A Medida Provisória 568/2012, como se sabe, entre vários dispositivos, determina o aumento em 100% da jornada dos médicos que ingressarem no serviço público, sem aumento de salário; em outras palavras, equivale a cortar pela metade o salário de novos médicos. Outro elemento grave da MP é a transformação do adicional de insalubridade em valor fixo, não mais percentual do vencimento-base.
Assim, compreende-se porque quase todos os 329 médicos lotados no HC da UFPR não hesitaram muito em deflagrar uma greve, que durou 4 dias e somente acabou na última quinta-feira (31). Estudantes de Medicina também reforçaram a paralisação dos médicos, decretando uma greve estudantil. Segundo o HC, mais de quatro mil consultas foram canceladas no período de paralisação.
O Sindicato dos Médicos do Paraná (SIMEPAR) acompanhou o movimento e seu presidente, Dr. Mário Ferrari, informou aos profissionais de Saúde que já foram feitos contatos com o dep. Osmar Serraglio (PMDB-PR), revisor da MP 568 na Câmara Federal, para corrigir suas distorções. Como forma de vigilância e pressão sobre parlamentares do Congresso, mantem-se o "estado de greve" mesmo na volta ao trabalho. Nova assembleia dos médicos ocorre em 6/6 para avaliar a mobilização e também debater a greve nacional (Campanha Salarial da FASUBRA) indicada para começar dia 11/6.
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