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terça-feira, 19 de março de 2019

Viralatismo, submissão e “inacreditável” visita de Bolsonaro à CIA

"O presidente da República disse que o Brasil caminhava para o socialismo, para o comunismo. É mentira. Também é grave que um presidente tenha entendimento tão fora da realidade sobre o país que governa", critica o jornalista Kennedy Alencar

do Jornal GGN, em 19/03

O jornalista Kennedy Alencar escreveu um artigo criticando a visita de Jair Bolsonaro e comitiva do governo aos Estados Unidos. Segundo o colunista, Bolsonaro emitiu sinais de despreparo intelectual, submissão, viralatismo e ainda surpreendeu negativamente com uma “inacreditável” visita à CIA – órgão do governo americano que tem histórico de envolvimento em espionagens e golpes de Estado – que era para ser secreta.

Dificilmente, presidentes de nações soberanas frequentam um local especializado em obter informações sobre governos e mandatários estrangeiros. (…) É inacreditável que Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, tenham feito essa visita”, disparou.

Essa passagem pela CIA é mais uma evidência do despreparo e deslumbramento de integrantes do governo brasileiro. Soa como paixão por coisas hollywoodianas”, avaliou Alencar.

A visita acabou divulgada nas redes sociais por Eduardo Bolsonaro. Para Kennedy Alencar, o filho do presidente também demonstrou que manda mais do que o próprio ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

(…) a dispensa de vistos para turistas americanos [e canadenses, japoneses e australianos, sem nenhum benefício para os turistas brasileiros] é uma vitória do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) contra todo o corpo técnico do Itamaraty”, revelou Alencar.

O jornalista também criticou a frase de Jair Bolsonaro sobre sua vitória ter impedido o Brasil de transitar do socialismo para o comunismo. “É mentira. Também é grave que um presidente tenha entendimento tão fora da realidade sobre o país que governa.”

Ainda: “Que sinal Bolsonaro transmite com essa alfinetada nos militares? O sinal de um governo dividido, de baixo nível intelectual e diplomático.”

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