada pelo CoUn com parecer da relatora Andreia Caldas, diretora do setor de educação. O texto da 56/11 contém trechos que suscitaram polêmicas desde 2012, como o artigo que impede que chefias, mesmo algumas ganhando adicional de pouca monta, não podem fazer a jornada de 30 horas semanais. Além disso, aquela diretoria do Sinditest de 2011 não debateu com ninguém da base a contrapartida da adoção das 30 horas ser a implementação de controle eletrônico de ponto.
O que preocupa o Sinditest é que, na sessão do CoUn de ontem (12/12), o reitor incluiu de última hora um ponto na pauta para alterar a redação da Resolução 56/11. Essas alterações, acredita o sindicato, levariam a restringir o benefício da jornada reduzida para muitos servidores. Zaki Akel ainda aprovou nessa mesma sessão o regime de urgência para votar a alteração da Resolução.
Entretanto, segundo relata o Sinditest, devido à saída de vários conselheiros da sessão do CoUn, derrubando o quorum de deliberação, a proposta de alteração da 56/11 acabou não sendo votada e ficou para ser retomada em nova sessão no dia 18/12. Para analisar esta situação, o Sinditest realiza na tarde de hoje, no HC, uma assembleia geral.
O Sinditest fala em golpe do reitor na matéria que publicou hoje em seu site e exige debate amplo com toda a categoria:
“A verdade é que o Reitor tentou dar um golpe contra esta conquista importante da última greve dos técnicos. Não se pode fazer qualquer tipo de alteração nesta e outras conquistas dos trabalhadores sem antes fazer o debate com a categoria.”
Concordamos que é indispensável o amplo debate democrático com todos os servidores técnico-administrativos. Exatamente o debate que não houve no final da greve de 2011 e da gestão sindical 2010-2011, sequer uma assembleia geral foi chamada para fazer isso. O acordo do qual saiu a Resolução 56/11 foi resultado de um acerto a portas fechadas entre o presidente e alguns poucos diretores do sindicato com o reitor, e por isso mesmo conduziu a diversos questionamentos posteriores no seio da base filiada. Ao menos que a diretoria atual lembre-se de apontar isso quando discute a Resolução das 30 horas.
2 comentários:
Magnífica a estratégia do magnífico.
Passando rasteira no povão.
Tomara que o reitor não esqueça o compromisso assumido com os técnicos. E que enfrente as dificuldades que vierem pra honrar este compromisso. Tomara...!!
Postar um comentário