As centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (3) com o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto. O encontro faz parte da agenda do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, criado pelo governo com o objetivo de discutir propostas de melhorias das políticas públicas.
Inicialmente, a pauta da reunião trataria da Previdência Social, mas os representantes dos trabalhadores enfatizaram que o atual momento exige que a prioridade seja a recuperação da economia. Eles defenderam a mudança da pauta e que as discussões da reforma da Previdência fiquem em segundo plano, neste momento.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), defendeu que um dos principais pontos para garantir a retomada do crescimento é a garantia dos empregos, a começar pelas empresas que atuam no setor da Petrobras. O sindicalista destaca que a paralisação das obras por conta das investigações da Operação Lava Jato tem gerado demissões em massa no setor, afetando toda a cadeia produtiva.
“Temos total interesse em dialogar, inclusive com empresários. Precisamos desatar os nós na Petrobras, na indústria, construção civil. A gente sabe que o ambiente hoje não é favorável a acordos, mas precisamos construir caminhos”, afirmou Adilson.
E completa: "O uso político da Lava Jato não pode paralisar a economia do país. É preciso manter as obras da construção, da Petrobras, do pré-sal”.
Números do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) confirmam a denúncia dos sindicalistas. De acordo com o Instituto, a crise do emprego começa com a desorganização da cadeia de petróleo e gás, que tem impacto muito importante sobre a construção civil. Isso porque a maior parte dos negócios está paralisada por conta da falta de acesso ao crédito e às licitações, resultado das investigações da Lava Jato.
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Fonte: Portal Vermelho e CTB
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