Por unanimidade, a sessão do Conselho Universitário da UFPR, reunida na manhã de hoje (30), rejeitou repassar o controle do HC à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Servidores técnicos mobilizados pelo Sinditest acompanharam de perto a sessão do COUN, repetindo a pressão contra a EBSERH que todo o movimento nacional dos TAE realizou durante a greve recém-encerrada.
O texto da resolução, previamente preparado sob ciência da Reitoria, tem quatro páginas, cheias de "considerandos". Mas, embora essa resolução recuse neste momento a contratualização da UFPR com a EBSERH, o parágrafo final deixa uma ponta de dúvida sobre o caráter terminativo dessa recusa. Ali se lê:
"O Conselho Universitário, após ampla discussão, por unanimidade de votos, resolve tornar pública posição contrária a eventual proposta de adesão integral ou parcial do Hospital de Clínicas à EBSERH, reservando ao Conselho Universitário a prerrogativa de decisão sobre esta matéria. Qualquer deliberação sobre este tema será precedida de ampla discussão com a comunidade."
Ora, num tema relevante como esse, é óbvio que a instância máxima da UFPR é que deve se posicionar; para que repetir a prerrogativa? E, ao findar colocando que "qualquer deliberação sobre este tema será precedida de ampla discussão...", isto quer dizer que o assunto não está definitivamente encerrado, que poderá ser recolocado e reconsiderado mais adiante.
A resistência dos movimentos da comunidade à parceria UFPR-EBSERH tem sido grande. Ser reitor e estar candidato à reeleição produz certas atitudes que, acima de tudo, levam em conta o cálculo eleitoral. Faz lembrar um recuo de posição, no começo deste ano, na intenção do reitor-candidato de celebrar parceria da UFPR com o megabanco privado espanhol Santander, depois que boa parte da comunidade (eleitora) se insurgiu contra a terceirização dos crachás funcionais e carteirinhas estudantis.
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