O
que disse de concreto e seguro o Governo ao Comando de Greve da FASUBRA na última
conversa (23/7)? Nada.
Rolou
muito papo, cheio de “quem sabe”, “talvez”, "vamos ver", sobre o qual os dirigentes do movimento
tiveram que fazer esforços interpretativos, tentando achar razões para manter a esperança de que
esta greve 2015 algo possa conquistar.
No
campo salarial, em nível satisfatório? Não.
Estando
o Governo Federal em fase de contingenciamentos e cortes, o representante do
MPOG disse que não poderá atender reivindicações que tenham o chamado “impacto
financeiro”, além do montante traduzido no índice que eles já ofereceram, ou seja, algo em torno de
5,75% de “reajuste”, a ser pago no começo de 2016. Isto é, abaixo até da inflação prevista para
2015 (na casa dos 9%). Que dirá recompor perdas passadas...
O
CNG-FASUBRA já disse que não topa ficar amarrado em acordo plurianual, como o
governo queria (4 anos). Se for para fazer acordo em torno de algum reajuste,
seria somente para 2016. E, neste caso, os já anunciados 5,75%. A não ser que o Governo seja bonzinho e se
disponha a dar um índice um pouquinho melhor para os TAEs, primos pobres do
Executivo, e menos para as demais categorias de SPFs.
Fora
isto, que é do plano de negociação direta com o MPOG, poderia haver algumas
conquistas modestas – com impacto financeiro zero ou minimíssimo – em termos de
plano de carreira (art. 18), da regulamentação das 30 horas e de eleições diretas para
reitor. Que, no caso da UFPR,
provavelmente vai refrescar muito pouco, ou nada.
Em
resumo: as conversas entre FASUBRA e Governo até agora permitem um otimismo com
temperatura de calota polar. Nova reunião
deve ocorrer dentro de uma a duas semanas em Brasília. A greve se estende até
meados de agosto. Cruzem os dedos,
torçam, rezem, façam macumba, mas fiquem frios. Pode não vir nada.
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