O último Informe de Greve (IG) do Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA, datado de 9/5, apresenta uma avaliação, positiva, da iniciativa da caravana dos TAEs a Brasília, no sentido de que fez sua demonstração pública na capital federal e logrou realizar uma conversa (foto acima) com representantes do MPOG e MEC. O grosso da manifestação, que reuniu entre 1.500 e 2.000 ativistas na capital federal em 6 e 7 de maio, era de TAEs da FASUBRA, secundados pifiamente por uns poucos manifestantes do SINASEFE e do ANDES.
Esse mesmo IG da FASUBRA, o único até agora publicado no mês de maio, traz o seguinte trecho acerca da conversa de membros do CNG-FASUBRA com Sérgio Mendonça, assessor da ministra Miriam do MPOG:
"Na reunião [em 07/05], o Secretário
de Relações de Trabalho do MPOG, Sr. Sérgio Mendonça, com a
presença do Secretário de Ensino Superior do MEC, Sr. Paulo
Speller, deixou explícito que até aquele momento não havia
perspectiva de avanços para os grevistas da FASUBRA em relação à
proposta apresentada pelo governo. Mas que as ações da greve
impactaram politicamente e solicitaram um prazo de até 15 dias para
responder sobre uma possível abertura do processo negocial, pois
teriam que abrir um debate interno no governo, para estudar a
viabilidade de aumentar a margem para negociação."
O "estado-da-arte", como costumava dizer o saudoso professor de História e ex-reitor da UFPR Carlos Antunes, é esse: não há perspectivas agora, mas... haveria uma certa chance de que, em 15 dias (isto é, até 22 de maio), o governo possa reabrir uma mesa em que venha a apresentar alguma contraproposta à pauta de reivindicações do pessoal do RJU. Eis o fiapo de esperança de a greve ainda obter alguma coisa. Fora disso, será chover no molhado, mas com sério risco de desgastar o importante instrumento de luta dos trabalhadores que é a greve, se mantida artificialmente ou tiver foco de pauta redirecionado.
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Foto: Fasubra
Um comentário:
Tomara que realmente venha algum resultado. Negociar reabertura de GT não refresca muita coisa.
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