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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Burro ou bandido... ou bandido burro

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Comenta Caetano, na charge de Aroeira: quem apoia a PEC da "Bandidagem" (aprovada na Câmara Federal em 16/09, por 353 votos, inclusive com alguns votos de deputados do PT, PSB, PDT e PV) ou é muito burro ou é muito bandido. Somente as bancadas de PCdoB, PSol e Rede votaram na totalidade contra essa vergonhosa PEC (Proposta de Emenda Constitucional).

Pode ser um terceiro caso: é um bandido burro.

Lembramos a todas e a todos lutadores do campo de esquerda, democrático e progressista que, neste domingo, 21/09, véspera de entrada da primavera, a partir das 14h00, na Boca Maldita, haverá ATO PÚBLICO contra essa escandalosa PEC da Bandidagem e contra projeto de lei de "Anistia" para bandidos golpistas condenados pelo STF.  

Ao mesmo tempo, levantamos as bandeiras do Plebiscito Nacional organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo: fim da escala 6x1 (redução da jornada de trabalho sem redução de salário), isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais mensais e taxação dos super-ricos, os que ganham no mês mais de 50 mil reais.

Participem!  Sem povo mobilizado nas ruas (haverá Atos assim em todo o Brasil), picaretas, aproveitadores e meliantes no Congresso Nacional continuarão fazendo a festa particular deles com recursos públicos, o suado dinheiro pago pelos contribuintes.



Cachorros espertos tem uma habilidade de tipo humana para nomear novos objetos

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Alguns cães são aquilo que os psicólogos de animais chamam de “aprendizes de palavras dotados”, com notável capacidade de distinguir nomes de pessoas, de outros cães e de objetos. Estes animais são tão qualificados, de fato, que ajudaram a revelar uma habilidade anteriormente desconhecida dos caninos: eles podem aplicar o nome de uma categoria de brinquedo para um novo brinquedo que partilha a mesma finalidade, mesmo que eles nunca tenham ouvido antes o nome usado para aquele novo brinquedo. É o equivalente canino de uma criança de idade pré-escolar que usa a palavra “copo” tanto para aquele seu favorito com canudinho como para um copo de chá que veem pela primeira vez.


Os pesquisadores revelaram esta habilidade recrutando 10 cachorros aprendizes-de-palavras dotados em todo o mundo, cujos donos filmaram sessões de brincadeiras experimentais com oito brinquedos novos para cães. Primeiramente, os brinquedos foram espalhados aleatoriamente entre dois grupos – “Puxar (Arrastar) ” e “Buscar” – com a aparência dos brinquedos não dando pistas sobre como o broinquedo deveria ser usado. Ao longo de quatro semanas, os donos nomearam os brinquedos ou como “Puxar” ou como “Buscar” enquanto brincavam com os cães, dependendo se o brinquedo era usado como cabo-de-guerra ou para busca. Quando os cães demonstraram que eles podiam aprender as denominações “Puxar” e “Buscar”, o experimento seguiu para uma nova fase: novos brinquedos foram aleatoriamente assinalados para um dos dois tipos de jogos, mas, desta vez, os donos não podiam falar “Puxar” ou “Buscar”. Os cachorros tinham que fazer a associação por si mesmos.

Quando os cães eram então chamados a trazer um brinquedo de “Puxar” ou de “Buscar”, eles escolheram o correto em dois terços do tempo, a despeito de nunca terem ouvido os nomes dos dois jogos aplicados àqueles novos brinquedos. Os resultados sugerem que os animais usam seus rótulos de objetos de uma maneira surpreendentemente humana, diz a co-autora do estudo Claudia Fugazza. “Esses sons parecem carregar um significado”, comenta ela, “que pode ser expandido para outros itens que tem aspectos completamente diferentes, mas possuem a mesma função”.
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Tradução livre do resumo do artigo em ScienceAdviser, boletim da revista Science, de 19/09/2025

sábado, 6 de setembro de 2025

Às vésperas da condenação, Bolsonaro é abandonado por líderes evangélicos

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A disposição de pastores que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo e candidatura pela reeleição agora é limitada para apenas defendê-lo publicamente em seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Silas Malafaia segue como principal voz do evangelicalismo bolsonarista, mas, nos bastidores, líderes religiosos admitem certo cansaço com o processo e veem uma possível condenação como inevitável, o que esfriou os ânimos.

