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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Categoria TAE empolgadíssima com próxima eleição do Sinditest


No final deste mês de junho (27/28) haverá frenética corrida às urnas sindicais distribuídas pelos diversos campi da base social do Sinditest-PR (UFPR, UTFPR, UNILA). Principalmente por parte dos candidatos à Diretoria e cabos eleitorais.  Quanto à base propriamente dita, é plausível por em questão o grau de empolgação e interesse na disputa entre as Chapas 1 (de situação) e 2 (de oposição).

Para começo de tertúlia, a atual Diretoria vai extrapolar em 18 meses seu tempo normal de mandato, pois a eleição deveria ocorrer em outubro de 2021 (3 anos justos depois da última, em 2018), num óbvio descumprimento do Estatuto sindical.

Depois de uma pixotada cometida pela Comissão Eleitoral (eleita em assembleia desconhecida por ampla maioria da base), que definiu prazo de inscrição de chapas depois impugnado pela Justiça do Trabalho, novos prazos foram definidos e a eleição direta acontece em 27-28/06.

Inscreveram-se duas chapas.  Se os filiados (só estes podem votar, estando em dia com a mensalidade) buscarem dados sobre as chapas no que deveria ser um órgão de informações plenas à categoria como o site de internet, nada achará além de alguns arquivos da Comissão Eleitoral para serem baixados e só depois lidos. E só se verá a composição de nomes de cada chapa, não suas plataformas.

Algumas poucas coisas que podemos aqui colocar é que, das duas chapas, há figurinhas que já estiveram todas juntas em gestões anteriores do sindicato, mas hoje estão brigadinhas.  Assim, por exemplo, na Coordenação Geral (que equivale a três "cargos presidenciais") da Chapa 1 estão dois veteranos, dois já presidentes do Sinditest no começo deste milênio - Antonio Néris e Wilson Messias.  Na Coordenação da Chapa 2 está Carla Cobalchini, também ex-presidente.

Na Coordenação da Chapa "Unidade Para Avançar" (Chapa 1) - aliás, avançar no quê e para onde mesmo? -, Neris e Messias são bem conhecidos por uma espécie de "folha corrida" de certos feitos, ações e atitudes nem sempre abonadores, às vezes estranhos e frequentemente pouco ou nada transparentes.  Geralmente envolvendo transações financeiras e imobiliárias, como o caso da novela da "chácara" de Piraquara (que não era chácara) e de auditorias que revelaram irregularidades administrativo-financeiras.  Uma boa parte dessas histórias pode ser conferida no arquivo deste Blog, a partir do ano de 2009 (ver na coluna lateral direita da página).  Um exemplozinho disso tudo pode ser visto na postagem "Chácara-canil: continua o mico", de 24/06/2009.  Porém, parece que os militantes da corrente psolista "Resistência" (Mariane & cia.), que também integram o grupo 1, não ligam muito para esse histórico meio complicado.

De outra parte estão os resgateiros da Chapa Resgate: Oposição e Luta (chapa 2), ligados à "central" sindical CSP-CONLUTAS, hegemonizada esta pelo PSTU.  No passado recente, expoentes desse grupamento propalavam a palavra de ordem "Fora Todos", em época de ampla ofensiva da direita e extrema-direita que culminou no golpe do impeachment de uma presidenta sem culpa em 2016.  A insânia política sectária desse grupamento ajudou objetivamente as forças reacionárias, o que, dali a dois anos, com enorme influência  do trabalho sabotador dos bandidos judiciários da Lava-Jato e da grande mídia, resultou na tragédia da eleição do genocida Bolsonaro.  Nesta chapa também estão pessoas ligadas ao PSol, mas que divergem de seus companheiros de partido que se alojaram na Chapa 1.

Em postagem pública de Facebook, um expoente do grupo da Chapa 2, servidor da UFPR-Litoral, adverte que, se a Chapa 1 vencer, o Sinditest será gerido por "hiperpelegos" (não está de todo errado nisto).  Porém, também diz absurdos como: "Para nós, servidores da Universidade Pública, não é mais possível aceitar a proximidade da miséria. (...) perigoso que a chapa 1 que concorre à reeleição para o SINDITEST- PR vença o pleito. São covardes. Tão covardes, que com medo de Bolsonaro, não moverão 1 dedo para combater os ataques de Lula contra nós e em favor dos ricos. (...)"

Ué, prezado companheiro - por mais que os salários dos SPF em geral, mas principalmente os dos TAE, estejam com defasagem de uns 35% pelos 6 anos de congelamento do período Temer-Bolsonaro - nos contracheques de junho recebemos uma, ainda que modesta, recomposição de salarial de 9%, acrescida de 200 reais ao vale-alimentação.  Essa é a política "de Lula contra nós", que só seria a favor dos ricos e de nos aproximar da miséria?  O atual governo federal, de frente ampla (sem o que não derrotaria Bolsonaro em 2022), é bastante heterogêneo e convive com um Congresso de ampla maioria conservadora, mas tem buscado realizar algumas ações em prol dos mais miseráveis, e também o fez no caso dos TAES espancados pela dupla Guedes/Bolsonaro.  E uma força decisiva para mudanças mais significativas - povo organizado e mobilizado nas ruas - no momento está recolhida.

Em pinceladas muito rápidas, eis parte do quadro da disputa eleitoral. Assim caminha  a categoria para o pleito do final do mês.  Vida que segue.

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