Segundo a Folha de S.Paulo, o grupo “Aliança” no WhatsApp, que reúne líderes influentes como Malafaia, Renê Terra Nova, Abner Ferreira e Estevam Hernandes, o conteúdo circulante resume-se majoritariamente a vídeos enviados por Malafaia. As manifestações são geralmente diluídas em defesa de uma genérica “liberdade de expressão e religiosa”, com contestações mais diretas ao julgamento partindo principalmente do pastor carioca.

Um pastor que preferiu permanecer anônimo comparou a situação atual à passagem bíblica em que discípulos de Jesus, em meio a uma tempestade, questionam se o barco resistirá. A metáfora ilustra o dilema de pastores que apoiaram Bolsonaro: alguns remam ao seu lado, enquanto outros aguardam para ver se o casco aguenta ou se precisarão abandonar a embarcação.

A Igreja Universal do Reino de Deus, importante ator na ascensão evangélica na política, mantém silêncio sobre o caso. Interlocutores avaliam essa postura como pragmática e prudente, considerando o futuro político incerto do ex-presidente.

Quando questionados, muitos líderes optam por não se manifestar, enquanto outros afirmam considerar o julgamento injusto. “O tempo é o senhor da história”, declarou o bispo Robson Rodovalho, da seita Sara Nossa Terra.

O apóstolo César Augusto, da Fonte da Vida, expressou preocupação com o “clima muito, muito ruim” da “guerra ideológica” no Brasil. “Espero que possamos ter bom senso e não acender o fósforo no barril de pólvora”, disse, acrescentando que a direita possui bons quadros para substituir Bolsonaro em 2026, se necessário, sem descartar Malafaia como possível candidato.


A apreensão do passaporte, celular e caderno de anotações de Malafaia pela Polícia Federal no mês passado gerou mais alvoroço entre a liderança evangélica do que o próprio julgamento de Bolsonaro. O pastor chegou a pedir manifestações públicas de apoio a colegas. O Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb), fundado pelo próprio Malafaia, emitiu nota crítica à sua inclusão no rol de investigados.

O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, reconhecido por sua autoridade teológica, manifestou solidariedade a Malafaia apesar de suas divergências públicas. Em vídeo para seus 1,4 milhão de seguidores no Instagram, criticou o “assédio contra um líder religioso”, afirmando que “ser parado, ter passaporte e celular tomados, e áudios vazados não pode se tornar ‘normal’, pois não existe crime de opinião”.

Enquanto a figura de Malafaia causa divisões, o entusiasmo em torno de Bolsonaro já não mobiliza grandes rebanhos como antes. Passeatas bolsonaristas não atraem tantos participantes, e os círculos de oração se tornaram menos frequentes. Pesquisas indicam que a base evangélica de Bolsonaro permanece sólida, mas menos disposta a se engajar ativamente em sua defesa, refletindo uma certa fadiga discursiva.

Para Vinicius do Valle, cientista político e pesquisador do campo religioso, é difícil prever os movimentos da cúpula evangélica bolsonarista. “Um ou outro pastor ainda se coloca de forma mais explícita a favor do ex-presidente, mas boa parte da liderança está ali quietinha, vendo o que vai acontecer para saber onde pular e a hora de pular, em qual barco for”, observou.

Valle também nota um descompasso entre a militância digital dos líderes e o cotidiano dos fiéis, apontando que o assunto ainda não se tornou prioridade nas comunidades, mas que isso pode mudar em breve.
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Fonte: Diário do Centro do Mundo, em 06/09/2025.

Anistiar golpistas seria novo ataque à democracia

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Impõe-se mobilizar o povo e as forças democráticas para barrar o projeto de anistia a Bolsonaro. Ao contrário de pacificação, é incentivo a novas tentativas de golpe.

Diante da iminente condenação de Jair Bolsonaro e comparsas integrantes da cúpula da organização criminosa que tramou a tentativa de golpe de Estado, o consórcio da direita e da extrema-direita, com o protagonismo do governador paulista Tarcísio de Freitas, deu tração, na Câmara dos Deputados, a um projeto para anistiá-los. É uma ação que faz parte da investida contra o Brasil pelo governo Donald Trump com o tarifaço e a pressão direta sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar livrar Jair Bolsonaro da cadeia.

Na primeira semana do julgamento, que ocorre na Primeira Turma do STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) reiterou uma acusação com provas robustas, com farta comprovação dos crimes atribuídos aos acusados. O ministro-relator, Alexandre de Moraes, apresentou um relatório – as preliminares – no qual fica patente que o devido processo legal e o amplo direito de defesa foram respeitados.

Pela materialidade e a força das provas, os advogados de defesa não tiveram como questionar os vários fatos e episódios que constituem a trama e a ação golpista, se limitando ao esforço – de resto impossível – de desvincular seus clientes do papel de protagonistas dos graves crimes arrolados contra a democracia brasileira.

Os questionamentos dos advogados não se sustentam. A começar pela alegação de que não tiveram tempo para examinar o vasto conteúdo do processo. Tiveram, sim, o prazo determinado pela lei. Alegaram também que a delação do tenente-coronel Mauro Cid seria imprestável à acusação e se viram frustrados na tentativa de anulá-la. Ademais, a acusação da PGR se alicerça em provas que vão muito além do que indicou o réu delator Cid.

Disseram ainda que não teria sido demonstrado o vínculo do réu Jair Bolsonaro com a investida golpista de 8 de janeiro de 2023. A peça acusatória documenta o itinerário de fatos e atos capitaneados pelo ex-presidente que resultaram no que foi denominado como “Dia da Infâmia”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, vacila sobre pautar ou não o projeto da “anistia ampla, geral e irrestrita” – leia-se, assegurar impunidade ao golpista-mor Bolsonaro. Chegou a admitir que pautaria e, agora, afirma que a questão está “indefinida”. Quando cogitou aceitar o projeto, apoiou-se no argumento de que ele é patrocinado por um número expressivo de parlamentares. Ou, dito de outra forma, o pretenso rolo compressor da direita e da extrema-direita, que tem como costas-quentes o semidemenciado Trump, quer votar o projeto a qualquer custo, mesmo que seja ao preço de uma crise institucional.

Data venia, neste caso não é assim que se conta a história. A aritmética é outra. Primeiro. trata-se, como sustentam renovados juristas, de uma excrescência. A Constituição Federal não concebe e não permite dar perdão a quem intenta destruí-la. Ela é cidadã, não é suicida. O projeto, portanto, uma aberração jurídica.

Segundo. Anistiar os golpistas, longe de contribuir com a pacificação do país, como propagandeiam os arautos do golpismo, seria, muito ao contrário, incentivar com a impunidade novas tentativas de golpe de Estado. Além do risco da crise institucional, que pode ser paralisante para o país. Haveria um confronto entre os poderes Legislativo e Judiciário, posto que muito provavelmente uma eventual aprovação seria declarada inconstitucional pelo plenário do STF, instaurando um impasse que, somado à ingerência do imperialismo estadunidense, resultaria em consequências graves.

Daí que acertou o presidente Lula ao afirmar que a jornada contra a aprovação dessa anistia precisa contar com o protagonismo do povo. Eleva-se, portanto, a importância dos atos de rua programados para acontecer em todo país, na simbólica data do 7 de setembro, organizados pelos movimentos sociais, centrais sindicais, com apoio dos partidos progressistas. A extrema-direita, os neofascistas, nesta mesma data também irão as ruas. No dia da Independência, nas principais cidades do país ficará estampado, portanto, o contraste e a polarização entre os verdadeiros patriotas e os traidores do Brasil.

Os verdadeiros patriotas sairão às ruas na grande data nacional do 7 de setembro com a palavra de ordem “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”. A plataforma das manifestações está centrada em quatro pontos: defesa da soberania nacional, taxação dos super-ricos e isenção de IR para quem ganha até 5 mil reais mensais, redução da jornada de trabalho e fim da escala 6×1. E a total rejeição à impunidade para os golpistas.

Os atos de 7 de setembro devem ser a largada para novas mobilizações, posto que o acirramento da luta de classes e os confrontos tendem a se elevar na semana final do julgamento (a próxima, de 8 a 12/09) e após o anúncio das sentenças. As forças democráticas, patrióticas, populares, todo aquele que preza a democracia e o Brasil, devem estar em ação em defesa da soberania nacional e da democracia que, neste momento histórico, se concentra na exigência de punição rigorosa a Bolsonaro e demais golpistas.

O gloriosamente esquisito peixe com dentes na testa para fazer sexo

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Pesquisadores finalmente traçaram a origem dos bizarros dentes na testa do peixe-rato pintado, que são usados para o acasalamento


O peixe-rato pintado é um peixe com cerca de 60 cm de comprimento, dotado de uma cabeça grande e uma longa cauda fina que vive no nordeste do Oceano Pacífico. Ele pertence a um grupo de peixes chamados de quimeras, próximos dos tubarões (quimeras às vezes são chamadas de tubarões-fantasmas). Como a maior parte dos vertebrados, ele tem dentes na boca. Porém, diversamente dos demais vertebrados, ele também possui dentes em outra localização do corpo: sua testa. E usa estes dentes na testa para fazer sexo.

Os pesquisadores, por muito tempo, ficaram se indagando de onde vieram esses dentes na testa do peixe-rato. Mas uma nova pesquisa, publicada em 4/9 na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences USA” (Anais da Academia Nacional de Ciências dos EUA), conseguiu traçar sua origem.

A linha de dentes extras do peixe-rato está colocada num apêndice cartilaginoso chamado tenáculo, que nos machos pode ter ereções e ser usado para agarrar a fêmea durante o acasalamento. Muitos peixes possuem apêndices de agarramento perto da pélvis, que usam para manter as fêmeas bem próximas durante o ato. No entanto, além dos apreendedores pélvicos, os peixes-rato tem adicionalmente o tenáculo da testa.


Os cientistas já conheciam o tenáculo dentário do peixe-rato. Mas não tinham certeza exata sobre como se originaram os dentes ou como eles acabaram nessa estranha localização na testa, fora da boca. Muitos dos parentes próximos do peixe-rato – tubarões, arraias – tem estruturas parecidas com dentes na pele, chamadas dentículos, que são feitos do mesmo material dos dentes, mas não são dentes verdadeiros. Seriam os dentes da testa do peixe-rato nada mais que dentículos modificados, ou compartilhariam sua estrutura e origem com os dentes propriamente ditos da boca?

Para sanar a dúvida, Karly Cohen, da Universidade de Washington, e colegas rastrearam o desenvolvimento do tenáculo do peixe-rato usando escaneamento com micro-CT (microtomografia computadorizada) e amostras de tecido, e compararam o peixe atual com ancestrais fósseis. Os pesquisadores determinaram que os dentes da testa do peixe-rato são dentes verdadeiros – eles se desenvolvem a partir de uma estrutura chamada lâmina dentária que está presente na mandíbula mas não nos dentículos dérmicos. A lâmina dentária nunca tinha sido antes encontrada fora da boca até agora.

Esta característica doida, absolutamente espetacular, do peixe-rato dá uma virada no entendimento que havia por muito tempo na biologia evolucionária de que dentes são estruturas estritamente orais”, disse Cohen em um comunicado à imprensa. Qual será a próxima reviravolta?
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Comentário deste Blog: imaginem os leitores, só imaginem, se os machos da espécie humana também tivessem tenáculos com dentes, pendentes no meio da testa? Fora a aparência bizarra e as eventuais confusões com “chifres”, como isso tornaria a escovagem dos dentes mais demoradas. E deixo para as elocubrações dos leitores as implicações sexuais em caso de uso do tal tenáculo...